tag:blogger.com,1999:blog-56168581323831161792024-03-19T01:36:40.002-03:00Administraçao F.I.G.Blog direcionado a estudantes de administração e administradores formados.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-83158647435679525782014-10-22T11:10:00.000-02:002014-10-22T11:10:13.953-02:00Como lidar com um cliente irritado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h1 class="titles" style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 24px; font-weight: normal; line-height: 30px; margin: 0px 0px 10px;">
<br /></h1>
<div style="color: #8c8c8c; float: left; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
<ins id="aswift_1_expand" style="border: none; display: inline-table; height: 280px; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; visibility: visible; width: 336px;"><ins id="aswift_1_anchor" style="border: none; display: block; height: 280px; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; visibility: visible; width: 336px;"><iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="280" hspace="0" id="aswift_1" marginheight="0" marginwidth="0" name="aswift_1" scrolling="no" style="left: 0px; position: absolute; top: 0px;" vspace="0" width="336"></iframe></ins></ins></div>
<div style="color: #8c8c8c; float: right; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px; margin: 10px 10px 10px 0px;">
<img alt="Como lidar com um cliente irritado" class="attachment-235x280 wp-post-image" height="250" src="http://gestaodeempresas.net/wp-content/uploads/2011/09/irritado-cliente-235x250.gif" title="Como lidar com um cliente irritado" width="235" /></div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Lidar com um <strong><a href="http://gestaodeempresas.net/tag/cliente-irritado" rel="nofollow" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;" target="_self" title="">cliente irritado</a></strong> nem sempre é tarefa fácil. As suas acções e atitude perante este tipo de situação pode ter um resultado positivo para a <strong><a href="http://gestaodeempresas.net/como-o-tamanho-da-empresa-afecta-a-decisao-de-compra-do-software-de-automacao-comercial-que-deve-adquirir" rel="follow" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;" target="_self" title="Como o tamanho da empresa afecta a decisão de compra do software de automação comercial que deve adquirir">empresa</a></strong>, com a fidelização de um <a href="http://gestaodeempresas.net/tag/cliente" rel="nofollow" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;" target="_self" title="">cliente</a>, ou um resultado mais negativo em que o<strong> <a href="http://gestaodeempresas.net/tag/cliente" rel="nofollow" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;" target="_self" title="">cliente</a></strong> fica irremediavelmente perdido<strong></strong>. O mais certo é que o cliente procure na concorrência um atendimento que não teve na sua <a href="http://gestaodeempresas.net/empresas-de-marketing" rel="follow" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;" target="_self" title="Empresas de Marketing">empresa</a>.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Normalmente, os clientes acabam por ficar irritados quando acreditam ter sido tratados injustamente, mas se o diálogo for conduzido do modo certo, pode inverter a situação e tornar esse cliente num cliente leal dos produtos e serviços da empresa.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Oferecer um sincero pedido de desculpas por qualquer incomodo causado e tranquilizar o cliente que está a levar a sua queixa a sério são os primeiros passos a tomar para ajudar o cliente a acalmar-se. Também ajuda, e muito, saber ouvir atentamente o cliente enquanto ele descreve toda a situação e expressa os seus sentimentos de irritação e frustração. No final mostre o seu empenho em resolver o problema o mais rapidamente e da forma mais eficaz possível.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
De seguida mostramos-lhe algumas dicas para lidar com clientes irritados.</div>
<div class="wpInsert wpInsertInPostAd wpInsertMiddle" style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px; margin: 5px; padding: 0px;">
<br /></div>
<h2 style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 20px; font-weight: normal; line-height: 18px; margin: 0px 0px 10px;">
Saiba ouvir o cliente</h2>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
O primeiro passo para conseguir dar a volta à situação de forma positiva, e provavelmente um dos mais importantes, é saber ouvir o cliente e prestar atenção cuidadosamente a tudo o que este lhe tenta transmitir. Desta forma irá conseguir fazer transparecer que está genuinamente interessado no seu problema, dando a oportunidade ao cliente de se exprimir e falar mais abertamente de toda a situação e dos motivos da sua irritação e frustração.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Evite interrompê-lo quando efectua a sua exposição e nunca tome a sua raiva e descontentamento como um ataque pessoal. No caso do “confronto” ocorrer presencialmente, cara a cara, mantenha sempre o contacto visual com o cliente e tome notas. O cliente irá valorizar este pormenor e sentir que está a levar a sua queixa a sério.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
<a href="http://gestaodeempresas.net/wp-content/uploads/2011/09/cliente-chateado.png" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-1294" height="219" src="http://gestaodeempresas.net/wp-content/uploads/2011/09/cliente-chateado.png" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 100%; padding: 0px;" title="cliente-chateado" width="346" /></a></div>
<h2 style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 20px; font-weight: normal; line-height: 18px; margin: 0px 0px 10px;">
Crie empatia com o cliente</h2>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
É fundamental que seja sincero com os seus clientes. De outra forma, o cliente provavelmente vai implicar consigo e sentir que você está a ser condescendente ou simplesmente a despreza-lo. Mostre que compreende as razões do seu descontentamento e tente colocar-se na posição do cliente, de forma a poder responder-lhe e explicar-lhe da melhor forma como resolver o problema que o afecta.</div>
<h2 style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 20px; font-weight: normal; line-height: 18px; margin: 0px 0px 10px;">
Tente obter o máximo de informação possível</h2>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Calmamente tente explicar que você irá precisar de toda a informação possível acerca do que se passou, de forma a conseguir solucionar de forma eficaz o problema que nesse momento está a afecta-lo. Se, por exemplo, um cliente está a reclamar sobre estar a ser incorrectamente sujeito a taxas adicionais de um produto ou serviço, explique que você primeiro precisa descobrir as datas em que essas taxas adicionais terão sido cobradas e o valor envolvido, a fim de o poder ajudar.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
<a href="http://gestaodeempresas.net/wp-content/uploads/2011/09/cliente-irritado1.jpg" style="color: #00a0d5; outline: none; text-decoration: none;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-1297" height="270" src="http://gestaodeempresas.net/wp-content/uploads/2011/09/cliente-irritado1.jpg" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; max-width: 100%; padding: 0px;" title="cliente-irritado" width="351" /></a></div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<h2 style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 20px; font-weight: normal; line-height: 18px; margin: 0px 0px 10px;">
Se estiver errado, admita-o</h2>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Se você ou alguém da sua empresa cometeu algum erro, admita o seu erro e desculpe-se com sinceridade. Se você concorda que o seu cliente tem direito de estar irritado, então pode começar a negociar uma resolução para o problema. Mostre-se empenhado em solucionar a questão da melhor forma, podendo até oferecer algum tipo de compensação pelo incomodo causado.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Tenha sempre o cuidado de informar o cliente sobre as etapas adicionais que irá tomar para corrigir o seu problema. Se precisar de consultar um supervisor ou adquirir informações adicionais, informe o cliente que entrará em contacto com ele novamente numa data específica, para o colocar a par de toda a situação.</div>
<div style="color: #8c8c8c; font-family: Verdana; font-size: 11px; line-height: 18px;">
Por vezes quando um <strong>cliente</strong> reclama, na realidade está a dar à sua <strong>empresa </strong>outra oportunidade para lhe provar que é eficiente. O cliente que não reclama é o que realmente perde, pois ele nunca mais volta.</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-81994491017452832342014-10-22T11:08:00.001-02:002014-10-22T11:08:43.395-02:00Como atender bem o cliente?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTdeBUNjT-83wypqrUKP7dj4Oa43eZhcPrvk9K8Ja5FXXcsIOhSKp9NdYMQ3Ib3jelfN4lvKBxuBOi_iU9LE9vz0ZxEm4JxDDN-kSVVjlCGEOiWg2ChH70CRRpCUM_9nGmhBfeucoF0R8/s1600/cliente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTdeBUNjT-83wypqrUKP7dj4Oa43eZhcPrvk9K8Ja5FXXcsIOhSKp9NdYMQ3Ib3jelfN4lvKBxuBOi_iU9LE9vz0ZxEm4JxDDN-kSVVjlCGEOiWg2ChH70CRRpCUM_9nGmhBfeucoF0R8/s1600/cliente.jpg" height="219" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2H6VWXw5tt6a5xqNSviywdBMF73kOxu4YVeNBe_w8Kr5j0SatjhtE1uLM4kRBko5NIE3FiF6XgClVq0dcIB_uXoczta4GLiIapW6EboVHU2O8IL8mkLzsVXU89R-cqii0OXdZ6Vg9o_S1/s1600/atender-bem-seus-clientes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2H6VWXw5tt6a5xqNSviywdBMF73kOxu4YVeNBe_w8Kr5j0SatjhtE1uLM4kRBko5NIE3FiF6XgClVq0dcIB_uXoczta4GLiIapW6EboVHU2O8IL8mkLzsVXU89R-cqii0OXdZ6Vg9o_S1/s1600/atender-bem-seus-clientes.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="texto" style="background: rgb(246, 246, 246); border: none; font-family: arial, verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; opacity: 1; padding: 8px 15px; position: relative;">
<div style="border: none; color: #717171; font-family: HelveticaNeue, Arial; font-size: 1.7em; padding: 0px;">
Atender com qualidade o cliente ou satisfazê-lo, é uma filosofia empresarial baseada na parceria. É fundamental compreender que, atender com qualidade o cliente não se resume em tratá-lo bem, com cortesia. Mais do que isso, hoje significa acrescentar benefícios a produtos e serviços, objetivando superar as expectativas dele. É necessário se estabelecer um canal direto de comunicação entre o cliente e a empresa, através do qual o primeiro é regularmente ouvido, com muita atenção, e suas críticas e sugestões são transformadas em especificações de melhores produtos e serviços. Esta filosofia, que prioriza as necessidades e interesses do cliente, e não os da própria empresa, leva a um aumento do volume de negócios, em função da fidelidade do cliente. Além disso, estudos demonstram que, para a maioria das pessoas, a qualidade do serviço é mais importante do que o seu preço, concluindo-se que os consumidores estão dispostos a pagar mais por serviços de qualidade. A implantação de um serviço orientado ao cliente necessita de um absoluto comprometimento da empresa inteira, a começar por aqueles que determinam os rumos e as estratégias maiores, ou seja, seus diretores e proprietários. Outro ponto a ser considerado, é a concessão de maior autonomia e apoio ao pessoal de linha de frente, assegurando a perfeita coordenação e interação entre todos os departamentos, desde os recursos humanos até o pessoal da linha de frente, passando pelas áreas de finanças, marketing e todas as demais. O aperfeiçoamento do relacionamento da empresa com seus clientes só ocorre se houver um amplo diálogo com o mercado. Para isso, é necessária a implantação de canais de comunicação com os consumidores através dos quais o cliente possa fazer as suas sugestões e reclamações e obter prontamente uma reposta. Além disso, a empresa deve realizar ações pró-ativas de avaliação da satisfação, também chamadas de pós-vendas. O objetivo do pós-venda é identificar tanto as deficiências no atendimento ou produtos como as novas oportunidades de vendas. Uma questão também importante para a qualidade do atendimento é o treinamento de todos aqueles que têm um contato com os clientes, para que seja entregue aos mesmos o produto/serviço que lhe foi prometido. Em outras palavras, tem que se estabelecer uma parceria não só com o cliente, mas também com o seu funcionário, já que sem a sua cooperação, qualquer plano está fadado ao insucesso. O bom atendimento levará à satisfação e à fidelidade do consumidor, traduzindo-se em mais negócios para a empresa.</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-16002062455355723572014-10-22T10:54:00.001-02:002014-10-22T10:54:52.723-02:00Como prospectar clientes?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSDd2CxdivRX93uBJKAm_RRzJQQTjrhNXuUg_5oE-AC-PaDgN3DMSC-Ac4vBIsjyzjNgV6rSWa5oXT_KPuKauaKlwCzP-tjRyx3QEcriExRZQiLdt27C25u1JrbaK1grOVmirSkCn2wGdO/s1600/pesquisa-de-mercado.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSDd2CxdivRX93uBJKAm_RRzJQQTjrhNXuUg_5oE-AC-PaDgN3DMSC-Ac4vBIsjyzjNgV6rSWa5oXT_KPuKauaKlwCzP-tjRyx3QEcriExRZQiLdt27C25u1JrbaK1grOVmirSkCn2wGdO/s1600/pesquisa-de-mercado.png" height="208" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="texto" style="background: rgb(246, 246, 246); border: none; font-family: arial, verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; opacity: 1; padding: 8px 15px; position: relative;">
<div style="border: none; color: #717171; font-family: HelveticaNeue, Arial; font-size: 1.7em; padding: 0px;">
A prospecção de clientes é a iniciativa que o empresário deve ter para: - aumentar as vendas; - repor os clientes que serão perdidos naturalmente com o passar do tempo. Principais Métodos de Prospecção: • Listas de clientes potenciais: podem ser obtidas em diversas fontes como associações, sindicatos, conselhos regionais, etc. O empreendedor também pode comprar listas qualificadas, e neste caso, recomenda-se buscar por empresas filiadas a ABEMD - Associação Brasileira das Empresas de Marketing Direto (http://www.abemd.org.br/). • Indicações qualificadas: são listas de clientes em potencial, selecionadas por profissionais ou por outras empresas (não concorrentes), que atuam diretamente com o mesmo público-alvo da sua empresa. O compartilhamento de listas de clientes entre empresários não-competidores é uma prática que traz ótimos resultados, pois exige pouco ou nenhum investimento e permite o relacionamento direto com o público certo. • Indicações de clientes: são indicações de clientes potenciais, feitas pelos próprios clientes da empresa. Elas podem ocorrer de forma espontânea ou estimulada, quando a empresa oferece algum tipo de incentivo, que pode ser desde um simples brinde, até um bom desconto para novas compras. • Prospecção na Internet: quando os clientes da empresa são pessoas jurídicas, a Internet pode ser um excelente local para a prospecção, pois atualmente a maioria das empresas possui web sites. • Visitas pessoais: a prospecção através de visitas aos clientes potenciais pode trazer bons resultados, porém, o seu alto custo deve ser considerado. Para melhorar a relação custo x benefício das visitas, é recomendado o agendamento prévio por telefone, assim é possível evitar o desperdício de tempo e recursos. • Ciclo de prospecção: Lista Z Mala Direta Z Telemarketing Z Visita: trata-se de sistematizar a utilização da comunicação dirigida combinada com as visitas pessoais. Este método de prospecção parte da aquisição de uma boa listagem de potenciais clientes, que em seguida, são estimulados por uma mala direta, e depois, recebem uma ligação do telemarketing para o agendamento de uma visita pessoal.</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-79732027190072282182014-10-22T10:49:00.001-02:002014-10-22T10:49:16.962-02:00Como fazer uma pesquisa de mercado ?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibthI_6OHTZ1di45bA5ofwQt58tAYsHZyTA4OeoYKlEHjRXtIaTxONUbQmeAm64DGx-FIENnsjcHZdqJzHF5au1N2wrcE0Be2eTBPyLsWzKZkfoRgfepK_Z8MGEvPeBDqFTd1AfJaYI69D/s1600/empreendedorismo103_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibthI_6OHTZ1di45bA5ofwQt58tAYsHZyTA4OeoYKlEHjRXtIaTxONUbQmeAm64DGx-FIENnsjcHZdqJzHF5au1N2wrcE0Be2eTBPyLsWzKZkfoRgfepK_Z8MGEvPeBDqFTd1AfJaYI69D/s1600/empreendedorismo103_01.jpg" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="texto" style="background: rgb(246, 246, 246); border: none; font-family: arial, verdana, helvetica, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; opacity: 1; padding: 8px 15px; position: relative;">
<div style="border: none; color: #717171; font-family: HelveticaNeue, Arial; font-size: 1.7em; padding: 0px;">
As pesquisas de mercado visam basicamente: - dar subsídios para as decisões da empresa, reduzindo riscos; - detectar ou dimensionar oportunidades ou problemas para o negócio. A pesquisa de mercado pode ser dividida nas seguintes etapas: Elaboração do Problema de Pesquisa Definir o problema de estudo consiste em identificar o público-alvo a ser estudado, e que tipo de informações deverá ser coletado sobre ele. Em regra, as principais informações sobre os consumidores dividem-se em quatro grandes categorias: • Características demográficas: esta categoria inclui as informações de caráter genérico sobre o cliente como o sexo, a idade, o rendimento, a nacionalidade, a localização geográfica, o nível de instrução, a atividade profissional, o número de pessoas do seu agregado familiar etc. • Comportamentos de consumo: são os dados relativos à forma como os consumidores interagem com os produtos ou serviços. Pode-se perguntar, por exemplo, o que, quanto, quando, onde e para que eles consomem. Ou seja, pretende-se saber quais são os seus hábitos e procedimentos efetivos, quer de compra, quer de utilização, de um determinado produto ou serviço. • Atitudes dos consumidores: estas informações pretendem definir não só o que os clientes fazem, mas, sobretudo, o que pensam sobre a marca. Nesta categoria, é comum fazer-se uma distinção entre as atitudes de caráter cognitivo (a imagem percebida da marca) e as de caráter afetivo (os juízos de valor sobre a marca). • Processo de decisão de compra: pretende-se descobrir quais são as verdadeiras motivações por trás do comportamento dos clientes. Quais são os critérios de escolha que mais valorizam, qual o grau de envolvimento afetivo e de lealdade que têm com a marca e, por fim, a que fontes de informação e de conselho recorrem. Estudo Preparatório Ao iniciar o seu estudo de mercado, você deverá preparar um plano de pesquisa, que deixará bem claros os objetivos do estudo, os recursos disponíveis, as pessoas responsáveis, os prazos e os custos. Mas, antes de avançar para estudos mais complexos e caros, você deve começar sempre pela pesquisa básica, que consiste na procura e seleção de informações de caráter público que podem ser de grande utilidade, tais como: - IBGE; - Sebrae-SP (pesquisa de potencial de consumo dos municípios); - Ministérios e Secretarias; - Imprensa especializada; - Imprensa generalista; - Associações setoriais e classistas; - Sua própria empresa; - Relatórios de estudos de mercado já efetuados; - Internet. Tipos de Pesquisa - Pesquisas de hábitos e atitudes: estes tipos de pesquisas fornecem informações sobre os hábitos de consumo e compra de produtos, o grau de envolvimento dos consumidores com os produtos, o conhecimento e a imagem das marcas e os critérios de escolha dos clientes. - Pesquisas/Painéis repetitivos: consistem em colocar periodicamente as mesmas questões junto de uma população determinada, de modo a seguir a evolução das suas respostas ao longo do tempo. É o caso dos barômetros (cujas amostras sucessivas são compostas por indivíduos diferentes) e dos painéis (cuja amostra é constante). - Pesquisas qualitativas: os estudos qualitativos visam compreender as necessidades, motivações e comportamentos dos consumidores. Distingue-se das pesquisas por questionário, pela maior complexidade e profundidade dos seus métodos de análise. São exemplos deste tipo de estudos: entrevistas livres (em que se deixa o entrevistado falar livremente sobre um dado tema), ou discussões em grupo (em que um moderador lidera o grupo e apresenta os tópicos a serem discutidos, observando as reações dos participantes). Este último tipo de estudo pode ser muito útil antes do lançamento de um novo produto. Definição do Tamanho da Amostra Esta decisão dependerá do nível de profundidade do estudo que se pretende efetuar, e dos recursos disponíveis. Há, no entanto, dois conselhos básicos que deverão ser respeitados: - Quanto maior for a quantidade absoluta da amostra, maior a exatidão do resultado; - Não se esqueça, porém, de que a partir de uma determinada quantidade, as vantagens com o aumento da amostra são cada vez mais diminutas, não compensando os respectivos custos. Elaboração do Questionário Tendo a amostra definida, deve-se passar à elaboração do questionário propriamente dito. Trata-se de um passo fundamental para assegurar que os resultados serão representativos da população a estudar. É importante limitar ao máximo a extensão do questionário, não apenas ao número de questões e ao tempo de duração do mesmo, mas também à ordem das questões e ao grau de esforço que exigirão por parte do entrevistado. Algumas dicas úteis sobre a elaboração de questionário: 1. Escreva uma introdução que permita ao entrevistado perceber a razão do estudo de mercado; 2. Comece por questões fáceis para minorar a eventual resistência do entrevistado; 3. Divida o questionário por tópicos, tendo o cuidado para que obedeçam a uma estrutura lógica; 4. Elabore questões claras e específicas; 5. Use uma linguagem facilmente compreensível por todos os entrevistados. 6. Varie o tipo de questões, evitando assim, a confusão e a irritação do entrevistado. Definição da Forma de Aplicação do Questionário Existem cinco métodos principais para se realizar uma pesquisa: - Pesquisas por carta/mala direta: consiste no envio de um questionário pelo correio às pessoas que fazem parte da amostra, adicionando um envelope fechado para a resposta. É um método econômico e cômodo, mas que, raramente, obtém taxas elevadas de respostas; - Pesquisas por telefone: são igualmente econômicas, pois se pressupõe que sejam de curta duração e de resposta imediata. Têm a vantagem de possuírem taxas mais altas de resposta, mas não possibilitam a apresentação de quaisquer elementos de caráter visual; - Pesquisa via e-mail ou Internet: são cada vez mais populares, devido ao seu baixo custo, comodidade e rapidez de utilização. Antes de iniciar uma pesquisa via correio eletrônico, procure obter a permissão do potencial entrevistado; - Pesquisas face a face/campo: as entrevistas pessoais, na rua ou em domicílio, são os métodos mais seguros (mas também os mais caros) para se obter uma maior quantidade e credibilidade de respostas; - Pesquisas por observação: são as que pressupõem a coleta de informação, através da observação direta por parte do entrevistador. Aplicação da Pesquisa no Campo Após todos os preparativos, está na hora de implementar o seu estudo de mercado no campo. Para esta fase, é necessário contar com uma equipe de bons profissionais, capazes de realizarem as pesquisas, com um elevado nível de qualidade, e respeitando os custos e os prazos acordados. O entrevistador deve possuir as seguintes características: - uma boa apresentação; - uma capacidade eficaz de comunicação; - uma boa preparação para ultrapassar possíveis objeções do entrevistado. Análise dos Resultados Após a coleta, a tabulação e a geração dos relatórios da pesquisa, é recomendada a busca de apoio especializado de consultores, para se realizar uma análise criteriosa dos resultados. Este apoio pode ser obtido junto ao Escritório Regional do Sebrae-SP mais próximo. Consulte a lista dos escritórios do Sebrae-SP na Internet http://www.sebraesp.com.br/ .</div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-22542623477755768382008-05-31T17:46:00.001-03:002008-05-31T17:52:04.396-03:00Max Weber - Vida e obraMax Weber – Vida e Obra<br /> <br />Pondo-se de lado alguns trabalhos precursores, como os de Maquiavel (1469-1527) e Montesquieu (1689-1755), o estudo científico dos fatos humanos somente começou a se constituir em meados do século XIX. Nessa época, assistia-se ao triunfo dos métodos das ciências naturais, concretizadas nas radicais transformações da vida material do homem; operadas pela Revolução Industrial. Diante dessa comprovação inequívoca da fecundidade do caminho metodológico apontado por Galileu (1564-1642) e outros, alguns pensadores que procuravam conhecer cientificamente os fatos humanos passaram a abordá-los segundo as coordenadas das ciências naturais. Outros, ao contrário, afirmando a peculiaridade do fato humano e a conseqüente necessidade de uma metodologia própria. Essa metodologia deveria levar em consideração o fato de que o conhecimento dos fenômenos naturais e um conhecimento de algo externo ao próprio homem, enquanto nas ciências sociais o que se procura conhecer é a própria experiência humana. De acordo com a distinção entre experiência externa e experiência interna, poder-se-ia distinguir uma série de contrastes metodológicos entre os dois grupos de ciências. As ciências exatas partiriam da observação sensível e seriam experimentais, procurando obter dados mensuráveis e regularidades estatísticas que conduzissem à formulação de leis de caráter matemático.