quinta-feira, 10 de abril de 2008

Reportagem Você s/a :telecomunicação em expans.

Teles bombam de novo
Oi, Vivo e TIM expandem suas áreas de atuação, implantam tecnologia 3G e roubam profissionais umas das outras
Por MIRIAM KÊNIA
Os telefones dos executivos de operadoras de celular tocam sem parar com propostas de novos empregos. A chegada da carioca Oi em São Paulo, uma empresa que atua hoje em 16 estados e emprega 9000 pessoas, está chacoalhando o mercado local e também de outros estados. A operadora precisa contratar mais de uma centena de pessoas para sua nova operação. A empresa também fechou a compra da Brasil Telecom (até o fechamento desta edição não se pronunciou a respeito do negócio). Soma-se a isso a expansão da Vivo para o Nordeste e os investimentos na tecnologia de terceira geração, a chamada 3G, de transmissão rápida de dados por celular. “A disputa por talentos está acirrada no setor”, afirma Júlio Fonseca, diretor de RH da Oi, com sede no Rio de Janeiro. Sabe-se que a Oi levou um departamento inteiro, com gerente e outros funcionários, da TIM. Incomodou a ponto de os executivos de RH trocarem telefonemas. Na hora de contratar, as grandes convidam funcionários das concorrentes por causa do tamanho do mercado. No passado, a mesma TIM já havia levado embora alguns técnicos da Oi. O desafio agora é expandir a telefonia celular no interior. Em 2007, a base de aparelhos móveis no Brasil aumentou 21%, totalizando 121 milhões de usuários. Para sua operação local, a Oi já contratou 150 pessoas para a área operacional. Agora, abriu mais 141 vagas para a linha de frente, como vendas, marketing e administrativo, mas poucas para altos executivos. “A metade dos que estão em São Paulo são funcionários que foram promovidos”, diz Júlio. Naturalmente, quando acabou a reserva de talentos internos, a Oi partiu para o mercado. Foi nesse pacote que o gerente empresarial José Augusto Tarallo, de 42 anos, resolveu deixar a Claro. “Vou ter a oportunidade de participar da entrada de uma nova operadora num mercado com alto potencial”, explica José Augusto. A Vivo, que fechou 2007 com 33,5 milhões de clientes, segue estratégia semelhante para formar a equipe que dará início às atividades no Nordeste. Até o final do ano, a empresa terá 250 profissionais na região. Desse total, metade virá de promoções internas — 15 ocuparão vagas executivas. “A expansão geográfica de uma empresa é sempre uma ótima oportunidade para impulsionar a carreira”, diz Fátima Zorzato, presidente da empresa de recrutamento Russell Reynolds, de São Paulo. A TIM, outra que vai aumentar o bolo, investirá 2,3 bilhões de reais este ano, grande parte para estabelecer a rede 3G. “As empresas estão com boas propostas, mas os especialistas nessa tecnologia são escassos”, diz Carlos Eduardo Altona, diretor da Michael Page, empresa de busca de executivos em São Paulo.
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