<br />As ciências humanas, ao contrário, dizendo respeito à própria experiência humana, seriam introspectivas, utilizando a intuição direta dos fatos, e procurariam atingir não generalidades de caráter matemático, mas descrições qualitativas de tipos e formas fundamentais da vida do espírito.<br />Os positivistas (como eram chamados os teóricos da identidade fundamental entre as ciências exatas e as ciências humanas) tinham suas origens sobretudo na tradição empirista inglesa que remonta a Francis Bacon (1561-1626) e encontrou expressão em David Hume (1711-1776), nos utilitaristas do século XIX e outros. Nessa linha metodológica de abordagem dos fatos humanos se colocariam Augusto Comte (1798-1857) e Émile Durkheim (1858-1917), este considerado por muitos como o fundador da sociologia como disciplina científica. Os antipositivistas, adeptos da distinção entre ciências humanas e ciências naturais, foram sobretudo os alemães, vinculados ao idealismo dos filósofos da época do Romantismo, principalmente Hegel (1770-1831) e Schleiermacher (1768-1834). Os principais representantes dessa orientação foram os neokantianos Wilhelm Dilthey (1833-1911), Wilhelm Windelband (1848-1915) e Heinrich Rickert (1863-1936). Dilthey estabeleceu uma distinção que fez fortuna: entre explicação (erklären) e compreensão (verstehen). O modo explicativo seria característico das ciências naturais, que procuram o relacionamento causal entre os fenômenos. A compreensão seria o modo típico de proceder das ciências humanas, que não estudam fatos que possam ser explicados propriamente, mas visam aos processos permanentemente vivos da experiência humana e procuram extrair deles seu sentido (Sinn). Os sentidos (ou significados) são dados, segundo Dilthey, na própria experiência do investigador, e poderiam ser empaticamente apreendidos na experiência dos outros.<br />Dilthey (como Windelband e Rickert), contudo, foi sobretudo filósofo e historiador e não, propriamente, cientista social, no sentido que a expressão ganharia no século XX. Outros levaram o método da compreensão ao estudo de fatos humanos particulares, constituindo diversas disciplinas compreensivas. Na sociologia, a tarefa ficaria reservada a Max Weber.<br /> <br />Uma educação humanista apurada<br /> <br />Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um conhecido advogado e desde cedo orientou-o no sentido das humanidades. Weber recebeu excelente educação secundária em línguas, história e literatura clássica. Em 1882, começou os estudos superiores em Heidelberg; continuando-os em Göttingen e Berlim, em cujas universidades dedicou-se simultaneamente à economia, à história, à filosofia e ao direito. Concluído o curso, trabalhou na Universidade de Berlim, na qual idade de livre-docente, ao mesmo tempo em que servia como assessor do governo. Em 1893, casou-se e; no ano seguinte, tornou-se professor de economia na Universidade de Freiburg, da qual se transferiu para a de Heidelberg, em 1896. Dois anos depois, sofreu sérias perturbações nervosas que o levaram a deixar os trabalhos docentes, só voltando à atividade em 1903, na qualidade de co-editor do Arquivo de Ciências Sociais (Archiv tür Sozialwissenschatt), publicação extremamente importante no desenvolvimento dos estudos sociológicas na Alemanha. A partir dessa época, Weber somente deu aulas particulares, salvo em algumas ocasiões, em que proferiu conferências nas universidades de Viena e Munique, nos anos que precederam sua morte, em 1920.<br /> <br />Compreensão e explicação<br /> <br />Dentro das coordenadas metodológicas que se opunham à assimilação das ciências sociais aos quadros teóricos das ciências naturais, Weber concebe o objeto da sociologia como, fundamentalmente, "a captação da relação de sentido" da ação humana. Em outras palavras, conhecer um fenômeno social seria extrair o conteúdo simbólico da ação ou ações que o configuram. Por ação, Weber entende "aquela cujo sentido pensado pelo sujeito jeito ou sujeitos jeitos é referido ao comportamento dos outros; orientando-se por ele o seu comportamento". Tal colocação do problema de como se abordar o fato significa que não é possível propriamente explicá-lo como resultado de um relacionamento de causas e efeitos (procedimento das ciências naturais), mas compreendê-lo como fato carregado de sentido, isto é, como algo que aponta para outros fatos e somente em função dos quais poderia ser conhecido em toda a sua amplitude.<br />O método compreensivo, defendido por Weber, consiste em entender o sentido que as ações de um indivíduo contêm e não apenas o aspecto exterior dessas mesmas ações. Se, por exemplo, uma pessoa dá a outra um pedaço de papel, esse fato, em si mesmo, é irrelevante para o cientista social. Somente quando se sabe que a primeira pessoa deu o papel para a outra como forma de saldar uma dívida (o pedaço de papel é um cheque) é que se está diante de um fato propriamente humano, ou seja, de uma ação carregada de sentido. O fato em questão não se esgota em si mesmo e aponta para todo um complexo de significações sociais, na medida em que as duas pessoas envolvidas atribuem ao pedaço de papel a função do servir como meio de troca ou pagamento; além disso, essa função é reconhecida por uma comunidade maior de pessoas.<br />Segundo Weber, a captação desses sentidos contidos nas ações humanas não poderia ser realizada por meio, exclusivamente, dos procedimentos metodológicos das ciências naturais, embora a rigorosa observação dos fatos (como nas ciências naturais) seja essencial para o cientista social. Contudo, Weber não pretende cavar um abismo entre os dois grupos de ciências. Segundo ele, a consideração de que os fenômenos obedecem a uma regularidade causal envolve referência a um mesmo esquema lógico de prova, tanto nas ciências naturais quanto nas humanas. Entretanto, se a lógica da explicação causal é idêntica, o mesmo não se poderia dizer dos tipos de leis gerais a serem formulados para cada um dos dois grupos de disciplinas. As leis sociais, para Weber, estabelecem relações causais em termos de regras de probabilidades, segundo as quais a determinados processos devem seguir-se, ou ocorrer simultaneamente., outros. Essas leis referem-se a construções de “comportamento com sentido” e servem para explicar processos particulares. Para que isso seja possível; Weber defende a utilização dos chamados “tipos ideais”, que representam o primeiro nível de generalização de conceitos abstratos e, correspondendo às exigências lógicas da prova, estão intimamente ligados à realidade concreta particular.<br /> <br />O legal e o típico<br /> <br />O conceito de tipo ideal corresponde, no pensamento weberiano, a um processo de conceituação que abstrai de fenômenos concretos o que existe de particular, constituindo assim um conceito individualizante ou, nas palavras do próprio Weber, um “conceito histórico concreto”. A ênfase na caracterização sistemática dos padrões individuais concretos (característica das ciências humanas) opõe a conceituação típico-ideal à conceituação generalizadora, tal como esta é conhecida nas ciências naturais.<br />A conceituação generalizadora, como revela a própria expressão, retira do fenômeno concreto aquilo que ele tem de geral, isto é, as uniformidades e regularidades observadas em diferentes fenômenos constitutivos de uma mesma classe. A relação entre o conceito genérico e o fenômeno concreto é de natureza tal que permite classificar cada fenômeno particular de acordo com os traços gerais apresentados pelo mesmo, considerando como acidental tudo o que não se enquadre dentro da generalidade. Além disso, a conceituação generalizadora considera o fenômeno particular como um caso cujas características gerais podem ser deduzidas de uma lei.<br />A conceituação típico-ideal chega a resultados diferentes da conceituação generalizadora. O tipo ideal, segundo Weber, expõe como se desenvolveria uma forma particular de ação social se o fizesse racionalmente em direção a um fim e se fosse orientada de forma a atingir um e somente um fim. Assim, o tipo ideal não descreveria um curso concreto de ação, mas um desenvolvimento normativamente ideal, isto é, um curso de ação “objetivamente possível”. O tipo ideal é um conceito vazio de conteúdo real: ele depura as propriedades dos fenômenos reais desencarnando-os pela análise, para depois reconstruí-los. Quando se trata de tipos complexos (formados por várias propriedades), essa reconstrução assume a forma de síntese, que não recupera os fenômenos em sua real concreção, mas que os idealiza em uma articulação significativa de abstrações. Desse modo, se constitui uma “pauta de contrastação”, que permite situar os fenômenos reais em sua relatividade. Por conseguinte, o tipo ideal não constitui nem uma hipótese nem uma proposição e, assim, não pode ser falso nem verdadeiro, mas válido ou não-válido, de acordo com sua utilidade para a compreensão significativa dos acontecimentos estudados pelo investigador.<br />No que se refere à aplicação do tipo ideal no tratamento da realidade, ela se dá de dois modos. O primeiro é um processo de contrastação conceituai que permite simplesmente apreender os fatos segundo sua maior ou menor aproximação ao tipo ideal. O segundo consiste na formulação de hipóteses explicativas. Por exemplo: para a explicação de um pânico na bolsa de valores, seria possível, em primeiro lugar, supor como se desenvolveria o fenômeno na ausência de quaisquer sentimentos irracionais; somente depois se poderia introduzir tais sentimentos como fatores de perturbação. Da mesma forma se poderia proceder para a explicação de uma ação militar ou política. Primeiro se fixaria, hipoteticamente, como se teria desenvolvido a ação se todas as intenções dos participantes fossem conhecidas e se a escolha dos meios por parte dos mesmos tivesse sido orientada de maneira rigorosamente racional em relação a certo fim. Somente assim se poderia atribuir os desvios aos fatores irracionais.<br />Nos exemplos acima é patente a dicotomia estabelecida por Weber entre o racional e o irracional, ambos conceitos fundamentais de sua metodologia. Para Weber, uma ação é racional quando cumpre duas condições. Em primeiro lugar, uma ação é racional na medida em que é orientada para um objetivo claramente formulado, ou para um conjunto de valores, também claramente formulados e logicamente consistentes. Em segundo lugar, uma ação é racional quando os meios escolhidos para se atingir o objetivo são os mais adequados.<br />Uma vez de posse desses instrumentos analíticos, formulados para a explicação da realidade social concreta ou, mais exatamente, de uma porção dessa realidade, Weber elabora um sistema compreensivo de conceitos, estabelecendo uma terminologia precisa como tarefa preliminar para a análise das inter-relações entre os fenômenos sociais. De acordo com o vocabulário weberiano, são quatro os tipos de ação que cumpre distinguir claramente: ação racional em relação a fins, ação racional em relação a valores, ação afetiva e ação tradicional. Esta última, baseada no hábito, está na fronteira do que pode ser considerado como ação e faz Weber chamar a atenção para o problema de fluidez dos limites, isto é, para a virtual impossibilidade de se encontrarem “ações puras”. Em outros termos, segundo Weber, muito raramente a ação social orienta-se exclusivamente conforme um ou outro dos quatro tipos. Do mesmo modo, essas formas de orientação não podem ser consideradas como exaustivas. Seriam tipos puramente conceituais, construídos para fins de análise sociológica, jamais encontrando-se na realidade em toda a sua pureza; na maior parte dos casos, os quatro tipos de ação encontram-se misturados. Somente os resultados que com eles se obtenham na análise da realidade social podem dar a medida de sua conveniência. Para qualquer um desses tipos tanto seria possível encontrar fenômenos sociais que poderiam ser incluídos neles, quanto se poderia também deparar com fatos limítrofes entre um e outro tipo. Entretanto, observa Weber, essa fluidez só pode ser claramente percebida quando os próprios conceitos tipológicos não são fluidos e estabelecem fronteiras rígidas entre um e outro. Um conceito bem definido estabelece nitidamente propriedades cuja presença nos fenômenos sociais permite diferenciar um fenômeno de outro; estes, contudo, raramente podem ser classificados de forma rígida.<br /> <br />O sistema de tipos ideais<br /> <br />Na primeira parte de Economia e Sociedade, Max Weber expõe seu sistema de tipos ideais, entre os quais os de lei, democracia, capitalismo, feudalismo, sociedade, burocracia, patrimonialismo, sultanismo. Todos esses tipos ideais são apresentados pelo autor como conceitos definidos conforme critérios pessoais, isto é, trata-se de conceituações do que ele entende pelo termo empregado, de forma a que o leitor perceba claramente do que ele está falando. O importante nessa tipologia reside no meticuloso cuidado com que Weber articula suas definições e na maneira sistemática com que esses conceitos são relacionados uns aos outros. A partir dos conceitos mais gerais do comportamento social e das relações sociais, Weber formula novos conceitos mais específicos, pormenorizando cada vez mais as características concretas.<br />Sua abordagem em termos de tipos ideais coloca-se em oposição, por um lado, à explicação estrutural dos fenômenos, e, por outro, à perspectiva que vê os fenômenos como entidades qualitativamente diferentes. Para Weber, as singularidades históricas resultam de combinações específicas de fatores gerais que, se isolados, são quantificáveis, de tal modo que os mesmos elementos podem ser vistos numa série de outras combinações singulares. Tudo aquilo que se afirma de uma ação concreta, seus graus de adequação de sentido, sua explicação compreensiva e causal, seriam hipóteses suscetíveis de verificação. Para Weber, a interpretação causal correta de uma ação concreta significa que “o desenvolvimento externo e o motivo da ação foram conhecidos de modo certo e, ao mesmo tempo, compreendidos com sentido em sua relação”. Por outro lado, a interpretação causal correta de uma ação típica significa que o acontecimento considerado típico se oferece com adequação de sentido e pode ser comprovado como causalmente adequado, pelo menos em algum grau.<br /> <br />O capitalismo é protestante?<br /> <br />As soluções encontradas por Weber para os intrincados problemas metodológicos que ocuparam a atenção dos cientistas sociais do começo do século XX permitiram-lhe lançar novas luzes sobre vários problemas sociais e históricos, e fazer contribuições extremamente importantes para as ciências sociais. Particularmente relevantes nesse sentido foram seus estudos sobre a sociologia da religião, mais exatamente suas interpretações sobre as relações entre as idéias e atitudes religiosas, por um lado, e as atividades e organização econômica correspondentes, por outro.<br />Esses estudos de Weber, embora incompletos, foram publicados nos três volumes de sua Sociologia da Religião. A linha mestra dessa obra é constituída pelo exame dos aspectos mais importantes da ordem social e econômica do mundo ocidental, nas várias etapas de seu desenvolvimento histórico. Esse problema já se tinha colocado para outros pensadores anteriores a Weber, dentre os quais Karl Marx (1818-1883), cuja obra, além de seu caráter teórico, constituía elemento fundamental para a lufa econômica e política dos partidos operários; por ele mesmo criados. Por essas razões, a pergunta que os sociólogos alemães se faziam era se o materialismo histórico formulado por Marx era ou não o verdadeiro, ao transformar o fator econômico no elemento determinante de todas as estruturas sociais e culturais, inclusive a religião. Inúmeros trabalhos foram escritos para resolver o problema, substituindo-se o fator econômico como dominante por outros fatores, tais como raça, clima, topografia, idéias filosóficas, poder político. Alguns autores, como Wilhelm Dilthey, Ernst Troeltsch (1865-1923) e Werner Sombart (1863-1941), já se tinham orientado no sentido de ressaltar a influência das idéias e das convicções éticas como fatores determinantes, e chegaram à conclusão de que o moderno capitalismo não poderia ter surgido sem uma mudança espiritual básica, como aquela que ocorreu nos fins da Idade Média. Contudo, somente com os trabalhos de Weber foi possível elaborar uma verdadeira teoria geral capaz de confrontar-se com a de Marx.<br />A primeira idéia que ocorreu a Weber na elaboração dessa teoria foi a de que, para conhecer corretamente a causa ou causas do surgimento do capitalismo, era necessário fazer um estudo comparativo entre as várias sociedades do mundo ocidental (único lugar em que o capitalismo, como um tipo ideal, tinha surgido) e as outras civilizações, principalmente as do Oriente, onde nada de semelhante ao capitalismo ocidental tinha aparecido. Depois de exaustivas análises nesse sentido, Weber foi conduzido à tese de que a explicação para o fato deveria ser encontrada na íntima vinculação do capitalismo com o protestantismo: “Qualquer observação da estatística ocupacional de um país de composição religiosa mista traz à luz, com notável freqüência, um fenômeno que já tem provocado repetidas discussões na imprensa e literatura católicas e em congressos católicos na Alemanha: o fato de os líderes do mundo dos negócios e proprietários do capital, assim como os níveis mais altos de mão-de-obra qualificada, principalmente o pessoal técnica e comercialmente especializado das modernas empresas, serem preponderantemente protestantes”.<br />A partir dessa afirmação, Weber coloca uma série de hipóteses referentes a fatores que poderiam explicar o fato. Analisando detidamente esses fatores, Weber elimina-os, um a um, mediante exemplos históricos, e chega à conclusão final de que os protestantes, tanto como classe dirigente, quanto como classe dirigida, seja como maioria, seja como minoria, sempre teriam demonstrado tendência específica para o racionalismo econômico. A razão desse fato deveria, portanto, ser buscada no caráter intrínseco e permanente de suas crenças religiosas e não apenas em suas temporárias situações externas na história e na política.<br />Uma vez indicado o papel que as crenças religiosas teriam exercido na gênese do espírito capitalista, Weber propõe-se a investigar quais os elementos dessas crenças que atuaram no sentido indicado e procura definir o que entende por "espírito do capitalismo". Este é entendido por Weber como constituído fundamentalmente por uma ética peculiar, que pode ser exemplificada muito nitidamente por trechos de discursos de Benjamin Franklin (1706 - 1790), um dos líderes da independência dos Estados Unidos. Benjamin Franklin, representante típico da mentalidade dos colonos americanos e do espírito pequeno-burguês, afirma em seus discursos que “ganhar dinheiro dentro da ordem econômica moderna é, enquanto isso for feito legalmente, o resultado e a expressão da virtude e da eficiência de uma vocação”. Segundo a interpretação dada por Weber a esse texto, Benjamin Franklin expressa um utilitarismo, mas um utilitarismo com forte conteúdo ético, na medida em que o aumento de capital é considerado um fim em si mesmo e, sobretudo, um dever do indivíduo. O aspecto mais interessante desse utilitarismo residiria no fato de que a ética de obtenção de mais e mais dinheiro é combinada com o estrito afastamento de todo gozo espontâneo da vida.<br />A questão seguinte colocada por Weber diz respeito aos fatores que teriam levado a transformar-se em vocação uma atividade que, anteriormente ao advento do capitalismo, era, na melhor das hipóteses, apenas tolerada. O conceito de vocação como valorização do cumprimento do dever dentro das profissões seculares Weber encontra expresso nos escritos de Martinho Lutero (1483-1546), a partir do qual esse conceito se tornou o dogma central de todos os ramos do protestantismo. Em Lutero, contudo, o conceito de vocação teria permanecido em sua forma tradicional, isto é, algo aceito como ordem divina à qual cada indivíduo deveria adaptar-se. Nesse caso, o resultado ético, segundo Weber, é inteiramente negativo, levando à submissão. O luteranismo, portanto, não poderia ter sido a razão explicativa do espírito do capitalismo.<br />Weber volta-se então para outras formas de protestantismo diversas do luteranismo, em especial para o calvinismo e outras seitas, cujo elemento básico era o profundo isolamento espiritual do indivíduo em relação a seu Deus, ó que, na prática, significava a racionalização do mundo e a eliminação do pensamento mágico como meio de salvação. Segundo o calvinismo, somente uma vida guiada pela reflexão contínua poderia obter vitória sobre o estado natural, e foi essa racionalização que deu à fé reformada uma tendência ascética.<br />Com o objetivo de relacionar as idéias religiosas fundamentais do protestantismo com as máximas da vida econômica capitalista, Weber analisa alguns pontos fundamentais da ética calvinista, como a afirmação de que “o trabalho constitui, antes de mais nada, a própria finalidade da vida”. Outra idéia no mesmo sentido estaria contida na máxima dos puritanos, segundo a qual “a vida profissional do homem é que lhe dá uma prova de seu estado de graça para sua consciência, que se expressa no zelo e no método, fazendo com que ele consiga cumprir sua vocação”. Por meio desses exemplos, Weber mostra que o ascetismo secular do protestantismo “libertava psicologicamente a aquisição de bens da ética tradicional, rompendo os grilhões da ânsia de lucro, com o que não apenas a legalizou, como também a considerou como diretamente desejada por Deus”. E m síntese, a tese de Weber afirma que a consideração dó trabalho (entendido como vocação constante e sistemática) como o mais alto instrumento de ascese e o mais seguro meio de preservação da redenção da fé e do homem deve ter sido a mais poderosa alavanca da expressão dessa concepção de vida constituída pelo espírito do capitalismo.<br />É necessário, contudo, salientar que Weber, em nenhum momento considera o espírito do capitalismo como pura conseqüência da Reforma protestante. O sentido que norteia sua análise é antes uma proposta de investigarem que medida as influências religiosas participaram da moldagem qualitativa do espírito do capitalismo. Percorrendo o caminho inverso, Weber propõe-se também a compreender melhor o sentido do protestantismo, mediante o estudo dos aspectos fundamentais do sistema econômica capitalista. Tendo em vista a grande confusão existente no campo das influências entre as bases materiais, as formas de organização social e política e os conteúdos espirituais da Reforma, Weber salientou que essas influências só poderiam ser. confirmadas por meio de exaustivas investigações dos pontos em que realmente teriam ocorrido correlações entre o movimento religioso e a ética vocacional, Com isso “se poderá avaliar” - diz o próprio Weber – “em que medida os fenômenos culturais contemporâneos se originam historicamente em motivos religiosos e em que medida podem ser relacionados com eles”.<br /> <br />Autoridade e legitimidade<br /> <br />A aplicação da metodologia compreensiva à análise dos fenômenos históricos e sociais, por parte dê Weber, não sê limitou às relações entre o protestantismo ê o sistema capitalista. Inúmeros foram seus trabalhos dê investigação empírica sobre assuntos econômicos ê políticos. Entre os primeiros, salientam-se A Situação dos Trabalhadores Agrícolas no Elba ê A Psicofisiologia do Trabalho Industrial. Entre os segundos, devem ser ressaltadas suas análises críticas da seleção burocrática dos líderes políticos na Alemanha dos Kaiser Guilherme I e II ê da despolitização levada a cabo com a hegemonia dos burocratas. Para a teoria política em geral, contudo, foram mais importantes os conceitos ê categorias interpretativas que formulou e que se tornaram clássicos nas ciências sociais.<br />Weber distingue no conceito de política duas acepções, uma geral e outra restrita. No sentido mais amplo, política é entendida por ele como “qualquer tipo dê liderança independente em ação”. No sentido restrito, política seria liderança dê um tipo dê associação específica; em outras palavras, tratar-se-ia da liderança do Estado. Este, por sua vez, é defendido por Weber como “uma comunidade humana que pretende o monopólio do uso legítimo da força física dentro de determinado território". Definidos esses conceitos básicos, Weber é conduzido a desdobrar a natureza dos elementos essenciais quê constituem o Estado ê assim chega ao conceito dê autoridade ê dê legitimidade. Para quê um Estado exista, diz Weber, é necessário quê um conjunto dê pessoas (toda a sua população) obedeça à autoridade alegada pêlos detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para quê os dominados obedeçam é necessário quê os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida como legítima.<br />A autoridade pode ser distinguida segundo três tipos básicos: a racional-legal, a tradicional e a carismática. Esses três tipos dê autoridade correspondem a três tipos dê legitimidade: a racional, a puramente afetiva e a utilitarista. O tipo racional-legal tem como fundamento a dominação em virtude da crença na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada, por sua vez, em regras racionalmente criadas. A autoridade desse tipo mantém-se, assim, segundo uma ordem impessoal e universalista, e os limites de seus poderes são determinados pelas esferas de competência, defendidas pela própria ordem. Quando a autoridade racional-legal envolve um corpo administrativo organizado, toma a forma dê estrutura burocrática, amplamente analisada por Weber.<br />A autoridade tradicional é imposta por procedimentos considerados legítimos porquê sempre teria existido, e é aceita em nome de uma tradição reconhecida como válida. O exercício da autoridade nos Estados desse tipo é definido por um sistema dê status, cujos poderes são determinados, em primeiro lugar, por prescrições concretas da ordem tradicional ê, em segundo lugar, pela autoridade dê outras pessoas que estão acima dê um status particular no sistema hierárquico estabelecido. Os poderes são também determinados pela existência dê uma esfera arbitrária de graça, aberta a critérios variados, como os de razão de Estado, justiça substantiva, considerações dê utilidade e outros. Ponto importante é a inexistência de separação nítida entre a esfera da autoridade e a competência privada do indivíduo, fora de sua autoridade. Seu status é total, na medida em que seus vários papéis estão muito mais integrados do que no caso de um ofício no Estado racional-legal.<br />Em relação ao tipo de autoridade tradicional, Weber apresenta uma subclassificação em termos do desenvolvimento e do papel do corpo administrativo: gerontocracia e patriarcalismo. Ambos são tipos em que nem um indivíduo, nem um grupo, segundo o caso, ocupam posição de autoridade independentemente do controle de um corpo administrativo, cujo status e cujas funções são tradicionalmente fixados. No tipo patrimonialista de autoridade, as prerrogativas pessoais do "chefe" são muito mais extensas e parte considerável da estrutura da autoridade tende a se emancipar do controle da tradição.<br />A dominação carismática é um tipo de apelo que se opõe às bases de legitimidade da ordem estabelecida e institucionalizada. O líder carismático, em certo sentido, é sempre revolucionário, na medida em que se coloca em oposição consciente a algum aspecto estabelecido da sociedade em que atua. Para que se estabeleça uma autoridade desse tipo, é necessário que o apelo do líder seja considerado como legítimo por seus seguidores, os quais estabelecem com ele uma lealdade de tipo pessoal. Fenômeno excepcional, a dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas mudanças estruturais, tornando-se, de acordo com os padrões de sucessão que adotar e com a evolução do corpo administrativo, ou racional-legal ou tradicional, em algumas de suas configurações básicas.<br /> <br />Cronologia:<br /> <br />1864 - Max Weber nasce em Erturt, Turíngia, a 21 de abril.<br />1869 - Muda-se para Berlim com a família.<br />1882 - Conclui seus estudos pré-universitários e matricula-se na Faculdade Direito de Heidelberg.<br />1883 - Transfere-se para Estrasburgo, onde presta um ano de serviço militar.<br />1884 - Reinicia os estudos universitários.<br />1888 - Conclui seus estudos e começa a trabalhar nos tribunais de Berlim.<br />1889 - Escreve sua tese de doutoramento sobre a história das companhias comércio durante a Idade Média.<br />1891 - Escreve uma tese, H História das Instituições Agrárias.<br />1893 - Casa-se com Marianne Schnitger.<br />1894 - Exerce a cátedra de economia na Universidade de Freiburg. 1896 - Aceita uma cátedra em Heidelberg.<br />1898 - Consegue uma licença remunerada na universidade, por motivo de saúde.<br />1899 - É internado numa casa de saúde para doentes mentais, onde permanece algumas semanas.<br />1903 - Participa, junto com Sombart, da direção de uma das mais destacadas publicações de ciências sociais da Alemanha.<br />1904 - Publica ensaios sobre os problemas econômicos das propriedades dos Junker, sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.<br />1905 - Parte para os Estados Unidos, onde pronuncia conferências e recolhe material para a continuação de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.<br />1906 - Redige dois ensaios sobre a Rússia: A Situação da Democracia Burguesa na Rússia e A Transição da Rússia para o Constitucionalismo de Fachada.<br />1914 - Início da Primeira Guerra Mundial. Weber, no posto de capitão, é encarregado de organizar e administrar nove hospitais em Heidelberg.<br />1918 - Transfere-se para Viena, onde dá um curso sob o título de Uma Crítica Positiva da Concepção Materialista da História.<br />1919 - Pronuncia conferências em Munique, que serão publicadas sob o título de História Econômica Geral.<br />1920 - Falece em conseqüência de uma pneumonia aguda.<br /> <br />Bibliografia:<br /> <br />Weber, Os Pensadores, Ed. Abril<br /> <br />Weber, Grandes Cientistas Sociais, Ed. Ática<br />Leitura Indicada<br /><a style="TEXT-DECORATION: none" href="http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=231087&franq=130516" target="_blank"></a><br /><br /><br />© <a style="FONT-WEIGHT: 700; TEXT-DECORATION: none" href="http://www.culturabrasil.org/copyleft.htm" target="_blank">Copyleft</a> LCC Publicações Eletrônicas - Todo o conteúdo desta página pode ser distribuído exclusivamente para fins não comerciais desde que mantida a citação do Autor e da fonte.<br /><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=4274&tipo=1" target="_blank"></a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-30013838817290084312008-05-29T17:18:00.000-03:002008-05-29T17:38:25.189-03:00Programa de estágioO Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), uma consultoria em gestão empresarial, está com as inscrições abertas para o Programa de Trainees 2008 – 2º Semestre.Estudantes e profissionais de todo o Brasil formados em 2006 e 2007 ou com a graduação prevista para julho de 2008 podem se candidatar. Elevado rendimento acadêmico, fluência em pelo menos um idioma, bons conhecimentos em informática e disponibilidade para viagens são alguns dos pré-requisitos. Em contrapartida, o INDG oferece oportunidades de crescimento profissional, além de atuação em projetos no Brasil e no exterior.O programa já formou cerca de 800 profissionais desde que foi criado em 2003. Em 2007, selecionou 165 trainees e, no 1º semestre de 2008, mais 136. Como ocorre em todos os anos, o número de vagas não é limitado, pois todos os candidatos que se encaixam no perfil serão selecionados.A duração do programa é de dois anos. Na primeira fase são realizados treinamentos em sala de aula e simulações de projetos. Posteriormente, os trainees são destacados para participar de atividades no Brasil e exterior, sempre com equipes formadas por outros profissionais experientes, que passam a orientá-los na execução dos trabalhos.Serviço:Inscrições: até 18 de junho no site <a href="http://www.indg.com.br/">www.indg.com.br</a>.Cursos: Administração de Empresas, Administração com ênfase em sistema da Informação, Ciências Atuariais, Ciência da Computação, Ciência da Informação, Ciências Econômicas, Engenharias e Estatística, preferencialmente.Etapas do processo de seleção:· Inscrições pela internet;· Análise qualitativa da ficha de inscrição;· Avaliação psicológica (testes e dinâmica de grupo);· Entrevista e teste oral do idioma (presencial);· Admissão em julho de 2008.As etapas presenciais acontecerão em Belo Horizonte/MG. As despesas para participar do processo seletivo serão de responsabilidade do candidato.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-54879328848893361642008-05-21T18:05:00.000-03:002008-05-21T18:10:12.063-03:00O que é EmpreendedorismoCURSO: ATITUDE EMPREENDEDORA<br />AULA 1 – Empreendedorismo<br />“É a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar<br />uma idéia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformação e o<br />desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco.” Eduardo Bom Ângelo<br />É a capacidade de antever necessidades e satisfazer além das expectativas.<br />O empreendedor e a empresa empreendedora necessitam de um alto grau de<br />criatividade, domínio das tendências do cenário para sair a frente. A ousadia é a marca<br />dessa atitude.<br />É a habilidade de buscar e capturar oportunidades rentáveis de negócios; disposição de<br />correr riscos calculados para atingir os objetivos da organização.<br />Um profissional que demonstra essa competência:<br />· Identifica e aproveita oportunidades rentáveis de negócios;<br />· Conhece profundamente o negócio, setor e mercado que possam revelar<br />oportunidades no mercado;<br />· Demonstra disposição em assumir riscos calculados para atingir resultados;<br />· Busca maximização da relação custo X benefício para clientes, fornecedores e<br />parceiros;<br />· Estimula e dá apoio ao comportamento empreendedor de outras pessoas.<br />Ontem, as empresas estavam orientadas para a produção, o mercado era amplo, e a<br />concorrência era fraca e negociada. O foco era produzir o maior volume possível e<br />repassar custos aos preços, sem qualquer esforço de otimização, em benefício do<br />consumidor. As estruturas eram hierarquizadas e as pessoas podiam se “esconder”<br />atrás do tecnicismo, do paternalismo e das fórmulas prontas para resolver os problemas<br />que surgissem. A economia crescia vegetativamente, inchava, mas não evoluía. Quase<br />sem intenção, os resultados apareciam e, assim, gerenciar podia ser, simplesmente,<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />4<br />dar-se bem com os outros, tomar conta da equipe e resolver os problemas rotineiros,<br />por vezes incendiários.<br />Hoje, a globalização, faz o mundo competir de verdade, trazendo a disputa pelo<br />consumidor exigente.<br />Inúmeras mudanças já ocorreram em nosso cenário e muitas ainda estão por vir. A<br />constante instabilidade do meio ambiente e o aumento da interação de seus fatores<br />fazem com que a organização passe a estar muito mais sensível e aberta às influências<br />externas, se ela pretende sobreviver. Na economia em rede, tanto a propriedade física<br />quanto a intelectual tem mais probabilidade de serem acessadas pelas empresas do<br />que serem adquiridas.<br />Outra força desta realidade é o capital intelectual, por isso algumas organizações estão<br />apostando em diferentes formas de motivação, reconhecimento e gerenciamento.<br />O momento atual exige ampla transformação e uma nova “filosofia de gestão”. A<br />capacidade de posicionar-se estrategicamente, diante dos desafios proporcionados por<br />um ambiente em contínua transformação, requer flexibilidade em todas as áreas e da<br />própria organização. Torna-se fundamental ao gestor aprender a criar novas formas<br />organizacionais em torno de equipes e processos.<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />5<br />AULA 2 – Tipos de empreendedores<br />Empreendedor corporativo<br />É aquele que a partir de uma idéia, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em<br />um produto de sucesso. São desbravadores que investem no seu desenvolvimento<br />dentro da organização. São pessoas dotadas de iniciativa, QA, visão de futuro e que<br />favorecem o destaque no mercado de trabalho, da empresa, dos produtos e de si<br />mesmo. Respaldado pela cultura e política organizacional.<br />Exemplos: Abílio Diniz, Silvio Santos, Antonio E. de Moraes, Henrique Meirelles, Eneida<br />Bini (primeira mulher a ser nomeada Presidente Avon Brasil e chegou a Vicepresidência<br />Costumer Service Avon América Latina, iniciou na empresa em 1981 como<br />secretária). Hoje está no cargo de vice-presidente da Herbalife. Andrea Jung<br />(presidente da Avon Mundial. Ela é responsável pela empresa presente em 140 países.<br />É canadense e foi contratada como secretária de um diretor em Nova York. Após 12<br />anos foi nomeada presidente da empresa).<br />Empreendedor externo<br />Aquele que desenvolve e administra um projeto com foco nas tendências e<br />necessidades do mercado, visando satisfazer determinado público.<br />É um profissional independente que gerencia suas ações sem um vínculo específico<br />com uma organização, ditando sua política, cultura e administrando seus riscos de<br />forma livre.<br />Empreendedor social<br />São aqueles que assumem uma atitude pró-ativa no que diz respeito ao<br />desenvolvimento integrado da sua comunidade, da sua cidade ou do seu país. Ele está<br />voltado ao terceiro setor e a projetos ligados à sociedade e qualidade de vida. Exemplo:<br />Bono Vox, Betinho, entre outros.<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />6<br />Tecnologia responsável<br />A tecnologia da informação e o manuseio da informação tornam-se cada vez mais a<br />chave para o êxito da empresa. Mas a informação pode ser uma “armadilha” para os<br />gerentes.<br />Observa Peter Drucker, em Management: Tasks, Responsabilities, Practices: “As<br />atividades relacionadas com a informação são um problema especial nas empresas. Ao<br />contrário de muitas outras atividades geradoras de resultados, elas não dizem respeito<br />a um estágio do processo, mas à totalidade do processo”.<br />Por saberem exatamente onde essas informações serão imprescindíveis, os<br />colaboradores permitirão que o fluxo dessas se direcione para onde forem necessárias,<br />fazendo com que a empresa se torne inevitavelmente auto dirigida e horizontal.<br />A empresa que conseguir valorizar esse tipo de atitude será a considerada “empresa<br />inteligente”.<br />Hoje, o cenário busca profissionais que investem no conhecimento contínuo, ou seja,<br />que se aperfeiçoam, procuram novas habilidades, e através do autoconhecimento,<br />otimizar seus resultados, transformando suas ações em vantagens para a organização.<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />7<br />AULA 3 - Perfil do empreendedor na era do conhecimento<br />Para implementar e administrar o seu plano de ação, os empreendedores corporativo e<br />externo, necessitam de ações positivas e orientadas ao Autodesenvolvimento.<br />Confiar em si e vender idéias reais. Ao identificar pontos fracos, você já está buscando<br />o caminho do autodesenvolvimento e autocrítica. Ao questionar, você levanta a<br />possibilidade de recriar. Uma pessoa antenada aos acontecimentos do cenário com<br />vontade de vencer os obstáculos.<br />Características:<br />· É autoconfiante e proativo;<br />· Aceita e reconhece erros;<br />· Faz “networking”;<br />· Questiona o existente;<br />· É curioso, criativo, perseverante, otimista e ousado;<br />· Identifica e avalia oportunidades;<br />· Quebra paradigmas;<br />· Elabora Plano de Ações;<br />· Lida com imprevistos;<br />· Agiliza o processo decisório<br />O empreendedor identifica erros, problemas, faz avaliação de idéias e<br />questionamentos, sempre inova e conseqüentemente administra os riscos. Elabora<br />plano de ação para vender, está aberto a mudanças, adaptações, são pessoas que<br />estão sempre prontas a implantar realizações e solução. Tempo é dinheiro e geração<br />de oportunidades e o processo decisório está dentro deste conceito. Decisão é<br />escolher o melhor caminho para a melhor solução do processo.<br />É imprescindível conhecer o local onde trabalhamos e personalizar as idéias de acordo<br />com a cultura e a filosofia da empresa.<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />8<br />Perfil do empreendedor na área de TI<br />· Formação profissional consistente<br />· Identificação com a área de Projetos<br />· Buscar e desenvolver novas soluções tecnológicas<br />· Gestor de processos<br />· Competitivo e ágil às respostas<br />Tecnologia x empreendedorismo<br />· Evolução: não basta visão de futuro e capacidade de realização, é necessária a<br />observação de mais etapas e processos.<br />· Ampliar a competitividade em contraponto à grande velocidade da comunicação,<br />padronização de recursos e insumos com forte pressão para redução de custos.<br />· “Ser empreendedor” foi superado por “estar empreendedor”.<br />AULA 4 - Atitudes empreendedoras<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />9<br />O empreendedor precisa de atitudes para merecer a denominação. As atitudes são<br />práticas com valores respaldadas no conhecimento adquirido e que torna-se prática<br />diária. As principais atitudes são: ler os tópicos do slide e após a dinâmica fundamentar<br />os tópicos com base na atividade realizada.<br />Criatividade<br />Idéias com foco nas necessidades dos clientes e na disposição empresarial. A<br />criatividade organizacional foca a inovação em relacionamentos com os clientes<br />externos e internos, valoriza a negociação, a conquista de objetivos e entende que<br />pessoas são peças fundamentais, portanto o ganha-ganha deve ser valorizado. A<br />criatividade flexibiliza o pensamento, une a lógica e facilita a interpretação dos<br />processos e o trabalho. A empresa inovadora sempre sai à frente em um cenário tão<br />instável como o nosso e as pessoas são as peças chave para implantar essa inovação.<br />Liderança<br />É a arte de saber delegar, transmitindo uma visão clara de objetivos e metas, sabendo<br />motivar os colaboradores a alcançar a excelência no desempenho individual e da<br />equipe.<br />É o processo interpessoal por meio do qual o responsável por resultados identifica<br />recursos, processos e prazos, para o alcance de resultados.<br />Qualquer colaborador deve estar preparado para consumir o papel de líder,<br />desenvolvendo habilidades como a comunicação, relacionamento interpessoal, visão<br />sistêmica, foco nos resultados, entre outras.<br />Há a necessidade de um time comprometido com ações, idéias, resolução de<br />problemas. Assim o líder vai conseguir formar o time através da sua postura<br />persuasiva, empática, motivadora e persistente. Para conseguir a confiança das<br />pessoas, a prática da liderança na atitude empreendedora necessita do seguinte perfil:<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />10<br />ser fiel a sua filosofia de vida, buscar a melhoria, delegar decisões, considerar que cada<br />pessoa está em um nível de aprendizado, valorizar problemas e fatos inesperados e<br />transformá-los em oportunidades.<br />Visão Sistêmica<br />No desenvolvimento de um plano de ação ou de um projeto é essencial entender cada<br />ação estabelecida e principalmente se ela se relaciona com o objetivo final. É como se<br />estivesse a cada dia finalizando uma parte do todo.<br />A visão sistêmica é um conjunto de conhecimentos e instrumentos desenvolvidos que<br />têm como objetivo tornar mais claro todo o conjunto e nos mostrar as modificações<br />necessárias para melhorá-lo. Questões como processos, estratégia, fluxo de<br />informações e processos de trabalho devem ser gerenciadas para produzir output<br />(saída) e imput (entrada) de forma eficaz. Aponta um direcionamento claro, facilitando<br />decisões e propiciando o desenvolvimento de pessoas. É uma das principais<br />características do empreendedor.<br />Proatividade<br />É a força propulsora da atitude empreendedora. Mas para a prática desta, é necessária<br />muita leitura, bom relacionamento, atenção às necessidades e trabalhar bastante com a<br />intuição e a empatia. Proatividade é gerar oportunidades e aproveitá-las, ou seja,<br />antecipar-se aos fatos.<br />Aprender a aprender<br />Aprender a aprender é verbo/ação da nossa Era. Estamos em constante interação com<br />o meio e este em profundas mudanças. O que tem valor hoje pode não ter mais<br />amanhã e vice-versa. Conseqüentemente precisamos reavaliar nossas atitudes e<br />valores para nos adaptarmos aos acontecimentos e darmos segmento aos processos, e<br />o conhecimento é a chave para o desenvolvimento desta atitude.<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />11<br />Saber ouvir significa estar aberto a novos aprendizados, demonstrando assim<br />flexibilidade de comportamento. É imprescindível valorizar a aquisição do conhecimento<br />e ter foco nas ações, tomando cuidados com a dispersão (perda de tempo).<br />AULA 5 - Benefícios do empreendedor<br />Os benefícios do empreendedor são:<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />12<br />· Aprender a tirar a idéia do papel e buscar oportunidades;<br />· Não pretender mudar tudo e todos, mas se adaptar às instabilidades do cenário;<br />· Diante de dificuldades avaliar o processo e implementar melhorias.<br />A determinação, humildade, iniciativa, empatia, foco nas ações, conhecer o todo e<br />desenvolver as partes, estando em constante sintonia com pessoas facilita a prática<br />dos mandamentos do empreendedor.<br />Investir na percepção, conhecer o que quer e acreditar em si, visando ações do<br />presente com foco no futuro e estando compromissado com a qualidade e a inovação é<br />o ponto central para o alcance do sucesso e a prática da atitude empreendedora.<br />As habilidades: iniciativa, conhecimento geral, observação, conhecimento do segmento,<br />confiança, segurança, aberto a novas oportunidades, são as bases para o sucesso.<br />Não adianta praticarmos algo ou visar à mudança de comportamento se não<br />conhecemos os benefícios. A atitude empreendedora nos leva a um caminho<br />promissor, porque na prática aplicamos uma série de habilidades que são fundamentais<br />para o nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento. Praticamos a criatividade, iniciativa,<br />concretizamos idéias, resolvemos problemas e flexibilizamos ações. Aceitar as<br />diferenças nas pessoas, nas idéias, nos processos é adaptar-se a tudo isso facilitando<br />a prática das habilidades e o aproveitamento dos benefícios mencionados.<br />O empreendedorismo é considerado, pelos especialistas, como vital para o sucesso<br />profissional, pois considera o desenvolvimento e aperfeiçoamento de atitudes<br />importantes para a gestão de ações perante as incertezas do cenário atual.<br />Assumimos diferentes papéis na sociedade e para cada papel temos inúmeros planos e<br />projetos. Precisamos acreditar em nossas potencialidades e sempre estarmos<br />dispostos e aumentar os limites. Construir constantemente é uma forma de crescer e<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />13<br />conquistar os nossos sonhos. O fracasso deve ser entendido como um atraso<br />temporário no alcance de objetivos. Encará-lo como um teste do real valor que<br />atribuímos às nossas metas facilita a execução do processo e a conquista do sucesso!<br />Mandamentos do empreendedor<br />1. Faça o trabalho que for necessário para que seu projeto dê certo,<br />independentemente de sua função/cargo;<br />2. Compartilhe os créditos do sucesso;<br />3. Lembre-se, é preferível errar pela ação do que pela omissão;<br />4. Trabalhe com motivação e aprenda a gostar do que faz;<br />5. Peça conselho antes de pedir recursos;<br />6. Siga sua intuição a respeito das pessoas, trabalhe com os melhores;<br />7. Prepare-se antes de divulgar sua idéia;<br />8. Nunca aposte em uma corrida se não estiver participando;<br />9. Seja verdadeiro com suas metas, mas realista sobre os meios para atingi-las;<br />10. Seja compromissado com seus superiores, a organização e seus patrocinadores!<br />"No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência.<br />Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois."<br />Harold Geneev<br />Programa CIEE de Educação a Distância<br />14<br />REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />BOM ANGELO, E. Empreendedor Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003.<br />CRIPE, E. J. Profissionais Disputados. Rio de Janeiro: Campus, 2003.<br />DORNELAS, J. C. Empreendedorismo Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003.<br />GRAMIGNA, Modelo de Competências e Gestão dos Talentos. São Paulo: Makron<br />Books, 2002.<br />KLINK, A. Gestão dos Sonhos: riscos e oportunidades. Salvador: Casa da<br />Qualidade, 2000.<br />LANÇAS, J. N. O Meu Primeiro Emprego. Rio de Janeiro: Campus, 2003.<br />RABAGLIO, M. O. Seleção por Competências. São Paulo: Educator, 2001.<br />WICK, C. W. Os Desafios do Aprendizado. São Paulo: Nobel, 1997.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-29153119386295272972008-05-21T18:02:00.000-03:002008-05-21T18:05:26.856-03:00MotivaçãoEm <a title="Psicologia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia">psicologia</a>, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.<br />Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção,e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.<br />A motivação é baseada em <a title="Sentimento" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento">emoções</a>, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do <a title="Cérebro" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro">cérebro</a>, e não por normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.<br />Índice[<a class="internal" id="togglelink" href="javascript:toggleToc()">esconder</a>]<br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o#Tipos_de_motiva.C3.A7.C3.A3o">1 Tipos de motivação</a><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o#Teoria_dos_Dois_Fatores">2 Teoria dos Dois Fatores</a><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o#Teoria_Contingencial_da_Motiva.C3.A7.C3.A3o.2C_de_Victor_Vroom">3 Teoria Contingencial da Motivação, de Victor Vroom</a><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o#Motiva.C3.A7.C3.A3o:_Teoria_e_pr.C3.A1tica_voltada_ao_ambiente_corporativo.">4 Motivação: Teoria e prática voltada ao ambiente corporativo.</a><br />Tipos de motivação<br />Necessidades orgânicas<br />O tipo de motivação mais fácil de se analisar, ao menos superficialmente, é aquele baseado em necessidades fisiológicas óbvias. Incluem a <a title="Fome" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fome">fome</a>, sede e escapar da <a title="Dor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor">dor</a>. A análise dos processos por trás de tais motivações pode fazer uso da pesquisa em animais, na etologia, psicologia comparativa e psicologia fisiológica, e os processos cerebrais e <a class="mw-redirect" title="Hormônio" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio">hormonais</a> envolvidos neles parecem ter muito em comum, pelo menos em todos os <a title="Mamíferos" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADferos">mamíferos</a> e provavelmente entre todos os [vertebrados]]. Em humanos, no entanto, mesmo essas motivações básicas são modificadas e mediadas através de influências sociais e culturais de vários tipos: por exemplo, nenhuma análise da fome em humanos pode ignorar as desordens de alimentação como a <a class="mw-redirect" title="Bulimia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bulimia">bulimia</a> e a obesidade, para as quais o paralelo com animais não está claro. Mesmo entre animais, não está claro se modelos homeostáticos de “depleção-reabastecimento” (sistemas de <a class="mw-redirect" title="Feedback" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Feedback">feedback</a>) ainda são adequados, já que muitos animais se alimen tam mais numa base de precaução do que reativa, mais obviamente quando se preparam para a <a title="Hibernação" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiberna%C3%A7%C3%A3o">hibernação</a>.<br />Outras motivações biológicas<br />No próximo nível, estão as motivações que têm uma base biológica óbvia, mas que não são requeridas para a sobrevivência imediata do organismo. Esse tipo inclui motivações poderosas para o <a title="Sexo" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo">sexo</a>, <a class="new" title="Cuidado com a prole (ainda não escrito)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cuidado_com_a_prole&action=edit&redlink=1">cuidado com a prole</a> e <a title="Agressão" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Agress%C3%A3o">agressão</a>: de novo, as bases fisiológicas dessas motivações são similares em humanos e em outros animais, mas as complexidades sociais são maiores em humanos (ou talvez nós apenas as entendamos melhor em nossa própria espécie). Nessas áreas, estudos da <a title="Ecologia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia">ecologia comportamental</a> e <a title="Sociobiologia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociobiologia">sociobiologia</a> ofereceram novas análises tanto do comportamento animal quanto humano, especialmente nas últimas décadas do <a title="Século XX" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX">século XX</a>. No entanto, a extensão das análises sociobiológicas em humanos continua sendo um assunto altamente controverso. De maneira similar, mas talvez em um nível diferente, está a motivação para novos estímulos: freqüentemente chamada de exploração ou curiosidade.<br />No início do <a title="Século XX" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX">Século XX</a>, acreditava-se que as motivações como desejo por sexo ou agressão tinham um componente homeostático – isto é, elas se acumulam com o tempo caso não sejam descarregadas. Essa idéia era crucial para <a class="mw-redirect" title="Freud" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Freud">Freud</a> e <a class="mw-redirect" title="Konrad Lorenz" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Konrad_Lorenz">Konrad Lorenz</a>, e é uma característica da <a class="new" title="Psicologia popular (ainda não escrito)" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Psicologia_popular&action=edit&redlink=1">psicologia popular</a> da motivação. No entanto, as análises biológicas mais bem-informadas das décadas recentes desmentem essa noção, dizendo que tais motivações são situacionais, aparecendo quando elas são (ou parecem ser) necessárias, e desaparecendo sem maiores consequências quando a ocasião para elas passa.<br />Objetivos secundários<br />Essas importantes necessidades biológicas tendem a gerar emoções mais poderosas, dando origem a motivações mais poderosas. Isso é descrito no modelo de “hierarquia de necessidades” de <a title="Abraham Maslow" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow">Abraham Maslow</a>.Sendo alocadas no sistema de Produção.<br />Uma distinção pode ser feita entre a motivação direta e a indireta: na motivação direta, a ação satisfaz a necessidade, e na motivação indireta, a ação satisfaz um objetivo intermediário, que por sua vez pode direcionar na satisfação de uma necessidade. Em ambientes de trabalho, <a title="Dinheiro" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro">dinheiro</a> é tipicamente visto como uma poderosa motivação indireta, enquanto satisfação com o trabalho e um ambiente social agradável são motivações mais diretas. No entanto, esse exemplo mostra claramente que um fator motivacional indireto (dinheiro) em direção a um importante objetivo (ter comida, roupas, etc) pode muito bem ser mais poderosa do que uma motivação direta provida por um ambiente agradável.<br />Coerção<br />A mais óbvia forma de motivação é a <a title="Coerção" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o">coerção</a>, onde evitar a <a title="Dor" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor">dor</a> ou outras conseqüências negativas tem um efeito imediato.<br />Quando tal coerção é permanente, é considerada <a class="mw-redirect" title="Escravatura" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravatura">escravidão</a>. Embora a coerção seja considerada moralmente repreensível em muitas filosofias, ela é largamente praticada em prisioneiros ou na forma de convocação militar. Críticos do <a title="Capitalismo" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo">capitalismo</a> moderno acusam que sem redes de proteção social, a “escravidão salarial” é inevitável. Coerções de sucesso naturalmente são prioritárias sobre outros tipos de motivação.<br />Auto-controle<br />O auto-controle da motivação é crescentemente entendido como um subconjunto da <a title="Inteligência emocional" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_emocional">inteligência emocional</a>: uma pessoa pode ser altamente inteligente de acordo com uma definição mais conservadora (ou seja, tem alto poder cognitivo, de maneira mensurável em testes de inteligência), no entanto, não tem motivação para dedicar sua inteligência para certas tarefas. Auto-controle é frequentemente contrastado com processos automáticos de estímulo-resposta, como no paradigma <a title="Behaviorismo" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo">behaviorista</a> de [Skinner].<br />pessoas são levadas à ação, pelos seguintes fatores:<br />Fatores externos:dois Um pai diz ao filho que ele precisa tirar boas notas na escola,<br />Pressão social: um funcionário procura progredir na empresa porque é isso que se espera dele.<br />Fatores internos: encontramos pessoas que agem por conta própria. São pessoas auto motivadas que agem em função do que julgam bom para elas e para o bem comum.<br /><a id="Teoria_dos_Dois_Fatores" name="Teoria_dos_Dois_Fatores"></a><br />Teoria dos Dois Fatores<br />Da autoria de <a title="Frederick Herzberg" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Herzberg">Frederick Herzberg</a>:<br />Fatores humanos: condições de trabalho e conforto, políticas da organização, relações com o supervisor, competência técnica do supervisor, salários, segurança no cargo, relações com colegas. Afetam a "satisfação" da pessoa.<br />Fatores motivacionais: delegação de responsabilidade, liberdade de decidir como executar o trabalho, promoção, uso pleno das habilidades pessoais, estabelecimento de objetivos. Afetam a "motivação" da pessoa, caracterizando uma forca que e intuida de dentro do ser.<br /><a id="Teoria_Contingencial_da_Motiva.C3.A7.C3.A3o.2C_de_Victor_Vroom" name="Teoria_Contingencial_da_Motiva.C3.A7.C3.A3o.2C_de_Victor_Vroom"></a><br />Teoria Contingencial da Motivação, de Victor Vroom<br />A “teoria contingencial da motivação” de Victor Vroom provê um modelo de quando as pessoas decidem exercer auto-controle para perseguir um determinado objetivo. Essa teoria é basicamente uma tentativa de chegar a um modelo de como as pessoas decidiriam racionalmente a se motivar ou não por um curso particular de ação. O nível de produtividade individual depende de três forças básicas que atuam dentro do indivíduo: objetivos individuais; a relação que o indivíduo percebe entre produtivdade e alcance de seus objetivos individuais; e a capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo. Segundo Chiavenato (2003), o modelo de motivação de Vroom apóia o modelo de expectação da motivação.<br />Os três principais fatores nessa teoria são: Valência, Expectativa e Instrumentalidade.<br />Valência é a importância colocada na recompensa. Expectativa é a crença de que os esforços estão ligados à performance. Instrumentalidade é a crença de que a performance está relacionada às recompensas. Por exemplo, a expectativa de um vendedor é a sua crença de que um maior número de telefonemas vai resultar em mais vendas (performance). Sua instrumentalidade é que mais vendas (performance) vão resultar em maiores comissões (recompensas). Sua valência é a importância colocada nas comissões (recompensas). Esses três fatores resultam na motivação. Se um desses fatores não existe, a motivação se vai. Se o vendedor não acredita que maiores esforços resultam em melhor performance, não há motivação.<br />Outro aspecto da teoria diz que uma pessoa só aplica esforço se há uma chance de ela alcançar um determinado desempenho (performance). Alcançar essa performance faria com que acontecesse determinada consequência que a pessoa tinha em mente. A performance deve ser alcançável pelo sujeito em questão. Objetivos inalcançáveis são desmotivadores.<br />De acordo com a teoria da expectativa, a quantidade de esforço que uma pessoa exerce em uma tarefa específica depende da expectativa que ela tem de seu resultado.<br /><a id="Motiva.C3.A7.C3.A3o:_Teoria_e_pr.C3.A1tica_voltada_ao_ambiente_corporativo." name="Motiva.C3.A7.C3.A3o:_Teoria_e_pr.C3.A1tica_voltada_ao_ambiente_corporativo."></a><br />Motivação: Teoria e prática voltada ao ambiente corporativo.<br />Teorias bem desenvolvidas são a base para uma aplicação. Todas as teorias sobre motivação devem ser uma base de aplicação efetiva.<br />Necessitamos de maiores informações e conhecimentos sobre incentivos financeiros, aplicação da teoria das necessidades, determinação dos objetivos que os indivíduos realmente procuram, pessoas em níveis diferentes na organização, diferentes trabalhos e diferentes estágios da carreira.<br />Alguns cientistas pensaram na reestruturação do trabalho como solução de torná-lo mais motivador. Para lutar contra os burocratas, que dão uma abordagem mais mecânica do trabalho, esses cientistas têm sugerido técnicas tais como: expansão de cargos e responsabilidades, iniciando um programa de transferência e promoção planejada. Criar horas flexíveis de trabalho. Apesar de algumas dessas técnicas serem desenvolvidas para o setor industrial como uma reação contra a monotonia de uma linha de montagem, elas podem ser aplicadas para qualquer empregado burocrático.<br />Expansão do Cargo: Esta técnica que tem recebido a maior atenção da ciência do comportamento. A tarefa pode ser expandida tanto horizontal como verticalmente.<br />Um programa bem-sucedido de expansão da tarefa deverá idealmente aumentar a satisfação do empregado. Porém, como uma organização não existe senão para criar satisfação ao empregado como um fim, deverá também haver benefícios diretos à organização. Há evidências de que a expansão das tarefas produz baixa rotatividade e reduz a ausência no trabalho.<br />A expansão vertical do cargo corresponde a adicionar tarefas do nível superior dentro da escala hierárquica, ou seja, permitir que o empregado execute algumas tarefas de seu supervisor também chamadas de enriquecimento de cargo. A expansão horizontal do cargo significa adicionar tarefas que são executadas dentro do mesmo nível hierárquico. Obviamente, o uso dessa técnica deve ser balanceado. Uma grande diversidade de tarefas requer grandes habilidades.<br />Rotação de Cargos: Essa técnica é adequada para o problema de insatisfação do trabalhador cansado por excesso de estrutura do trabalho. A rotação de tarefas pode ser usada de forma planejada como um programa de treinamento. O empregado gasta alguns meses em uma atividade e depois é transferido. Grandes organizações, em seus programas de desenvolver gerentes, utilizam a técnica de rotação de cargos, mudando os indivíduos entre posições de linha e staff. A vantagem da rotação de cargo esta clara. Amplia a mente dos empregados e dá a eles uma grande experiência, principalmente quando se ocupam de altos escalões.<br />Horário Flexível: É um sistema em que o empregado é contratado para trabalhar um dado numero de horas por semana, porém é livre para variar a hora de trabalho, dentro de um dado limite. O empregado é obrigado a trabalhar dentro de um tempo fixo e tem um livre período para variar conforme desejar. O período variável pode permitir horas extras a serem acumuladas e o empregado pode obter um dia livre no fim do mês.<br />Sob o regime de horário flexível o empregado assume a responsabilidade de completar a tarefa e aumenta o sentimento pessoal de alto valor. Este sistema é condizente com o ponto de vista de que o indivíduo é pago para produzir, e não para estar em seu posto de trabalho por um dado período de tempo.<br />O conceito parece contribuir para a redução de ausência no trabalho, para reduzir fadiga e para aumentar a lealdade organizacional.<br />O que podemos concluir é que há muito mais a ser motivado do que a aplicação de técnicas mencionadas, ou outras tais como: telefone privado, espaço no estacionamento, plano de benefício bastante rico, caixa de sugestões, carro privado etc. Motivação é uma filosofia que deve ser emanada de cima e espalhada para toda a organização. Essa filosofia é descoberta sobre as necessidades e desejos de cada empregado e é a engrenagem criadora do ambiente de trabalho que o permite dedicar-se, como indivíduo, a tarefa de melhorar seu desempenho.<br />Obtido em "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o">http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o</a>"Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-37904524125178259242008-05-21T17:19:00.000-03:002008-05-21T17:22:25.454-03:00Teoria das Relações HumanasEscola das Relações Humanas<br />Principais vultos: Eltom Mayo (1880/1947), Kurt Lewin (1890/1947), John Dewey,<br />Morris Viteles e George C. Homans.<br />Ênfase: pessoas<br />A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos estados unidos como conseqüência<br />imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne, desenvolvida por<br />Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de<br />oposição à Teoria Clássica da Administração.<br />A origem da Teoria das Relações Humanas são:<br />1- A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos<br />conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos<br />padrões de vida do povo americano.<br />2- O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia<br />e a sociologia.<br />3- As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt<br />Lewin foram capitais para o humanismo na administração.<br />4- 5As conclusões da Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932,<br />sob a coordenação de Elton Mayo.<br />Os estudos em Hawthorne de Elton George Mayo (1880-1949)<br />A Western Eletric era uma companhia norte-americana que fabricava equipamentos<br />para empresas telefônicas. A empresa sempre se caracterizara pela preocupação com<br />o bem estar de seus funcionários, o que lhe proporcionava um clima constantemente<br />sadio de relações industriais. Durante mais de 20 anos não se constatara nenhuma<br />greve ou manifestação. Um diagnostico preliminar nos diria que o moral na companhia<br />era alto e os funcionários confiavam na competência de seus administradores.<br />No período entre 1927 e 1932 foram realizadas pesquisas em uma das fábricas da<br /><a name="2">Page 2</a><br />2<br />Western Electric Company, localizada em Hawthorne, distrito de Chicago. A fabrica<br />contava com cerca de 40 mil empregados e as experiências realizadas visavam<br />detectar de que modo fatores ambientais - como a iluminação do ambiente de<br />trabalho- influenciavam a produtividade dos trabalhadores.<br />As experiências foram realizadas por um comitê constituído por três membros da<br />empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de<br />Empresas de Harvard.<br />Em 1924, com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas, iniciara na fábrica<br />de Hawthorne uma série de estudos para determinar uma possível relação entre a<br />intensidade da iluminação do ambiente de trabalho e a eficiência dos trabalhadores,<br />medida pelos níveis de produção alcançados. Esta experiência que se tornaria<br />famosa, foi coordenada por Elton Mayo, e logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos<br />acidentes no trabalho, da rotação de pessoal e do efeito das condições físicas de<br />trabalho sobre a produtividade dos empregados.<br />Entretanto a tentativa foi frustada, os pesquisadores não conseguiram provar a<br />existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de<br />produção. Reduziu-se a iluminação na sala experimental. Esperava-se uma queda na<br />produção, mas o resultado foi o oposto, a produção na verdade aumentou.<br />Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por<br />variáveis de natureza psicológica. Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico,<br />então estranho e impertinente, razão pela qual a experiência prolongou-se até 1932,<br />quando foi suspensa em razão da crise econômica de 1929.<br />Os estudos básicos efetuados por Mayo e seu grupo tiveram três fases:<br />• Sala de provas de montagem de Relés<br />• Programa de Entrevista<br />• Sala de observações da montagem de terminais<br />Sala de Provas de Montagem de Relés<br />A primeira experiência que contou com a participação da equipe de Harvard, teve<br />inicio em 1927, e foi denominada Sala de Provas de Montagem de Relés. Sua<br />finalidade era realizar um estudo da fadiga no trabalho, e dos efeitos gerados por<br />mudanças de horários ou introdução de intervalos de descanso no período de<br />trabalho.<br />Foram selecionadas para a experiência seis moças (cinco montadoras e uma<br />fornecedora de material) que trabalhavam no departamento de montagem dos relés de<br />telefone, já que neste departamento haviam sido constatadas ligeiras modificações<br />nos ritmos de produção de peças. A função das funcionárias era colocar bobinas,<br />armaduras, molas de contato e isolantes elétricos numa base mantida por quatro<br />parafusos. Sua medida de produção era de cinco relés em 6 minutos e o trabalho era<br />realizado de forma contínua.<br />A ênfase dada pelos pesquisadores estava em se manter o ritmo de produção,<br />controlando com maior exatidão algumas condições físicas, como temperatura,<br />umidade da sala, duração do sono na noite anterior, alimentos ingeridos etc. Para isso,<br />eles acreditavam que seria necessário isolar a influência do fator psicológico, e isso só<br />seria possível com a colaboração das funcionárias, que não deveriam alterar seu ritmo<br />de produção.<br /><a name="3">Page 3</a><br />3<br />Período<br />Duração<br />Semanas<br />Condições experimentais<br />1<br />2<br />Foi registrada a produção de cada operária ainda no seu<br />local original de serviço, sem que soubessem e estabelecida<br />a sua capacidade produtiva. 2.400 unidades por moça por<br />semana<br />2<br />5<br />Para verificar o efeito da mudança de local de trabalho, o<br />grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo<br />as condições e o horário de trabalho normais e medindo-se a<br />produção<br />3<br />8<br />Fez-se uma modificação no sistema de pagamento, no qual<br />as moças eram pagas por tarefa em grupo, ou seja, seus<br />esforços repercutiam de forma direta no seu trabalho. Houve<br />um aumento de produção.<br />4<br />5<br />Marca o inicio da introdução de mudança direta no trabalho.<br />Introduziu um intervalo de cinco minutos de descanso no<br />meio da manhã e outro igual no meio da tarde. Houve<br />aumento da produção.<br />5<br />4<br />Os intervalos de descanso foram aumentados para dez<br />minutos cada. Houve aumento da produção.<br />6<br />4<br />Deram-se 3 intervalos de cinco minutos na manhã e outros<br />três à tarde. A produção não aumentou, e as moças<br />reclamavam da quebra de ritmo.<br />7<br />11<br />Passou-se novamente a dois intervalos de dez minutos, um<br />pela manhã e outro pela tarde, servindo um lanche leve em<br />um deles. Aumento de produção.<br />8<br />7<br />Com as mesmas condições do período anterior, o grupo<br />experimental passou a trabalhar somente até às 16:30 horas.<br />Houve um acentuado aumento de produção.<br />9<br />4<br />Reduziu a jornada para as 16 horas. A produção<br />permaneceu estacionária.<br />10<br />12<br />Voltou-se o trabalho para as 17 horas. A produção aumentou<br />bastante.<br />11<br />9<br />Estabeleceu-se uma semana de cinco dias, com o Sábado<br />livre. Verificou-se que a produção diária das moças continuou<br />a subir.<br />12<br />12<br />Voltou-se às mesmas condições do 3º período, tirando-se<br />todos os benefícios dados durante a experiência. Verificou-se<br />que a produção diária e semanal atingiu um índice jamais<br />alcançado anteriormente 3.000 unidades semanais por<br />moça.<br />Conclusões<br />• As moças alegavam gostar de trabalhar na sala de provas, porque era divertido e<br />supervisão branda, lhes permitiam trabalhar com mais liberdade e menor<br />ansiedade.<br />• Havia um ambiente amistoso e sem pressões, a conversa era permitida,<br />aumentando a satisfação no trabalho.<br />• Não havia temor ao supervisor<br /><a name="4">Page 4</a><br />4<br />• Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam<br />amizades entre si e essas amizades estendiam-se para fora do trabalho. As moças<br />passaram a se preocupar umas com as outras. Tornaram-se uma equipe.<br />• O grupo desenvolve liderança e objetivos comuns.<br />Programa de entrevistas<br />Seriam entrevistados todos os funcionários da empresa, anualmente. O objetivo era<br />desvendar os motivos que levavam os funcionários a adotar postura tão diferentes nos<br />seus departamentos e na sala de provas. A partir desta fase as pesquisas passaram a<br />Ter um enfoque nas relações humanas e não mais na parte cientifica.<br />Nesta fase, a maioria dos supervisores foi incluída no programa como entrevistadores.<br />O programa foi bem aceito tanto pelos operários quanto pelos supervisores, já que os<br />primeiros encontravam a possibilidade de falar o que sentiam a respeito da<br />organização como um todo, enquanto os últimos poderiam conhecer os problemas e<br />anseios que afligiam seus subordinados.<br />O resultado do inicio do programa foi sentido imediatamente: a produtividade dos<br />operários aumentou e a supervisão melhorou. A melhoria dos resultados dos operários<br />foi atribuída a um sentimento de importância desencadeado pelo programa. No caso<br />dos supervisores, o conhecimento dos interesses dos operários foi o responsável<br />pelas sensíveis mudanças no modo de supervisão.<br />As entrevistas inicialmente tinham duração de meia hora e eram pautadas em<br />perguntas preestabelecidas. Com o decorrer do tempo, percebeu-se que além de<br />muito curtas, as entrevistas não possibilitavam que os operários falassem de todos os<br />seus problemas, aflições e medos, a partir daí, o processo passou a ser mais longo e<br />caracterizado como uma conversa informal entre supervisor e operário.<br />O resultado das entrevistas foi a constatação de que a maioria dos funcionários agia e<br />pensava de modo obsessivo, apesar de nunca ter tido problemas mentais. Havia<br />detalhes que incomodavam de maneira excessiva algumas pessoas, o que acabava<br />por interferir no ambiente de trabalho. Um exemplo foi relatado por um dos<br />funcionários: seu supervisor tinha uma aparência física muito semelhante à de seu<br />padrasto, e isso o fazia sentir-se pressionado frente ao homem.<br />A conclusão do Programa de Entrevistas constatou que os fatores psicológicos<br />alteravam de maneira significativa o comportamento dos funcionários. Ao mesmo<br />tempo, o Programa possibilitou que os funcionários mostrassem à direção quais suas<br />angustias mais freqüentes, a partir daí, elas poderiam ser estudadas e seus efeitos<br />minimizados.<br />A principal descoberta dos pesquisadores nesta fase foi a existência dos chamados<br />grupos informais, formados pelos operários nos periféricos da empresa para zelar pelo<br />seu bem-estar. A formação de um grupo informal refletia-se na produção controlada.<br />Através dessa organização informal, os operários mantinham-se unidos através de<br />uma certa lealdade ente si. Porém, os pesquisadores notaram que, muitas vezes, o<br />operário pretendia também ser leal à empresa. Essa lealdade, dividida entre o grupo e<br />a companhia poderia trazer certo conflito, tensão, inquietação e provável<br />descontentamento. Para estudar esse fenômeno, os pesquisadores desenvolveram a<br />Quarta fase da experiência.<br /><a name="5">Page 5</a><br />5<br />Sala de Observações de Montagem de Terminais<br />Escolheu-se um grupo experimental – nove operadores, nove soldadores e dois<br />inspetores, todos da montagem de terminais para estações telefônicas, que passaram<br />a trabalhar em uma sala especial com idênticas condições de trabalho do<br />departamento. Havia um observador dentro da sala e um entrevistador que ficava do<br />lado de fora e que entrevistava esporadicamente aqueles operários. Essa experiência<br />durou de novembro de 1931 a maio de 1932 e visava analisar a organização informal<br />dos operários.<br />O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo, havendo um salário-<br />hora com base em inúmeros fatores e um salário mínimo horário, para o caso de<br />interrupções na produção. Os salários somente poderiam ser elevados se a produção<br />total aumentasse.<br />Assim que se familiarizou com o grupo experimental, o observador pôde constatar que<br />os operários dentro da sala usavam de uma porção de artimanhas: logo que os<br />operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo<br />de trabalho. Relatavam sua produção de forma tal que a produção em excesso de um<br />dia pudesse ser somente acusada num dia deficitário, como também solicitavam<br />pagamento por excesso de produção. Verificou-se que esses operários passaram a<br />apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo<br />desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro<br />que prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para<br />“estabilizarem” a sua produção, através de punições simbólicas. Essa Quarta fase<br />permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e a<br />organização formal da fábrica.<br />Conclusões da Experiência em Hawthorne<br />A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da Escola<br />das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida. Destacamos a seguir<br />as principais conclusões.<br />1- Nível de Produção é Resultante da Integração Social e não da capacidade<br />física ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica), mas por<br />normas sociais e expectativas que o envolvem. É a capacidade social do<br />trabalhador que estabelece seu nível de competência e de eficiência. Quanto mais<br />integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior a sua disposição de<br />produzir.<br />2- Comportamento Social dos Empregados se apoiam totalmente no grupo. Os<br />trabalhadores não reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros do<br />grupo. O grupo que define a quota de produção. O grupo pune o indivíduo que sai<br />das normas grupais.<br />3- Grupos informais – Os pesquisadores de Hawthorne concentraram suas<br />pesquisas sobre os aspectos informais da organização. A empresa passou a ser<br />visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais<br />informais. Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas<br />formas de recompensas ou sanções sociais, seus objetivos, sua escala de valores<br />sociais, suas crenças e expectativas. Delineou-se com essa teoria o conceito de<br />organização informal.<br /><a name="6">Page 6</a><br />6<br />4- As Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos<br />entre pessoas e grupos. Os indivíduos dentro da organização participam de<br />grupos sociais e mantêm-se uma constante interação social. Relações Humanas<br />são as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre pessoas e grupos.<br />Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi no comportamento e<br />atitudes uns dos outros com quem mantém contatos. É exatamente a<br />compreensão da natureza dessas relações humanas que permite ao administrador<br />melhores resultados de seus subordinados.<br />5- A importância do Conteúdo do Cargo. A maior especialização e portanto a<br />maior fragmentação do trabalho não é a forma mais eficiente do trabalho. Mayo e<br />seus colaboradores verificaram que a extrema especialização defendida pela<br />Teoria Clássica não cria necessariamente a organização mais eficiente. Foi<br />observado que os operários trocavam de posição para variar a monotonia,<br />contrariando a política da empresa. Essas trocas eram negativas na produção,<br />mas elevava o moral do grupo.<br />6- Ênfase nos aspectos emocionais. Os elementos emocionais, não planejados e<br />mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção<br />especial por parte de quase todas as grandes figuras da Teoria das Relações<br />Humanas.<br />Teoria Clássica<br />Teoria da Relações<br />Trata a organização como uma Máquina<br />Trata a organização como um grupo de<br />pessoas<br />Enfatiza as tarefas ou a tecnologia<br />Enfatiza as pessoas<br />Inspirada em sistemas de engenharia<br />Inspirada em sistemas de psicologia<br />Autoridade Centralizada<br />Delegação plena de autoridade<br />Linhas claras de autoridade<br />Autonomia do empregado<br />Especialização e competência Técnica<br />Confiança e abertura<br />Acentuada divisão do trabalho<br />Ênfase nas relações humanas entre as<br />pessoas<br />Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas<br />Clara separação entre linha e staff<br />Dinâmica grupal e interpessoal<br />Decorrência da Teoria das Relações Humanas<br />Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a dominar o<br />repertório administrativo: Fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização<br />informal, dinâmica de grupo etc. Os princípios clássicos passam a ser duramente contestados. O<br /><a name="7">Page 7</a><br />7<br />engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo. O método e a máquina perdem<br />a primazia em favor da dinâmica de grupo. A felicidade humana passa a ser vista sob um ângulo<br />completamente diferente, pois o homoeconomicus cede lugar ao homem social. A ênfase nas<br />tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas.<br />Motivação<br />A teoria da motivação procura explicar os porquês do comportamento das pessoas. Vimos na<br />Teoria da Administração Cientifica que a motivação era pela busca do dinheiro e das<br />recompensas salariais e materiais do trabalho.<br />A experiência de Hawthorne veio demonstrar que o pagamento, ou recompensa salarial, não é o<br />único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Elton Mayo e sua equipe passaram a chamar a<br />tenção para o fato de que o homem é motivado por recompensas sociais, simbólicas e não-<br />materiais<br />A compreensão da motivação do comportamento exige o conhecimento das necessidades<br />humanas. A Teoria das Relações Humanas constatou a existência de certas necessidades<br />humanas fundamentais:<br />a- Necessidades Fisiológicas – São as chamadas necessidades vitais ou vegetativas,<br />relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. Exigem satisfação periódica e cíclica. As<br />principais necessidades fisiológicas são as de alimentação, sono, atividade física, satisfação<br />sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de segurança física contra os perigos.<br />A experiência de Hawthorne revelou que a Western Eletric desenvolvia uma política com<br />relação ao seu pessoal que atendia plenamente às necessidades mais básicas dos<br />empregados. Uma vez satisfeitas essas necessidades, elas passaram a não mais influenciar o<br />comportamento deles. Deste modo, o comportamento passou a ser motivado por outras<br />necessidades mais complexas: as necessidades psicológicas.<br />b- Necessidades Psicológicas – São necessidades exclusivas do homem. São aprendidas e<br />adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de<br />necessidades. As necessidades psicológicas são raramente satisfeitas em sua plenitude<br />c- Necessidade de auto realização – São produto da educação e da cultura e também elas,<br />como as necessidades psicológicas, são raramente satisfeitas em sua plenitude, pois o<br />homem vai procurando gradativamente maiores satisfações e estabelecendo metas<br />crescentemente sofisticadas. A necessidade de auto-realização é a síntese de todas as outras<br />necessidades. É o impulso de cada um realizar o seu próprio potencial, de estar em contínuo<br />autodesenvolvimento no sentido mais elevado do termo.<br />A partir da teoria das relações humanas, todo o acervo de teorias psicológicas acerca da<br />motivação humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo<br />comportamento humano é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de<br />comportamento visando a satisfação de uma ou mais determinadas necessidades.<br />O MORAL E A ATITUDE. A literatura sobre o moral teve seu inicio com a Teoria das<br />Relações Humanas. O moral é um conceito abstrato, intangível, porém perfeitamente<br />perceptível. O moral é uma decorrência do estado motivacional, uma atitude mental provocada<br />pela satisfação ou não satisfação das necessidades dos indivíduos.<br />O moral elevado é acompanhado de uma atitude de interesse, identificação, aceitação fácil,<br />entusiasmo e impulso em relação ao trabalho, em geral paralelamente a uma diminuição dos<br />problemas de supervisão e de disciplina. O moral elevado devolve a colaboração.<br /><a name="8">Page 8</a><br />8<br />LIDERANÇA. A Teoria Clássica não se preocupou virtualmente com a liderança e suas<br />implicações. Com a Teoria das Relações Humanas, passou-se a constatar a enorme influência da<br />liderança informal sobre o comportamento das pessoas. A Experiência de Hawthorne teve o<br />mérito – entre outros – de demonstrar a existência de líderes informais que encarnavam as<br />normas e expectativas do grupo e que mantinham estrito controle sobre o comportamento do<br />grupo, ajudando os operários a atuarem como um grupo social coeso e integrado.<br />Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo da<br />comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos<br />A liderança constitui um dos temas administrativos mais pesquisados e estudados nos últimos<br />cinqüenta anos. As teorias sobre a liderança podem ser classificados em três grandes grupos:<br />• Teorias de traços de personalidade.<br />• Teorias sobre estilos de liderança.<br />• Teorias situacionais da liderança.<br />TEORIA DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE, são as teorias mais antigas a respeito da<br />liderança. Um traço é uma qualidade ou característica da personalidade. Segundo esta teoria, o<br />líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distinguem das<br />demais pessoas. Assim, o líder apresenta características marcantes de personalidade através dos<br />quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. A teoria dos traços partem do<br />pressuposto de que certos indivíduos possuem uma combinação especial de traços de<br />personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros líderes potenciais.<br />Os traços mais comumente apontados foram os seguintes:<br />1. Traços físicos: energia, aparência e peso.<br />2. Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança.<br />3. Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa<br />4. Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa.<br />TEORIA SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA, são as teorias que estudam a liderança em<br />termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras<br />pelas quais o líder orienta sua conduta. Refere-se àquilo que o líder faz, o seu estilo de<br />comportamento para liderar. Há três estilos de liderança: autoritária, liberal e democrática.<br />Autocrática: A ênfase é centrada no líder. O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação<br />do grupo, determina providências e as técnicas para execução das tarefas<br />Democrático: A ênfase no líder e nos subordinados. As diretrizes são debatidas e decididas pelo<br />grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas<br />para atingir o alvo.<br />Liberal: Ênfase nos subordinados. Há liberdade completa para as decisões grupais ou<br />individuais, com participação mínima do líder.<br />TEORIAS SITUACIONAIS DA LIDERANÇA. São as teorias que procuram explicar<br />a liderança dentro de um contexto bem mais amplo do que as teorias anteriormente<br />apresentadas. Partem do princípio de que não existe um único estilo ou característica de<br />liderança válida para toda e qualquer situação. Cada tipo de situação requer um tipo de liderança<br />diferente para alcançar a eficácia dos subordinados. As teorias situacionais são mais atrativas ao<br />gerente, uma vez que aumentam as suas opções e suas possibilidades de mudar a situação para<br />adequá-la a um modelo de liderança, ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à<br />situação. Para esta teoria o verdadeiro líder é aquele que é capaz de ajustar a um grupo<br />particular de pessoas sob condições extremamente variadas.<br /><a name="9">Page 9</a><br />9<br />COMUNICAÇÕES. Com o desenrolar das conseqüências das Experiências de Hawthorne e<br />das experiências sobre liderança, os pesquisadores passaram a concentrar sua atenção nas<br />oportunidades de ouvir e aprender em reuniões de grupo e notar os problemas das comunicações<br />entre grupos de empresas. Passou-se a identificar a necessidade de elevar a competência dos<br />administradores através do trato interpessoal, no sentido de adquirirem condições de enfrentar<br />com eficiência os complexos problemas de comunicação, bem como de adquirir confiança e<br />franqueza no seu relacionamento humano.<br />Neste sentido, a Teoria das Relações Humanas criou uma pressão sensível sobre a<br />Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir as organizações. O<br />enfoque das relações humanas adquiriu certa imagem popular cujo efeito líquido foi compelir os<br />administradores a:<br />a- Assegurar a participação dos escalões inferiores na solução dos problemas da empresa.<br />b- Incentivar maior franqueza e confiança entre os indivíduos e os grupos nas empresas.<br />A comunicação é uma atividade administrativa que tem dois propósitos principais:<br />a- Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam conduzir-<br />se nas suas tarefas.<br />b- Proporcionar as atitudes necessárias que promovam motivação, cooperação e satisfação no<br />cargo.<br />Estes dois propósitos, em conjunto, promovem um ambiente que conduz a um espírito de equipe<br />e um melhor desempenho nas tarefas.<br />Para a Teoria das Relações Humanas, a comunicação é importante no relacionamento entre as<br />posições e no conhecimento e na explicação aos participantes inferiores das razões das<br />orientações Tomadas.<br />REDES DE COMUNICAÇÃO Os padrões ou cadeias ou redes de comunicação têm sido<br />extensamente pesquisados. Uma mensagem pode ser enviada de uma pessoa a outra dentro de<br />várias alternativas de padrões ou canais de comunicação. O estudo das redes de comunicação<br />tentou inicialmente encontrar a melhor maneira de comunicar.<br />ORGANIZAÇÃO INFORMAL. Existem padrões de relações encontrados na empresa mas<br />que não aparecem no organograma. Encontramos amizades e antagonismos, indivíduos que se<br />identificam com outros, grupos que se afastam de outros e uma grande variedade de relações no<br />trabalho ou fora dele e que constituem a chamada organização informal. Essa organização<br />informal desenvolveu-se a partir da interação imposta e determinada pela organização formal.<br />Os padrões informais de relações são extremamente diversos quanto à forma, conteúdo e<br />duração e nos mostram que nem sempre a organização social de uma empresa correspondente<br />exatamente ao seu organograma.<br />DINÂMICA DE GRUPO. Fundada por Kurt Lewin a Escola da Dinâmica de grupo<br />desenvolve uma proposição geral de que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores<br />do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence.<br />Dinâmica de grupo é a soma de interesses dos componentes do grupo, que pode ser ativada<br />através de estímulos e motivações, no sentido de maior harmonia e aumento do relacionamento.<br />As relações existentes entre os membros de um grupo recebem o nome de relações intrínsecas.<br />O chefe deve estar atento às relações entre os componentes do grupo, deve procurar desenvolver<br />o sentido de equipe, estimulando os seus elementos ao respeito e à estima recíprocos. As<br />reuniões periódicas, as palestras, as conversas informais com os componentes do grupo<br />colaboram para que estes resultados sejam alcançados.<br /><a name="10">Page 10</a><br />10<br />Segundo esta Escola os grupos podem participar do processo de mudança em pelo menos três<br />perspectivas diferentes, a saber:<br />O grupo como instrumento de mudança, nesta perspectiva, o grupo aparece como fonte de<br />influência sobre seus membros. Os esforços para mudar o comportamento podem encontrar<br />apoio ou resistência do grupo sobre os seus membros.<br />O grupo como meta de mudança, nesta perspectiva, para mudar o comportamento de indivíduos,<br />pode-se tornar necessário mudar os padrões do grupo, seu estilo de liderança, seu ambiente<br />emotivo etc. Muito embora a finalidade possa ser a mudança do comportamento de indivíduos,<br />o grupo torna-se a meta da mudança.<br />O grupo como agente de mudança. Certas mudanças de comportamento podem ser provocadas<br />somente através de esforços organizacionais de grupos que atuem como agentes de mudança<br />CRÍTICAS<br />Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de uma década, ao final dos<br />anos 50, entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada, a tal ponto que suas<br />concepções passaram a ser profundamente revistas e alteradas. Citamos a seguir as principais<br />críticas à teoria:<br />• Oposição cerrada à Teoria Clássica<br />• Inadequada visualização dos problemas das relações industriais<br />• Concepção ingênua e romântica do operário<br />• Limitação do campo experimental<br />• Parcialidade das conclusões<br />• Ênfase nos grupos informais<br />• Enfoque manipulativo das relações humanasAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-477942724492672222008-05-21T17:03:00.001-03:002008-05-21T17:09:43.478-03:00Teoria da burocracia<span style="font-family:arial;">Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.<br /><br /></span><a class="image" title="Merge-arrows.svg" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Merge-arrows.svg"></a><span style="font-family:arial;">Foi proposta a </span><a title="Wikipedia:Fusão" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Fus%C3%A3o"><span style="font-family:arial;">fusão</span></a><span style="font-family:arial;"> deste artigo com: </span><a title="Modelo burocrático da administração" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_burocr%C3%A1tico_da_administra%C3%A7%C3%A3o"><span style="font-family:arial;">Modelo burocrático da administração</span></a><span style="font-family:arial;">.<br />A teoria da burocracia foi formalizada por </span><a title="Max Weber" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber"><span style="font-family:arial;">Max Weber</span></a><span style="font-family:arial;"> que, partindo da premissa de que o traço mais relevante da sociedade ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem delimitadas. Assim, Weber cunhou a expressão burocrática para representar esse </span><a title="Tipo ideal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipo_ideal"><span style="font-family:arial;">tipo ideal</span></a><span style="font-family:arial;"> de organização, porém ao fazê-lo, não estava pensando se o fenômeno burocrático era bom ou mau. Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou </span><a title="Burocracia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burocracia"><span style="font-family:arial;">burocracia</span></a><span style="font-family:arial;">, num sentido que vai além do significado pejorativo que por vezes tem. Burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.mas acaba se esquecendo dos aspectos váriaveis que se devem ser considerados, o que na sua negligencia acaba trazendo diversas disfunções na realização de ações especificas Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais:<br />Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito.<br /></span><a title="Divisão do trabalho" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Divis%C3%A3o_do_trabalho"><span style="font-family:arial;">Divisão do trabalho</span></a><span style="font-family:arial;">: cada elemento do grupo tem uma função específica, de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.<br /></span><a title="Hierarquia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia"><span style="font-family:arial;">Hierarquia</span></a><span style="font-family:arial;">: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema.<br />Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com outra.<br />Competência técnica e </span><a title="Meritocracia" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia"><span style="font-family:arial;">Meritocracia</span></a><span style="font-family:arial;">: a escolha dos funcionários e cargos depende exclusivamente do seu mérito e capacidades - havendo necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.<br />Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se a administrar os meios de produção - não os possuem.<br />Profissionalização dos funcionários.<br />Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.<br />Disfunções da Burocracia:<br />Internalização das regras: Elas passam a de "meios para os fins", ou seja, às regras são dadas mais importância do que às metas.<br />Excesso de Formalismo e papelatório: Torna os processos mais lentos.<br />Resistências às Mudanças.<br />Despersonalização: Os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam.<br />Categorização como base no processo decisorial: O que tem um cargo maior, toma decisões, independentemente do que conhece sobre o assunto.<br />Superconformidade as Rotinas: Traz muita dificuldade de inovação e crescimento.<br />Exibição de poderes de autoridade e pouca comunicação dentro da empresa.<br />Dificuldade com os clientes: o funcionário está voltado para o interior da organização, torna dificil realizar as necessidades dos clientes tendo que seguir as normas internas.<br />A Burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana.<br />Uma dada empresa tem sempre um maior ou menor grau de burocratização, dependendo da maior ou menor observância destes princípios que são formulados para atender à máxima racionalização e eficiência do sistema social (por exemplo, a empresa) organizado.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-44463288539812203652008-05-13T14:38:00.000-03:002008-05-13T14:39:07.755-03:00ProletariadoÉ o conjunto de trabalhadores que necessitam vender a sua força-de-trabalho a um empresário. <p>O proletariado é a classe trabalhadora urbana basicamente formada de operários, operadores repetitivos de máquinas, surgidas na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial" title="Revolução Industrial">Revolução Industrial</a>. O proletariado na teoria <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Marxismo" title="Marxismo">marxista</a> e na de outros pensadores econômicos como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Proudhon" class="mw-redirect" title="Proudhon">Proudhon</a>, de base <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquista" class="mw-redirect" title="Anarquista">anarquista</a>, é a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_social" title="Classe social">classe social</a> que vende sua força de trabalho à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia" title="Burguesia">classe capitalista</a>, detentora dos meios de produção.</p> <p>Esta classe, ao contrário da classe detentora do capital, pode oferecer ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado" title="Mercado">mercado</a> apenas sua força de trabalho, ou seja, "dar à prole" , "oferecer seus próprios filhos". A palavra tem origem romana<sup><span style="color:gray;">[</span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Livro_de_estilo/Cite_as_fontes" title="Wikipedia:Livro de estilo/Cite as fontes"><span title="Esta afirmativa precisa de uma referência para confirmá-la ."><span style="color:gray;"><i>carece de fontes</i></span></span></a><span class="printfooter">?</span><span style="color:gray;">]</span></sup> e referia-se à classe social inferior caracterizada pela quantidade enorme de filhos (prole), daí o nome proletariado que foi e é usado atualmente.</p> <p>Segundo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx" title="Karl Marx">Karl Marx</a>, é o trabalhador urbano ou rural que não é detentor dos meios de produção e tem como única mercadoria de venda sua força de trabalho. Esta definição era mais simples nos tempos de Marx do que hoje,são as classes fundamentais da sociedade capitalista, tendo interesses contraditórios não passíveis de conciliação. A solução do impasse - segundo o mesmo pensador - apenas poderia ser obtida através da união do proletariado e destruição da sociedade capitalista, utilizando-se, para isto, da expropriação dos meios de produção pelo caminho indireto revolucionário <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo" title="Comunismo">comunismo</a>, já que as versões marxistas e de influência procuram no Estado a base para seu poder político, retardando a emancipação dos oprimidos e explorados. A expropriação, neste sentido, é a mudança de muitos donos para um apenas, o Estado totalitário ou <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_do_proletariado" title="Ditadura do proletariado">ditadura do proletariado</a>.</p> <p>Atualmente, nos países capitalistas avançados, o proletariado tem padrão de vida muito superior em relação às suas condições do início da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial" title="Revolução Industrial">Revolução Industrial</a>, quando jornadas de mais de doze horas e a intensa utilização de mão-de-obra infantil eram a regra. Apesar de que as condições de trabalho nesses países vem regredindo nos últimos anos com a introdução de reformas neoliberais, o trabalho infantil e jornadas cada vez maiores são práticas comuns na flexibilização do trabalho, tal com o uso de mão-de-obra escrava. Os trabalhadores imigrantes, em especial, têm sido submetidos a condições de trabalho degradantes na Europa. E temos a migração das fábricas para países sem leis trabalhista que garantam os direitos dos trabalhadores.</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-15582287042709875512008-05-13T14:32:00.000-03:002008-05-13T14:36:48.904-03:00<h1 class="firstHeading">Infra-estrutura</h1> <h3 id="siteSub">Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.</h3> <div id="jump-to-nav">Ir para: <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Infra-estrutura#column-one">navegação</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Infra-estrutura#searchInput">pesquisa</a></div> <!-- start content --> <p>O termo <b>infra-estrutura</b>, na sua acepção mais lata, pode ser definido como um conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrutura" title="Estrutura">estrutura</a>. O termo possui diversas acepções em diferentes campos, mas o mais comum é o referente aos sistemas viários, de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esgoto" title="Esgoto">esgotos</a>, de fornecimento de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia" title="Energia">energia</a>, etc. de uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade" title="Cidade">cidade</a> ou região.</p> <p>Estes elementos, no seu todo, podem ser designados de infra-estruturas civis, infra-estruturas municipais ou obras públicas, se bem que possam ser desenvolvidas e geridas tanto pelo sector privado como por empresas públicas. Noutros campos, infra-estrutura pode designar as tecnologias da informação, canais de comunicação formais ou informais, ferramentas de desenvolvimento de software, redes políticas e sociais ou sistemas de crença partilhadas por membros de grupos específicos. Estas acepções gerais têm subjacente o conceito de que as infra-estruturas constituem um quadro organizacional e uma estrutura de suporte do sistema ou organização em causa, seja uma nação, uma cidade ou uma corporação.</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-84255672688718826742008-05-13T14:24:00.000-03:002008-05-13T14:31:22.165-03:00<span style="font-size:78%;"><span style="font-family:Comic Sans MS;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><br /></span></span> </span> <hr width="100%"> <center><p>FICHAMENTO DE:<br />GRUPPI, Luciano. <i><u>Tudo começou com Maquiavel</u></i>. Trad. Dario Canali. 5.ed. Porto Alegre: L&PM Editores, 1986. 94 p.</p></center> <center><p><b><u>PARTE I - A CONCEPÇÃO DO ESTADO EM MARX E ENGELS</u></b></p></center> <p>Ao se fazer uma breve reedição da história do mundo, podemos perceber que o tópico principal de que se trata, o Estado moderno, ou seja, o Estado unitário que tem um poder próprio, independente de quaisquer outros poderes, começou a surgir a partir da última metade do século XV na França, Inglaterra e Espanha, depois se disseminando pela Europa.<br /><br />O Estado moderno apresenta três características que o diferencia dos Estados do passado: a soberania absoluta do Estado; a diferenciação entre Estado e sociedade civil; e a identificação entre o Estado e o monarca, que simboliza a soberania estatal, em oposição ao Estado na Idade Média, quando este era patrimônio do monarca.</p> <p><b>Os pensadores políticos desde N. Maquiavel até G.W.F.Hegel</b> </p> <p><u>* Nicolau Maquiavel (1469-1527)</u><br />Como diz o título da obra que está sendo fichada, tudo realmente começou com Maquiavel. Foi ele o precursor da ciência política. Foi ele que elaborou a primeira teoria de surgimento do Estado moderno, mostrando que a política também era uma disciplina autônoma, e que o Estado possuía seus próprios caracteres, fazendo política e seguindo sua técnica e suas próprias leis. Consoante o nobre autor italiano, a política deveria se preocupar com a vida concreta, de como as coisas estão e não como as coisas deveriam estar, sendo esta, ocupação da moral. Conforme o que futuramente irão dizer autores como Hegel, de Sanctis e Antonio Gramsci, Nicolau Maquiavel forma uma nova moral, que é a do cidadão que edifica o Estado e que vive no relacionamento entre os homens. Ele ainda diz que o poder do Estado moderno deve ter como sustentáculo o terror, porque os homens são maus e só obedecem por medo de alguma sanção, castigo.</p> <p><u>* Jean Bodin (1530-1596)</u><br />Enquanto o italiano Maquiavel divagava teorias sobre a criação do Estado, Bodin já era mais realista e discutia sobre um Estado unitário que já existia, o francês. Só que essa discussão se calcava também em teorias, no caso relativas a autonomia e soberania do Estado moderno, pois Bodin atestava que o monarca interpreta as leis divinas e obedece a elas de maneira autônoma e que o Estado é estabelecido essencialmente pelo poder. O que Bodin dizia, podemos ver pela seguinte passagem: <i>"É a soberania o verdadeiro alicerce, a pedra angular de toda a estrutura do Estado, da qual dependem os magistrados, as leis, as ordenações; essa soberania é a única ligação que trans-forma num único corpo perfeito (o Estado) as famílias, os indivíduos, os grupos separados. O Estado, para Bodin, é poder absoluto, é a coesão de todos os elementos da sociedade"</i> GRUPPI (1986:12).</p> <p><u>* Thomas Hobbes (1588-1679)</u><br />O autor de "Leviatã" assegura que os seres humanos são maus por natureza, vivendo constantemente em guerra e destruição mútua, sendo famosa aquela sua frase de que "o homem é o lobo do próprio homem". O que é que deveria acontecer para evitar isto? Surgir algo forte para mediar estas relações. Assim, tem-se as bases para que se institua um Contrato Social, criador de um Estado absoluto que acaba por apaziguar ânimos e impulsos, impedindo desta maneira, a deflagração de qualquer espécie de guerra entre os homens. Este Estado deveria ser super rígido no que concerne ao seu poder, pois com isso acabaria permitindo a conser-vação da humanidade e da plena condição de uma vida mais confortável. </p> <p><u>* John Locke (1632-1704)</u><br />O fundador da teoria filosófica empírica e também teórico da revolução liberal inglesa, apresenta uma concepção tipicamente burguesa. Ele garante que no "estado de natureza", o homem, livre, tem necessidade de limitar esta sua liberdade para preservar a sua propriedade. Dessa maneira, fica estabelecido um contrato que cria a sociedade e o Estado, garantindo destarte, a segurança da propriedade. Uma diferença entre o que Hobbes dizia e o que Locke passa a dizer, é que o Contrato Social hobbesiano funda um Estado absoluto, enquanto para Locke, o Estado que não acatar o contrato, será desmanchado como qualquer contrato. O Estado, deste modo, deve garantir certas liberdades como a da assembléia, a da palavra, etc. Entretanto, em primeiro lugar, vem a liberdade da iniciativa econômica.<br /><br />==> Para os pensadores do individualismo burguês, o indivíduo preexistiu ao Estado, que nasceu de um contrato entre os homens. O que é fantasioso, pois o homem só se tor-na homem vivendo em sociedade.<br />==> Para Locke, a autoridade do Estado vem somente do contrato, o Estado não recebe sua soberania de nenhuma outra autoridade. O Estado ainda, possui uma concepção burguesa, ao ter a finalidade de conservar a propriedade, o que pressupõe e requere que o povo tenha uma propriedade para entrar na sociedade.<br /><br />Por fim, Locke também já apresentava uma distinção entre sociedade política e sociedade civil, isto é, entre o público e o privado. Na Idade Média, a sociedade e o Estado formam um conjunto só. Na sociedade burguesa moderna, são separados, obedecendo a normas e leis diferentes. Os direitos de propriedade são exercidos na sociedade civil, e o Estado deve garantir esses direitos.</p> <p><u>* Emmanuel Kant (1724-1804)</u><br />Fundamentado na Revolução Francesa e nas teorizações de Rousseau, Kant assevera que a soberania pertence ao povo. Um adendo que faz, é em relação a existência, em sua visão, de cidadãos independentes e não-independentes. Estes são os proprietários, que possuem di-reitos políticos. Aqueles, que não têm propriedade, não têm direito de votar nem de serem eleitos. Este critério é o que acaba norteando toda a concepção liberal. Fica algo cristalino por isto que, na relação existente entre propriedade e liberdade, só é livre quem é proprietário. Essa relação acaba por ser a essência do liberalismo. Kant ainda exibe a típica visão liberal do Estado de Direito: a soberania do povo deve ser delimitada por algumas normas gerais e abstratas que estão acima dela e são invioláveis (os direitos naturais, que são expressão típica dos interesses burgueses), como o direito de proprie-dade, a liberdade de expressão, de palavra, de reunião e de associação. Na prática quem acaba tirando proveito das liberdades garantidas, é quem possui recursos.</p> <p><u>* Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)</u><br />Este pensador e filósofo francês, foi capaz de exibir uma percepção democrático-burguesa, oposta ao pensamento hobbesiano. Para Rousseau, os seres humanos acabam viven-do em "fortuna" pelo fato de serem bons, virtuosos. Mas o caso mesmo deste pensamento, é o exposto em relação a sua mentalidade altamente comercial e o seu também alto, grau de individualismo, tipicamente burguês. Rousseau ainda diz que os homens constituem a sociedade (e não o Estado) através de um Contrato Social também, que deve servir à plena expansão da personalidade do indivíduo. O povo não pode perder sua soberania e por causa disso não deve gerar um Estado deslocado de si próprio. O órgão singular soberano é a assembléia, onde esta soberania se manifesta. Os governantes são exclusivamente espécies de "comissários do povo".<br /><br />Este autor, em sua obra, menciona também a igualdade jurídica e chega a perceber que existe um problema de igualdade sócio-econômica. Para Rousseau, o homem só poderia ser livre se fosse igual. Se surgisse uma desigualdade entre os homens, se findaria a liberdade.<br /><br />Também Rousseau, em virtude da sua crença no individualismo, tinha certeza que a propriedade seria resultado de uma relação entre indivíduos, da iniciativa de um indivíduo. Seu ponto falho, foi o de não ter sentido que o que produziu a gênese da propriedade foi todo um processo econômico de desenvolvimento das forças produtivas. Por fim, Rousseau acaba recu-sando a dessemelhança entre os poderes com o objetivo de certificar, acima de tudo, o poder da assembléia. Mesmo assim, Rousseau nota os impedimentos do seu modelo: o povo não pode ficar continuamente congregado em assembléia, e o estado ilusório de o homem nunca ceder sua soberania.</p> <p><u>* Benjamin Constant de Rebecque (1767-1830)</u><br />Este homem acaba levando a um grau máximo a separação entre Estado e sociedade civil. Isto acaba acontecendo por ser a liberdade do homem moderno, grande na esfera privada e limitada na pública, ao contrário dos antigos que acabavam por possuir direitos abissais na esfera pública. Ainda para Constant, os direitos de liberdade são direitos de iniciativa econômica e acabam sendo aproveitados especialmente na vida particular. Destarte, em oposição com o que dizia Rousseau, Benjamin Constant justificava a liberdade como diferença e não, igualdade.</p> <p><u>* Charles Tocqueville (1805-1859)<br /></u>Apesar de acreditar na realização da democracia e da igualdade jurídica, ele ainda pergunta se esta igualdade não acabaria por destruir a liberdade. Nesta época em que ele vive, na Europa se afirmam duas concepções progressistas de Estado: a liberal, defendendo a idéia de existência ao mesmo tempo de propriedade e liberdade - liberdade exigindo desigualdade, e a democrática, que diz que a liberdade baseia-se sobretudo na igualdade jurídica. Na história, vê-se que a concepção democrática, proveniente principalmente da Revolução Francesa, não se separa tanto da liberal (fusão portanto, do liberalismo e da democracia), porém reafirmando o direito da propriedade.</p> <p><u>* Benedetto Croce (1866-1952)</u><br />Seu ponto de vista é liberal. Apesar da fusão liberal-democrática, rejeita esta visão, e diz que as duas concepções são diferentes. Ele diz que o liberalismo é como um antagonista da monarquia absoluta, do clericalismo e do ideal democrático. Segundo Croce, democratas e liberais portanto, acabam compreendendo de modo distinto o indivíduo, a igualdade, a soberania e o povo.</p> <center><table border="1"> <tbody><tr> <td> <center><p><b>DEMOCRATAS</b></p></center> </td> <td> <center><p><b>LIBERAIS</b></p></center> </td> </tr> <tr> <td> <center><p>indivíduos como seres iguais</p></center> </td> <td> <center><p>indivíduos como homens iguais (não como cidadãos)</p></center> </td> </tr> <tr> <td> <center><p>não era uma soma de forças iguais, e sim, um mecanismo diferenciado, de governantes e governados, com classes dirigentes necessárias para as tarefas do poder</p></center> </td> <td> <center><p>não era uma soma de forças iguais, mas a soberania era somente dos governantes e não dos governados, com uma classe dirigente, a elite da cultura, que na verdade, é a elite da base econômica. </p></center> </td> </tr> <tr> <td> <center><p>Democracia quantitativa e igualitária</p></center> </td> <td> <center><p>liberalismo qualitativo e espiritualista</p></center> </td> </tr> </tbody></table></center> <p><u>* Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831)</u><br />Lembrando Benjamin Constant, a diferenciação também entre o Estado e a sociedade civil, é colocada da maneira que, o primeiro acaba como fundamento do segundo e da família, não podendo acontecer o oposto. Com isto, é fácil para ele dizer que o povo não existe se não existir o Estado, já que é o Estado que funda o povo. A considerada soberania é pertencente ao Estado e a sociedade civil, absorvida por ele. Como isso que esse autor fala é exatamente o contrário de Rousseau, é completamente sensível para nós que Hegel faz uma crítica da concepção liberal-individualista. Ainda conforme Hegel, o Estado em sua existência é personificado pelo monarca, com este representando a soberania estatal. Apresenta uma concepção absolutista atenuada por uma visão de monarquia constitucional.</p> <p><b>A crítica de Karl Heinrich Marx (1818-1883)</b></p> <p>A partir da compreensão do trabalho deste homem, o surgimento de uma concepção marxista, nasce uma visão mais crítica do que é o Estado, aquele com características burgue-sas, e também do liberalismo e da democracia. </p> <p>Esta visão mais crítica se inicia com o comunismo utópico, que tenta provar que a liberdade e a igualdade defendidas pela Revolução Francesa só eram viradas para a classe burguesa e não globais. Sua principal idéia é de que além da igualdade jurídica, deve-se promover também, a igualdade sócio-econômica. </p> <p>Em duas obras de Marx, vemos a relação feita por ele entre Estado e sociedade civil. Em 1843, com <i>A questão judia</i>, este autor assegura que o Estado é expressão da sociedade civil, das suas relações de produção. Já em 1859, com a <i>Contribuição para a crítica da Economia Política</i>, Marx critica veementemente Hegel ao atestar a não fundação da sociedade civil por parte do Estado, mas aquela, o conjunto das relações econômicas, que explica o surgimento do Estado. É como ele diz: <i>"O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, isto é, a base real sobre a qual levanta-se uma superestrutura jurídica e política, à qual correspondem formas determinadas de consciência social"</i> MARX Apud Gruppi (1986:27). </p> <p>É importante por fim ressaltar, que Marx não realiza formalmente uma teoria do Estado. Contudo, ele forneceu a teoria capital, a que diz que a estrutura econômica está no alicerce do Estado.</p> <p><b>A origem do Estado segundo Friedrich Engels (1820-1895)</b></p> <p>Segundo este autor, em sua obra de 1894, <i>A origem da família</i>, da propriedade privada e do Estado, a sociedade se formou juntamente com a família, e a propriedade privada da caça, quando surgiu o hábito da criação de gado. Com o desenvolvimento da economia despontam as diferenças econômicas, de classes e com a conseqüente crise do ordenamento gentílico surge a organização do Estado para institucionalizar a dominação econômica através da dominação política da classe proprietária. O Estado impede que as camadas com interesses econômicos opostos aniquilem a si mesmos e a própria sociedade. <i>"O Estado é então a expressão da dominação de uma classe, é a necessidade de regulamentar juri-dicamente a luta de classes, de manter determinados equilíbrios entre as classes em conformidade com a correlação de forças existente, a fim de que a luta de classes não se torne dilacerante"</i> GRUPPI (1986:31). </p> <p>Apesar de tudo, esta obra de Engels, embora ainda chegue até a descobrir a natureza de classe do Estado, é muito geral e não desempenha ainda uma teoria orgânica do Estado capitalista.</p> <p><b>A igualdade jurídica - A extinção do Estado e a liberdade do homem - A ditadura do proletariado - Sobre a Comuna de Paris</b></p> <p>Todos são iguais perante a lei. Esta frase que é um dos princípios de nossa Constituição, não é de hoje que existe. Marx já dizia que, em uma democracia burguesa, a igualdade jurídica serviria para discernir a posição do homem nas relações de produção da sua figura jurídica de cidadão. Porém, como vemos o que acontece a nossa volta nos dias de hoje, essa igualdade jurídica não é uma igualdade de fato, pois um operário nunca foi e nunca será igual ao patrão (claro salvando raras exceções), para usar o exemplo dado na obra fichada. Ainda conforme Marx, seria mister uma espécie de revolução sócio-econômica depois de uma revolução política, com o objetivo de instituir uma igualdade naquele campo. O primeiro passo desta revolução por parte dos operários seria a conquista da democracia e do poder pelo proletariado. Como o segmento dominante, o proletariado apropriaria-se dos meios de produção, os socializaria (tornaria-os coletivos) e dirigiria a chamada ditadura do proletariado, que levaria ao comunismo. Durante esse processo, o Estado se extinguiria, logicamente, pois como o Estado é a dominação de uma classe sobre outra, ele não teria mais o seu motivo de existir. </p> <p>E para que o comunismo? Só ele é que, segundo Marx, possibilitaria principalmente a liberdade plena, além do desenvolvimento da personalidade. Se é tão bom, como é que se vai dar este comunismo? Primeiramente por aquela fase de transição, a ditadura do proletariado. Depois, com o desaparecimento da subordinação na divisão do trabalho e com a idéia de que o trabalho não é tão somente um meio de viver, e sim, a primeira necessidade da vida. Além disso, <i>"o comunismo (...) pressupõe então também um alto nível de bem-estar, pois então cada um poderá receber de acordo com suas necessidades. Só então poderá ser superado o estreito jurídico burguês, que estabelece uma lei igual para todos" </i>GRUPPI (1986:44). </p> <p>Pelo que foi visto, podemos observar como conclusão, que na sociedade comunista acabam coincidindo: direção e autogoverno, direção e espontaneidade, sociedade e indivíduo.</p> <center><p><b><u>PARTE II - A CONCEPÇÃO DO ESTADO EM LÊNIN E GRAMSCI</u></b></p></center> <p><b>Karl Kautsky: "renegado" ou não?</b></p> <p>Apresentando este sujeito, foi ele o principal teórico da Segunda Internacional, sendo criticado duramente por Lênin ao exibir uma concepção do marxismo muito "contaminada" pelo positivismo. Com a Revolução Bolchevique em 1917, Kautsky vira de lado e passa a pregar uma visão anti-revolucionária, ou seja, anti-comunista. </p> <p>As principais idéias de Kautsky eram a de caracterizar o Estado como um instrumento de dominação da classe mais forte economicamente, e a de que todos os partidos políticos têm como finalidade a conquista do poder político.</p> <p><b>O debate em torno de E. Bernstein </b></p> <p>Edward Bernstein, discípulo de Engels, propôs em cerca de 1895, uma revisão da teoria marxista por achar que ela não estava sendo condizente com a realidade, já que, por exemplo, os operários participavam de eleições e do Parlamento. Esta revisão, conhecida como revisionismo, foi também "contaminada" pelo positivismo. Nela Bernstein afirma entre outras coisas que: (1) Marx seria adepto a teoria do empobrecimento absoluto, (2) a polarização crescente entre as classes e a proletarização das classes médias, previstas por Marx, seriam falsas, (3) a validade da concepção da ditadura do proletariado é errada. </p> <p>Críticos deste revisionismo foram Kaustsky e Rosa Luxemburgo. Todavia, este revisionismo acabou encontrando espaço na social-democracia sob o molde de oportunismo.</p> <p><b>O Estado e a revolução - Os Sovietes e a Comuna - Nem tudo deve ser "quebrado" - Democracia e ditadura do proletariado - Contra o burocratismo</b></p> <p>A teoria marxista estava em crise. E isso fica provado pela Segunda Internacional, que contaminada pelo positivismo, a criticou duramente. Com a sua primeira obra de cunho completamente teórico, O Estado e a revolução, Lênin pretendia voltar a exatamente o que Marx e Engels pensavam como concepção original de caráter revolucionário. E o que ele queria com isso? Fazer com que o partido bolchevique possuísse este cunho ideológico. Além disso, Lênin mostraria também. </p> <p>Lênin reafirma a idéia de Karl Marx, segundo a qual o Estado tem caráter de classe - ditadura de classe, conforme suas palavras. Para Lênin, todos os tipos de Estado são ditaduras, mesmo a democracia burguesa, que, conforme ele, não é uma democracia real, mas uma forma de suplício para a maior parte da população. Desta maneira, é necessário a ditadura do proleta-riado, que é a democracia da maioria e para a maioria, onde todas as liberdades burguesas são transformadas em realidade. </p> <p>Para admitir a mutação de uma ditadura para outra é mister provocar a ruptura do Estado burguês. A revolução proletária, segundo Lênin, deve realizar-se através da violência. Destarte, com a ditadura do proletariado, o Estado burguês (burocrático e centralizado) acaba caindo e vai se descentralizando, transportando para a sociedade, as funções do Estado tradicional e nesse entendimento, efetuando a democracia plena. </p> <p>Toda discussão de Lênin é guiada contra os social-democratas, pois estes desconheci-am a necessidade de desmontar o Estado burguês; e também contra os anarquistas, que queriam a abolição imediata do Estado. </p> <p>Pode-se notar então que esta obra de Lênin, O Estado e a revolução, acaba influenciando não só os da sua época, mas gerações de comunistas. Falando ainda sobre obras, outra que Lênin escreveu foi Conservarão os bolcheviques o poder estatal? Onde estão claramente relacionados os elementos para que se possa exercer o poder estatal, como o exército, a polícia e a burocracia; e os bancos, trustes, trabalhos de estatística e registro. Este último, o setor público da economia, não deve ser destruído, mas apenas libertado das garras do capitalismo e administrado segundo os objetivos da sociedade comunista. </p> <p>Lênin também diz que a democracia é coerção. Contudo, em um certo estágio do seu desenvolvimento, a democracia unificaria o proletariado contra o capitalismo, munindo este a possibilidade de destruir o Estado burguês. Lênin consegue ver nisto uma relação entre democracia burguesa e a revolução proletária. </p> <p>A essência da ditadura do proletariado, segundo ele é a organização e a disciplina do próprio proletariado. Lênin destaca as diferenças entre as formas de ditaduras do proletariado, dizendo que estas diferenças culminam do aspecto de que cada país tem sua realidade, suas características, suas estruturas econômicas e sua cultura. </p> <p>Diante do que fala Lênin em toda a sua obra, não é demais questionar a possibilidade de existência de um sistema marxista do Estado. Na produção leninista, ele aparece, sem contudo, corresponder à realidade. Dizemos então, que o marxismo é essencialmente um método de crítica, uma crítica continuada da realidade e das teorizações precedentes.</p> <p><b>Desde Lênin até Gramsci - Os conselhos de fábrica - A necessidade de explorar o terreno nacional - Hegemonia e bloco histórico - A noção de intelectual </b></p> <p>Antonio Gramsci foi o primeiro leninista italiano, fazendo com que o movimento ope-rário italiano entrasse em convívio com a doutrina de Lênin. Durante a época que esteve preso, Gramsci escreveu a obra Cadernos do Cárcere, onde aprofundou ainda mais o pensamento do líder bolchevique. Nela, há a definição de que a ditadura do proletariado se constituía uma abissal revolução cultural, além de ser uma revolução claramente político-econômica. </p> <p>Além disso, Gramsci analisou também o Estado liberal italiano, no aspecto das limitações de sua democracia - dominação do executivo sobre o legislativo e o judiciário. </p> <p>O que Gramsci propunha, assim como Lênin, era a conquista do tipo de Estado vigente, através da revolução, para que houvesse o crescimento de uma nova espécie de Estado. Em sua visão, o proletariado poderia se tornar uma classe dirigente através de um sistema de alian-ças de classe, ponto decisivo para a conquista do poder e da hegemonia, esta que em sua forma estatal era a ditadura do proletariado, segundo o autor trabalhado neste tópico. Com isso, ele faz a sua diferenciação entre sociedade civil e Estado. Para ele, na medida em que se conse-guisse a hegemonia na sociedade civil, a ditadura do proletariado ganharia espaço no Estado. Porém, ele próprio chama a atenção que na realidade os dois elementos estão fundidos, sendo essa pretensa dicotomia mera "distinção" de método. Agora, vale ressaltar que essa ditadura do proletariado é chamada de hegemonia apenas para que se sobressaia a função dirigente e para que a política que tivesse que ser feita, fosse através do convencimento, ocasionando um consenso, a cooptação política de toda a sociedade. A hegemonia, além disso, seria a conquista de um novo nível cultural. <i>Gramsci portanto defendia que, a violência não poderia ser a fonte primária da política. A mudança deveria ser cultural e que a revolução ocorreria devido a razão, ao conhecimento. </i></p> <p>Ainda sobre Gramsci, e agora sobre o que falava sobre o bloco histórico - a relação entre infra-estrutura e supra-estrutura, ou seja, o mundo econômico e o poder político e o Direito (o Estado), ele falava que o bloco só se manteria integrado com uma influência político-ideológica forte, onde se obteria consenso entre trabalhadores e proprietários dos meios de produção. Outra definição de Gramsci é a do bloco de poder, que seria como uma fase de transição para um novo bloco, para uma nova sociedade, a sociedade comunista. </p> <p>As classes subordinadas, para se autonomizarem, necessitariam de um partido, no sen-tido de concepção cultural. Com essa autonomia, precisam ficar hegemônicas (condição <i>sine qua non</i> há espaço para a conquista do poder). A hegemonia por sua vez, acaba unindo o pensamento e a ação. </p> <p>Gramsci define também um novo conceito de intelectual, o grande intelectual: este é o homem que em momentos de crise, dotado de poder forte e carismático, se autonomiza e se transforma em um opção. Tem noção sobre seu trabalho e desprende energia ao executá-lo. São estes intelectuais que mantém unido o bloco histórico, elaboram a hegemonia da classe dominante. </p> <p>Gramsci, ainda dentro do seu esquema de definições, dita mais uma, a de supremacia. Dizia ele que, uma classe tem supremacia na medida que tem a direção e o poder e que para apoderar-se deste poder deve-se primeiro conquistar a direção, ou seja, a hegemonia. </p> <p>Por fim, podemos afirmar que Gramsci em sua visão, compreendia a revolução como uma crise de hegemonia e da capacidade dirigente detentora do poder, pois eles ao não conseguir mais resolver a problemática que se abateria em uma nação, nem sustentá-la unida ideologicamente, levam a uma crise brutal, crise da separação entre direção e poder, crise cultural e crise moral.</p> <p><b>O Partido como moderno "Príncipe" - Que tipo de pluralismo? </b></p> <p>O partido para Antonio Gramsci é o elemento decisivo da formação da hegemonia da classe operária. Chamado de "moderno Príncipe" por ser a personificação da vontade coletiva, possui o ponto do elemento da consciência e da direção, destacado. Ainda, Gramsci afirma a existência de três níveis obrigatórios dentro de qualquer partido existente: o dos dirigentes, o da base e um intermediário. <i>"Gramsci alerta que, só com a base, nunca se cria um partido, pois os elementos dirigentes são indispensáveis"</i> GRUPPI (1986:87). </p> <p>Gramsci afirmava que as alianças sociais só poderiam se dar dentro dos partidos políticos. Sobre a questão do pluralismo sucintamente precisa ser dito que como só considerava o Partido Comunista, asseverando que só este produzia a Revolução, não aceitava a idéia da pluralidade de partidos.</p> <p><br />Fernando Ribeiro Ramos<br />Florianópolis, 26 de novembro de 1996</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-74505113749986026482008-05-13T14:23:00.000-03:002008-05-13T14:24:41.153-03:00O QUE É CAPITALISMO<p style="color: rgb(0, 0, 0);">Em seu sentido mais restrito, o capitalismo corresponde a acumulação de recursos financeiros (dinheiro) e materiais (prédios, máquinas, ferramentas) que têm sua origem e destinação na produção econômica. Essa definição, apesar de excessivamente técnica, é um dos poucos pontos de consenso entre os inúmeros intelectuais que refletiram sobre esse fenômeno ao longo dos últimos 150 anos. São duas as principais correntes de interpretação do capitalismo, divergindo substancialmente quanto a suas origens e conseqüências para a sociedade. A primeira foi elaborada por Marx, para quem o capitalismo é fundamentalmente causado por condições históricas e econômicas. O capitalismo para Marx é um determinado modo de produção de mercadorias (mercadorias são objetos que têm a finalidade de serem trocados e não a de serem usados) que surge especificamente durante a Idade Moderna e que chega ao seu desenvolvimento completo com as implementações tecnológicas da Revolução Industrial. A idéia marxista de modo de produção não se restringe apenas ao âmbito econômico, mas estende-se a toda relação social estabelecida a partir da vinculação da pessoa ao trabalho. Uma característica básica desse modo de produção é que nele os homens encarregados de despender os esforços físicos, que Marx chama de "força de trabalho", não são os mesmos que têm a propriedade das ferramentas e das matérias-primas (posteriormente também das máquinas), denominados "meios de produção". Esta separação proporciona outro aspecto essencial do capitalismo, que é a transformação da "força de trabalho" em uma mercadoria, que portanto pode ser levada ao mercado e trocada livremente (basta lembrar que no modo de produção escravista o objeto da troca é o escravo inteiro, e não só a sua força, enquanto que no feudalismo praticamente não havia trocas econômicas). Assim, a sociedade capitalista estaria dividida entre uma classe que é proprietária dos meios de produção e outra classe cuja única fonte de subsistência é a venda ou troca de sua "força de trabalho". Os argumentos apresentados por Marx para demonstrar a passagem do feudalismo para o capitalismo e a acentuação da divisão do trabalho são elaborados através de uma reconstrução histórica impossível de ser resumida aqui, sendo no momento suficiente apontar que ela passa pela desintegração dos laços entre senhor e servo e pela ampliação das relações comerciais (de troca), estas últimas que permitem uma acumulação inicial de riquezas (chamada por Marx de "acumulação primitiva"). A explicação alternativa foi apresentada por Weber, e enfatiza aspectos culturais que permitiram a expansão do capitalismo. Para ele, o desejo pelo acúmulo de riquezas sempre existiu nas sociedades humanas, como no Império Romano ou durante as grandes navegações, mas até meados do século XVII faltavam condições sociais que justificassem a sua perseguição ininterrupta. Para demonstrar isso ele aponta as amplamente conhecidas condenações feitas pela Igreja Católica às práticas da usura e do lucro pelos comerciantes ao longo do século XV e XVI. Se tais restrições fossem mantidas, a chamada "acumulação primitiva" não teria sido possível. A mudança ocorre com a reforma religiosa promovida por Lutero e principalmente Calvino. Segundo eles, a atividade profissional estaria associada a um dom ou vocação divina, e portanto seria da vontade de Deus que elas fossem exercidas. Assim o trabalho, que antes era visto como um mal necessário, passa a ter uma valorização positiva (v. valores ). Mais que isso, Calvino aponta o trabalho como a única forma de salvação, e a criação de riquezas pelo trabalho como um sinal de predestinação. Esses dogmas religiosos, juntamente com outros menores como a contabilidade diária, formam o fundamento de uma ética, isto é de um conjunto de normas que rege a conduta diária do fiel. Essas normas, ao se encaixarem às exigências administrativas da empresa (valorização do trabalho e busca do lucro), criam as condições necessárias para a expansão da mentalidade (ou do "espírito", como o denomina Weber) capitalista e posteriormente da sociedade industrial . Esta explicação demonstra sua consistência quando observamos o elevado estágio de desenvolvimento econômico das sociedades que abrigaram representantes da Reforma (calvinistas, metodistas, anglicanos...): a Alemanha (berço da Reforma), a Inglaterra (pátria do Anglicanismo), os Estados Unidos (destino de milhares de protestantes expulsos da Irlanda católica e outros tantos imigrantes anglicanos ingleses), e os Países Baixos.</p> <hr style="color: rgb(0, 0, 0);" color="#ffffff"> <p style="color: rgb(0, 0, 0);"><a href="http://lupiglauco.vilabol.uol.com.br/index.htm"> <img id="img1" src="http://lupiglauco.vilabol.uol.com.br/button19.gif" alt="Voltar" style="fp-btn: Simple Arrow 3; fp-font-color-normal: #FFFFFF; fp-font-color-hover: #FF0000; fp-font-color-press: #FFFFFF; fp-transparent: 1" title="Voltar" onmouseover="FP_swapImg(1,0,/*id*/'img1',/*url*/'button1A.gif')" onmouseout="FP_swapImg(0,0,/*id*/'img1',/*url*/'button19.gif')" onmousedown="FP_swapImg(1,0,/*id*/'img1',/*url*/'button1B.gif')" onmouseup="FP_swapImg(0,0,/*id*/'img1',/*url*/'button1A.gif')" border="0" height="13" width="65" /></a></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-63701136839473008632008-05-13T14:16:00.000-03:002008-05-13T14:17:38.186-03:00KARL MARX<p align="center"><b><span style="font-size: 16pt;font-family:Verdana;" >Karl Marx</span></b></p> <p align="center"> <img src="http://www.culturabrasil.pro.br/imagens/marx10.jpg" alt="Karl Marx" border="0" height="168" width="211" /></p> <p align="right"><b><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">Leia o Manifesto Comunista. Versão para a Web <a href="http://www.culturabrasil.org/manifestocomunista.htm">aqui.</a> Download <a href="http://www.culturabrasil.org/zip/manifestocomunista.zip">aqui</a>.</span></b></p> <p align="right"><b><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">Conheça a letra e a música da <a href="http://www.culturabrasil.org/internacional.htm">INTERNACIONAL</a>. Clique <a href="http://www.culturabrasil.org/internacional.htm">aqui</a>.</span></b></p> <u><b> </b></u><p align="justify"> <span style="font-family:Arial;"><span style="font-size:130%;">Traços biográficos:</span></span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Estudou na universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se em Iena, em 1841, com a tese <i>Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro.</i> Em 1842 assumiu a chefia da redação do <i>Jornal Renano</i> em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos <i>Anais Germânico-Franceses, </i>órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.</span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto<i> O Manifesto Comunista,</i> primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas assumiu logo a chefia do <i>Novo Jornal Renano </i>em colônia, primeiro jornal diário francamente socialista. </span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.</span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, <i>O Capital</i>. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.</span></p> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> <p align="justify"> </p> </span> <span style="font-family:Arial;"> <p align="justify">Primeiros trabalhos:</p> <p align="justify"> Entre os primeiros trabalhos de Marx, foi antigamente considerado como o mais importante o artigo <i>Sobre a crítica da Filosofia do direito de Hegel</i>, em 1844, primeiro esboço da interpretação materialista da dialética hegeliana. Só em 1932 foram descobertos e editados em Moscou os <i>Manuscritos Econômico-Filosóficos, </i>redigidos em 1844 e deixa-os inacabados. É o esboço de um socialismo humanista, que se preocupa principalmente com a alienação do homem; sobre a compatibilidade ou não deste humanismo com o marxismo posterior, a discussão não está encerrada. Em 1888 publicou Engels as <i>Teses sobre Feuerbach,</i> redigidas por Marx em 1845, rejeitando o materialismo teórico e reivindicando uma filosofia que, em vez de só interpretar o mundo, também o modificaria.</p> </span> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> <p align="justify"> </p> </span> <span style="font-family:Arial;"> <p align="justify"> Marx e Engels escreveram juntos em 1845 <i>A Sagrada Família, </i>contra o hegeliano Bruno Bauer e seus irmãos. Também foi obra comum <i>A Ideologia alemã </i>(1845-46), que por motivo de censura não pôde ser publicada (edição completa só em 1932); é a exposição da filosofia marxista. Marx sozinho escreveu <i>A Miséria da Filosofia </i>(1847), a polêmica veemente contra o anarquista francês Proudhon. A última obra comum de Marx e Engels foi em 1847 <i>O Manifesto Comunista, </i>breve resumo do materialismo histórico e apelo à revolução. </p> <p align="justify"><i> O 18 Brumário de Luís Bonaparte </i>foi publicado em 1852 em jornais e em 1869 como livro. É a primeira interpretação de um acontecimento histórico no caso o golpe de Estado de Napoleão III, pela teoria do materialismo histórico. Entre os escritos seguintes de Marx <i>Sobre a crítica da economia política </i>em 1859 é, embora breve, também uma crítica da civilização moderna, escrito de transição entre o manuscrito de 1844 e as obras posteriores. A significação dessa posição só foi esclarecida pela publicação (em Moscou, 1939-41, e em Berlim, 1953) de mais uma obra inédita: <i>Esboço de crítica da economia política, </i>escritos em Londres entre 1851 e 1858 e depois deixados sem acabamento final.</p> <p align="justify"> Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: <i>O Capital. </i>É um livro principalmente econômico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da teoria do valor, da <b>mais-valia</b>, da acumulação do capital etc. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de<i> O Capital</i> foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).</p> </span> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span></p> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"><b> <span style="font-family:Arial;"><u> </u><p align="center"><u>A FILOSOFIA DE MARX</u></p> </span> </b></span><p align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"><b> </b></span></p> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"><b><span style="font-family:Arial;"> <p align="justify">MATERIALISMO DIALÉTICO</p> </span> </b></span><p align="justify"> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"><span style="font-family:Arial;"> </span></span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"><span style="font-family:Arial;"> </span> </span> <span style="font-family:Arial;"> Baseado em Demócrito e Epicuro sobre o materialismo e em Heráclito sobre a dialética (do grego, <i>dois logos, duas opiniões divergentes</i>), Marx defende o materialismo dialético, tentando superar o pensamento de Hegel e Feuerbach. </span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a idéia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a "verdade" dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego <i>onto</i> + <i>logos;</i> parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social. Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.</span></p> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span> <span style="font-family:Arial;"> Ludwig Feuerbach procurou introduzir a dialética materialista, combatendo a doutrina hegeliana, que, a par de seu método revolucionário concluía por uma doutrina eminentemente conservadora. Da crítica à dialética idealista, partiu Feuerbach à crítica da Religião e da essência do cristianismo.</span></p> <span style="font-family:Arial;"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span></span><p align="justify"><span style="font-family:Arial;"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span> Feuerbach pretendia trazer a religião do céu para a Terra. Ao invés de haver Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, foi o homem quem criou Deus à sua imagem. Seu objetivo era conservar intactos os valores morais em uma religião da humanidade, na qual o homem seria Deus para o homem.</span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Adotando a dialética hegeliana, Marx, rejeita, como Feuerbach, o idealismo, mas, ao contrário, não procura preservar os valores do cristianismo. Se Hegel tinha identificado, no dizer de Radbruch, o <i>ser</i> e o <i>dever-ser</i> (o <i>Sen</i> e o <i>Solene</i>) encarando a realidade como um desenvolvimento da razão e vendo no <i>dever-ser</i> o aspecto determinante e no <i>ser</i> o aspecto determinado dessa unidade. </span></p> <span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span><p align="justify"><span style="font-family:Arial;font-size:130%;"> </span> <span style="font-family:Arial;">A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas <i>unidade das contradições</i>, <i>identidade: </i>"a dialética é ciência que mostra como as contradições podem ser concretamente (isto é, <i>vir-a-ser</i>) idênticas, como passam uma na outra, mostrando também porque a razão não deve tomar essas contradições como coisas mortas, petrificadas, mas como coisas vivas, móveis, lutando uma contra a outra em e através de sua luta." (<i>Henri Lefebvre, Lógica formal/ Lógica dialética, trad. Carlos N. Coutinho</i>, 1979, p. 192). Os momentos contraditórios são situados na história com sua parcela de verdade, mas também de erro; não se misturam, mas o conteúdo, considerado como unilateral é recaptado e elevado a nível superior.</span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> Marx acusou Feuerbach, afirmando que seu humanismo e sua dialética eram estáticas: o homem de Feuerbach não tem dimensões, está fora da sociedade e da história, é pura abstração. É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo relaciona-se (<i>Lei da ação recíproca e da conexão universal</i>); tudo se transforma (<i>lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante</i>); as mudanças qualitativas são conseqüências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.</span></p> <p align="justify"><span style="font-family:Arial;"> O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo (surgido como superação do capitalismo, socialismo, ultrapassando os ensinamentos pioneiros de Feuerbach).</span></p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-86650358803442558672008-05-05T14:21:00.000-03:002008-05-05T14:23:30.083-03:00Teoria das relações humanasTrata a organização como grupos de pessoas; Enfatiza as pessoas; Inspirada em sistemas de psicologia; Delegação de autoridade; Autonomia do empregado; Confiança e abertura; Ênfase nas relações entre pessoas; Confiança nas pessoas...<br /><br />* Trata a organização como grupos de pessoas;<br />* Enfatiza as pessoas;<br />* Inspirada em sistemas de psicologia;<br />* Delegação de autoridade;<br />* Autonomia do empregado;<br />* Confiança e abertura;<br />* Ênfase nas relações entre pessoas;<br />* Confiança nas pessoas;<br />* Dinâmica grupal e interpessoal.<br /><br />Origem<br /><br />Necessidade de se humanizar e democratizar a Administração e o desenvolvimento das ciências humanas;<br /><br />Elton Mayo:<br /><br />* As pessoas e suas motivações são essenciais para a empresa;<br />* Explorava o elo entre o moral e a produção;<br />* A humanidade precisa de reconciliar com o mercado de trabalho;<br />* O comportamento dos operários é ditado pela lógica do sentimento, enquanto o dos patrões é comandado pela lógica do custo e da eficiência;<br />* “Enquanto o comércio adotar métodos de atuação que não levem em consideração a natureza humana e a realidade social, podemos esperar que as greves e a sabotagem se tornem comuns no setor”;<br />* Defendia a motivação e o trabalho em equipe.<br /><br />A experiência de Hawthorne:<br /><br />* Realizada entre 1927 e 1932;<br />* Coordenada por Elton Mayo;<br />* Feita pelo Conselho Nacional de Pesquisas (EUA);<br />* Local: Fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, situada em Chicago;<br />* Objetivo: avaliar a correlação entre iluminação e a eficiência dos operários, medida por meio de produção. Estendeu-se à fadiga, acidentes de trabalho, rotatividade de pessoal e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal;<br />* Elemento surpresa e dificuldade: variáveis de natureza psicológica.<br /><br />Primeira fase da experiência de Hawthorne:<br /><br />* Grupo de observação: trabalhava sob intensidade de luz variável;<br />* Grupo de controle: trabalhava sob luz constante;<br />* Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico, pois a eficiência dos operários é afetada por condições psicológicas (então os pesquisadores isolaram o fator psicológico da pesquisa).<br /><br />Segunda fase da experiência de Hawthorne:<br /><br />* Grupo de observação: trabalhava numa sala de provas separada, sujeita a mudanças nas condições de trabalho;<br />* Grupo de controle: trabalhava no departamento, com condições de trabalho constantes e com muita supervisão;<br />* Conclusão: a produção do grupo informal ganhou. Supervisão branda, ambiente informal mais divertido e amistoso, as funcionárias fizeram amizades e tornaram-se equipes e estabeleceram objetivos comuns.<br /><br />Terceira Fase da Experiência de Hawthorne:<br /><br />* Devido a diferença de comportamento dos grupos estudados, o rumo da pesquisa mudou de condições físicas de trabalho para estudo das relações humanas no trabalho.<br /><br />Conclusões da experiência de Hawthorne:<br /><br />* Nível de produção resultante da integração social;<br />* Comportamento social dos empregados;<br />* Recompensas e sanções sociais;<br />* Grupos informais;<br />* Relações Humanas;<br />* Importância do conteúdo do cargo;<br />* Ênfase nos aspectos emocionais;<br />* A empresa tem uma função econômica e social (interligadas). Conciliar o conflito entre os objetivos da empresa e o dos funcionários e da comunidade.<br /><br />Características da TRH:<br /><br />* Produtividade no trabalho: Segundo Elton Mayo é mais influenciada por incentivos psicológicos do que pelo ambiente físico. Assim, quanto mais integrado o grupo de trabalho , mais produtivo deverá ser o empregado;<br />* Comportamento grupal: As normas dos grupos influenciam no ambiente de trabalho com mais intensidade do que as normas da empresa. Neste sentido vale lembrar que “o mundo afetivo” do empregado consiste, também do apoio dos colegas;<br />* Motivação e incentivos: Na 3ª fase de Hawthorne constatou-se que o empregado preferia ganhar um salário menor em função da pressão previamente formulada pelo grupo informal do que produzir acima da produção padrão. Isso chama-se recompensa social ou não material. Estimulo ao trabalho em grupo, as decisões de consenso.<br /><br />Conseqüências da TRH:<br /><br />* O homo economicus passou a ser substituído pelo Homem Social;<br />* Motivação humana: sua influência sobre o moral e a atitude as pessoas;<br />* Experiência com Liderança e Comunicação;<br />* Organização Informal;<br />* Apreciação crítica;<br />* Natureza do homem social: Homens têm desejos, sentimentos e temores. O comportamento é uma conseqüência dos fatores motivacionais. As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos grupos sociais com quem interagem. O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de liderança e supervisão.<br /><br />Aspectos homem social:<br /><br />* Supervisor eficaz é aquele que possui habilidade p/ influenciar seus subordinados, obtendo lealdade, padrões elevados, de desempenho e alto compromisso com os objetivos da organização;<br />* As normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros;<br />* Os níveis de produção são controlados informalmente pelas normas implícitas do grupo.<br /><br />Influência da motivação humana<br /><br />O ser humano não é motivado por estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais.<br /><br />Teoria Clássica X TRH<br /><br />Abordagem básica:<br /><br />* Engenharia humana: adaptação do homem à máquina e vice-versa;<br />* Ciência Social aplicada: adaptação do homem à organização e vice-versa<br /><br />Modelo de Homem:<br /><br />* Econômico-racional: maximizador de vantagens financeiras;<br />* Racional-emocional: motivado por sentimentos e critérios “não racionais”.<br /><br />Comportamento do Individuo:<br /><br />* Animal isolado: reage como indivíduo;<br />* Animal social: carente de apoio e de participação grupal.<br /><br />Comportamento funcional do individuo:<br /><br />* Padronizáveis: O melhor caminho para todos;<br />* Não padronizáveis: diferenças individuais justificaram métodos deferentes.<br /><br />Incentivos:<br /><br />* Financeira (material): maior remuneração por maior produção;<br />* Psicológicos: apoio, elogio, consideração.<br /><br />Fadiga:<br /><br />* Fisiológica: estudo de tempos e movimentos, pausas de descanso;<br />* Psicológica: monotonia, rotina; ausência de criatividade; sub-utilização de aptidões;- programação excessiva.<br /><br />Apreciação crítica:<br /><br />* Oposição cerrada à Teoria Clássica;<br />* Inadequada visualização dos problemas das relações industriais;<br />* Concepção ingênua e romântica do operário;<br />* Limitação do campo experimental;<br />* Parcialidade das conclusões;<br />* Ênfase nos grupos informais;<br />* Enfoque manipulativo das relações humanas.<br /><br />Autor: Mariah T. N. PereiraAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-84913695602837473152008-05-05T14:18:00.000-03:002008-05-05T14:19:13.876-03:00As teorias de Henry Fayol<span id="contentDescription">A Teoria Clássica da Administração' foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios Princípios Básicos Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor: 1- Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. 2- Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. 3- Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. 4- Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 5-Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. 6-Prevalência dos interesses gerais - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. 7-Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. 8-Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. 9-Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 10-Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. 11-Eqüidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. 12-Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 13-Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. 14-Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. Considerações sobre a Teoria Clássica Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando. A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente. Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores. Esse foi um esboço básico sobre administração na visão de Fayol.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-33513469167058428522008-04-26T15:32:00.001-03:002008-04-26T15:33:12.388-03:00FREDERICK WINSLOW TAYLORFREDERICK WINSLOW TAYLOR<br />(Administração Científica - 1911)<br /><br />PRIMEIRO PERÍODO<br />Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima e das partes para o todo.<br />O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas) (1903) onde se preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário, através do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-Time Study).<br />Claude S. Geoge Jr., salienta em essência, o que procurou dizer em Shop Management foi que:<br /><br />1. O objetivo de uma boa Administração era pagar salários altos e ter custos unitários de produção.<br />2. Para realizar esse objetivo, a Administração tinha de aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.<br />3. Os empregados tinham de ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas.<br />4. Os empregados deviam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida.<br />5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação teria de ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.<br /><br /><br />SEGUNDO PERÍODO<br />O segundo período de Taylor corresponde à época da publicação de seu livro Princípios da Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser logicamente acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Nesse segundo período, desenvolveu os seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário.<br />Taylor assegurava que as indústrias que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:<br /><br />1. Vadiagem sistemática por parte dos operários, que reduziam propositadamente a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.<br />Há três causas determinantes da vadiagem no trabalho, que são:<br />— o erro que vem de época imemorial e quase universalmente disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da máquina terá como resultante o desemprego de grande número de operários;<br />— o sistema defeituoso da Administração, comumente em uso, que força os operários à ociosidade no trabalho, a fim de melhor proteger os seus interesses;<br />— os métodos empíricos ineficientes, geralmente utilizados em todas as empresas, com os quais o operário desperdiça grande parte do seu esforço e do seu tempo.<br />2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.<br />3. Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.<br /><br />De acordo com Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um certo período de tempo, para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões. Essa implantação requer um período de quatro a cinco anos para um progresso efetivo.<br /><br /><br />ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA<br />Para Taylor. os elementos da Administração Científica são:<br /><br />1. estudo de tempo e padrões de produção;<br />2. supervisão funcional;<br />3. padronização de ferramentas e instrumentos;<br />4. panejamento das tarefas;<br />5. o princípio da exceção;<br />6. a utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;<br />7. fichas de instruções de serviço;<br />8. a idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;<br />9. sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;<br />10. sistema de delineamento da rotina de trabalho.<br /><br /><br />ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO<br />A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).<br />Para Taylor, o operário não tem capacidade, nem formação, nem meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer racionalmente qual o método ou processo mais eficiente. Geralmente, o supervisor comum deixava ao arbítrio de cada operário a escolha do método ou processo para executar o seu trabalho, para encorajar sua iniciativa. Porém, com a Administração Cientifica ocorre uma repartição de responsabilidades: a administração (gerência) fica com o planejamento (estudo minucioso do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência contínua ao trabalhador durante a produção), e o trabalhador fica com a execução do trabalho, pura e simplesmente.<br /><br />PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR<br />Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir:<br /><br />1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento.<br />2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.<br />3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.<br />4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.<br /><br /><br /><br />CONCLUSÃO SOBRE TAYLOR<br />No início sua preocupação era tentar eliminar o desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade através de métodos e técnicas de engenharia. Ele utilizava técnicas que eram centradas do operário para a direção, através do estudo de tempos e movimentos, da fragmentação das tarefas e na especialização do trabalhador reestruturava a fabricação e com os conceitos de gratificações por produção incentivava o operário a produzir mais.<br />Só que não adiantava racionalizar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior.<br />Contudo a Administração Científica tinha diversos defeitos dentre eles: o mecanicismo de sua abordagem (teoria da máquina), a superescalização que robotiza o operário, a visão microscópica do homem tomando isoladamente e como parte da maquinaria industrial, a ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e princípios, a abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.<br />Mesmo assim, essas limitações e restrições não apagam o fato de que Administração Científica foi o primeiro passo concreto da Administração rumo a uma teoria administrativa Foi Taylor que implantou diversos conceitos que até hoje o utilizamos na Administração isso fica explícito no parágrafo de Administração Como Ciência.<br /><br />INTRODUÇÃO:<br />HENRI FAYOL<br />(Teoria Clássica Administrativa - 1916)<br />AS 6 FUNÇÕES BÁSICAS DA EMPRESA<br /><br />Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos:<br /><br />1. Funções Técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;<br />2. Funções Comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.<br />3. Funções Financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.<br />4. Funções de Segurança, relacionadas com a proteção e preservação de bens.<br />5. Funções Contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.<br />6. Funções Administrativas, relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas.<br /><br /><br />CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO<br />A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, as vezes, pode parecer que as funções administrativas estejam concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade.<br /><br />FUNÇÕES UNIVERSAIS DA ADMINISTRAÇÃO<br />1. Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação.<br />2. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa.<br />3. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo e alcançar o máximo retorno de todas os empregados no interesse dos aspectos globais.<br />4. Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu negócio e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.<br />5. Controle: Consiste na verificação para certificar se todas as coisas acorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência.<br />PRINCÍPIOS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO PARA FAYOL<br />1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.<br />2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambos devem estar equilibradas entre si.<br />3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.<br />4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.<br />5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.<br />6. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.<br />7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.<br />8. Centralização: refere-se a concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.<br />9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando.<br />10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.<br />11. Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.<br />12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo tanto melhor.<br />13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso.<br />14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização.<br /><br />A teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição das partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre as partes. Restringe-se apenas apenas aos aspectos da organização formal.<br />Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são analisadas de cima para baixo (da direção para execução) e do todo para as partes (da síntese para análise), exatamente ao contrário da abordagem da Administração Científica.<br /><br />ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA URWICK<br />1. investigação<br />2. previsão<br />3. planejamento<br />4. organização<br />5. coordenação<br />6. comando<br />7. controle<br /><br /><br />ELEMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PARA GULICK<br />1. planejamento (planning)<br />2. organização (organizing)<br />3. assessoria (staffing)<br />4. direção (directing)<br />5. coordenação (coordinating)<br />6. informação (reporting)<br />7. orçamento (budgeting)<br /><br />Nos elementos da Administração (POSDCORD), Gulick aumentara o planejamento, organização, comando e coordenação mencionados por Fayol. Porém, os elementos staffing, reporting e budgeting são aparentemente novos. Na realidade, a organização para Fayol implica a constituição de duplo organismo material e social da empresa, o que contém o staffing de Gulick. O reporting participa da previsão e do controle de Fayol, simultaneamente, porquanto a fase preliminar da previsão se assenta na pesquisa e documentação, e a fase do controle envolve a apresentação dos dados e relatórios para a autoridade superior. O budgeting, na concepção moderna, é um instrumento, tanto de planejamento e previsão, quanto de controle.<br /><br />CONCLUSÃO SOBRE FAYOL<br />As funções da empresa são repartidas em seis nas quais a Administrativas engloba as funções universais da Administração que são: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Essas funções também se estendem nas outras cinco esferas como uma técnica para estruturar a empresa.<br />Para Fayol a empresa é analisada em uma estrutura de cima para baixo.<br />Sua visão é mais gerencial com resultados finais na produção enquanto que a visão de Taylor é na produção e no operário para resultados na quantidade produtiva.<br />Fayol complementa a Administração Científica com a Teoria Clássica.<br />Nessa mesma linha de complementação estão Urwick e Gulick<br /><br />BIBLIOGRAFIA:<br />INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO<br />Idalberto Chiavento<br />Makron Books - 4a. ed.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-45659046740596501742008-04-26T13:38:00.000-03:002008-04-26T13:43:58.056-03:00Economia<p><br /><br />"Os conceitos sem os tipos são vazios.Os tipos sem conceitos são cegos."<br />Kant<br />Sumário: 1. Introdução: Internacionalização e Defesa da Concorrência; 2. Estruturas de mercado; 3. Conceito de mercado relevante na Lei n.º 8.884, de 11 de junho de 1994; 4. Método da análise econômica do direito; 5. Mercado Relevante: Análises Estática contraposta à Análise Dinâmica; 6. Conclusões; Bibliografia<br />1.Introdução: Internacionalização e Defesa da Concorrência<br />O fortalecimento do capital e a organização das primeiras indústrias, agrupadas em torno de pequenos grupos detentores de fatores de produção e de meios de financiamento, marca o surgimento do modelo capitalista. Tal concepção se fundava no poder econômico privado, na defesa da propriedade privada, na dominação dos meios de produção por uma minoria e encontrava respaldo na doutrina liberal do laisse faire laissez passez que propugnava a maior liberdade possível para o jogo das forças de mercado, demanda e oferta. Acreditava-se que a intervenção estatal era prejudicial ao perfeito movimento da economia de um país e o ideal seria a livre atuação do mercado, no qual interagiam, de um lado, consumidores afoitos por satisfazer suas necessidades e de outro, os produtores, ofertantes de produtos para aquele mercado de fatores. Os primeiros, pressionando por x quantidades de um determinado bem, forçariam naturalmente os produtores, que face à demanda crescente – e o provável lucro daí advindo - incrementariam em y unidades a produção total. Assim, todos estariam satisfeitos e o mercado estaria "em equilíbrio", na linguagem dos economistas, como se fora guiado por uma "mão invisível", segundo Adam Smith. Os economistas clássicos acreditavam que, se houvesse um mercado descompensado, no caso o mercado de trabalho, em que oferta (de trabalhadores) excedesse a procura (por trabalhadores), o preço em tal mercado cairia causando equilíbrio entre a oferta e procura. No caso do mercado de trabalho, isto implicaria uma queda dos salários nominais. Caindo estes, os empresários aumentariam a demanda por trabalhadores e, consequentemente, a produção. A garantia de que esta produção adicional seria adquirida pelos agentes econômicos era dada pela crença dos economista clássicos no funcionamento da Lei de Say. Esta lei, estatuída em termos simples, dizia que a oferta cria sua própria procura. Ou seja, no caso, os trabalhadores recém-empregados iriam utilizar a renda gerada na produção adicional para comprá-la. Tal concepção, porém, não prevaleceu por muito tempo. A crise na economia mundial detonada pelo crack da Bolsa de Nova York em 1929 veio trazer uma depressão sem precedentes nos Estados Unidos e Europa. Da patente fragilidade das relações de mercado, agregado à sua crescente complexidade, o Estado começou a ser demandado por uma maior presença no mercado, no sentido, de intervir e normatizar as práticas dos agentes econômicos.<br />A intervenção estatal no mercado não é nova, porém ganha uma concepção moderna. Não se requer mais um Estado liberalizante nem de "Bem Estar Social", muito menos um Estado de economia planificada. Todavia, é crescente a demanda por intervenção com o escopo de garantir a soberania econômica nacional, a propriedade privada e a livre concorrência.<br />O Brasil não difere neste processo histórico de intervenção no mercado, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos e Europa por volta de 1929. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 abre um capítulo especial para nortear os novos valores e princípios gerais econômicos. A Constituição inaugura os fundamentos da participação e da relação dos agentes econômicos no mercado, a chamada Constituição Econômica. Especialmente no artigo 170, enquanto fundadora do próprio Estado, lança o princípio-objetivo da livre concorrência. É dever-poder do Estado criar condições e instrumentos eficientes para materializar a livre concorrência de mercado no Brasil. É neste sentido que surge a Lei 8.884 de 11/06/94, a Lei Antitruste.<br />Uma vez que o mercado se mostrou ineficiente para ajustar suas distorções, ficou a cargo do Estado disciplinar e limitar a atuação dos agentes econômicos visando a garantir o bem estar social. No Brasil, o principal diploma legal de regulação do mercado é a Lei 8.884/94, a Lei Antitruste. Este documento legal cria o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica -, a SDE – Secretaria de Direito Econômico -, e institui as normas de infrações de mercado, o processo administrativo, o controle de atos que possam indicar práticas colusivas em detrimento do consumidor e do livre jogo das forças de mercado.<br />Todavia, o mundo dos fatos, às vezes, é por demais dinâmico e inovador que o ordenamento jurídico. As novas tecnologias, a desregulamentação e o processo de internacionalização exercem influência direta no dinamismo da economia. A globalização é fenômeno irreversível, entretanto carregada de problemas, marcada por volatilidade financeira, recessão, concentração do poder econômico e impasse nas negociações comerciais. "A globalização não é um tufão que não tenha cara ou perfil, mas uma atividade estratégica e neguentrópica de desorganização das economias nacionais, ainda não culturalmente alinhadas, para a conquista de novos mercados em modelos compatíveis com a otimização do Sistema Econômico Mundial (SEM), que tem suas raízes no Sistema Monetário Internacional (SMI), dos países que sustentam as hegemonias do capitalismo mundializador" (LEAL, Rosemiro Pereira). Há um debate na comunidade financeira internacional acerca do enriquecimento gradativo dos países que já são ricos em uma velocidade muito maior do que a melhoria da vida econômica e social dos países pobres, promovendo uma transferência de riquezas e recursos produtivos para as nações desenvolvidas num ritmo muito mais acelerado do que ocorria no passado. O próprio FMI – Fundo Monetário Internacional - órgão especializado da ONU (Organização das Nações Unidas) para supervisionar a política econômica de seus membros, pondo à sua disposição recursos financeiros para ajudar a reequilibrar suas balanças de pagamentos [01] – tem defendido a idéia de que os governos não podem, desprezar o combate à pobreza e que, se a globalização não for humanizada, a concentração do poder econômico em detrimento dos mais pobres só irá acirrar os efeitos perversos e a pauperização dos grupos menos favorecidos. Neste contexto e através do processo de internacionalização, as empresas nacionais se viram obrigadas a concorrerem inclusive em âmbito internacional. A sobrevivência das grandes empresas não mais está no domínio do mercado interno, faz-se necessário também a sua presença em outros países. Entretanto, no Brasil, a maioria das empresas nacionais não possuem capital nem recursos produtivos suficientes para se lançarem em âmbito internacional.<br />A alternativa encontrada pelos empresários brasileiros foi o processo de fusões e incorporações. Acreditam que somente uma mega-empresa brasileira poderá fazer frente ao capital e à concorrência internacional.<br />A Carta de Direitos e Deveres Econômicos dos Estados, prevista no artigo 6 da NOEI – Nova Ordem Econômica Internacional determina que "todo Estado tem a responsabilidade primordial de promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de seu povo. Para este efeito, cada Estado tem o direito e a responsabilidade de eleger seus objetivos e meios de desenvolvimento, de mobilizar e utilizar cabalmente seus recursos, de levar a cabo reformas econômicas e sociais progressivas e de assegurar a plena participação de seu povo no processo e nos benefícios do desenvolvimento"(artigo 7º),(grifo nosso) e, no artigo 8º dispõe que os Estados "devem cooperar para facilitar relações econômicas internacionais mais racionais e eqüitativas e para fomentar mudanças estruturais no contexto de uma economia mundial equilibrada, em harmonia com as necessidades e interesses de todos os países, em particular os países em desenvolvimento, e com esse propósito devem adotar medidas adequadas".<br />As políticas macroeconômicas se situam no campo de força de uma bipolaridade: de um lado, o dever primordial de promover o desenvolvimento econômico, social, cultural de seu povo; de outro, o dever também fundamental de cooperar para facilitar relações econômicas internacionais mais racionais e eqüitativas (FONSECA, João Bosco Leopoldino da). Estas disposições nada mais são do que a globalização, o processo de internacionalização das economias tratados em um plano concreto, corporificadas em um diploma legal que lhes dá respaldo. A implantação de mercados comuns, a criação de mercados cativos, dominados pelo capital internacional que controla os destinos monetários dos dominados completa a inserção de países em desenvolvimento no âmbito da mundialização da economia, inclusive em padrões ideológicos. Discute-se o posicionamento do Estado face à bipolarização citada: ou se prepondera a defesa da vida, saúde, segurança dos cidadãos, protegendo o consumidor ou se busca um mercado comum livre de barreiras.<br />Transpondo esta discussão para a perspectiva da defesa da concorrência, surge um confronto. Se de um lado o Estado deve preservar a livre concorrência, que no caso brasileiro é protegida pela Lei 8.884/94, a Lei Antitruste, temos também de outro lado, a necessidade de sobrevivência das empresas nacionais e, por conseqüência, a manutenção de milhares de empregos.<br />O impasse ocorre justamente frente à necessidade do Estado limitar as distorções e abusos de mercado que são consequência do confronto com a exigência das empresas nacionais de concorrerem internacionalmente. No afã de conquistar mercados muitas delas não se intimidam em lançar mão de políticas no sentido de limitar mercados, abaixar os preços aquém dos custos variáveis [02], de modo a reduzir seus lucros temporariamente, eliminando, assim, a concorrência, para depois, detendo quase exclusividade de mercado, voltar a praticar os preços mais altos.<br />Formas variadas de burlar a livre concorrência podem ser adotadas por grandes firmas dispostas a crescer e a dominar mercados nacionais e internacionais - Dumpings, Joint-ventures, Trade-offs e outras práticas concertadas - e certamente serão implementadas caso não exista uma legislação específica para coibí-las.<br />No caso brasileiro, o processo de concentração de empresas é regulamentado pela Lei 8.884/94 que tipificou as hipóteses de monopólio que configuram situações de abusividade. É interessante notar que nem todas as concentrações implicarão em práticas abusivas. O art. 54 da Lei Antitruste elenca algumas possibilidades deste tipo e, desde que aumentem a produtividade, melhorem a qualidade de bens ou serviços e propiciem a eficiência e o desenvolvimento tecnológico ou econômico, os atos de concentração poderão ser autorizados pelo CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Para que haja tipificação de monopólio prejudicial à livre concorrência é essencial a caracterização de domínio de posição dominante conjugado com abusividade.<br />Outro conflito enfrentado pela Lei Antitruste está em duas metas aneladas pelo empresariado nacional, aparentemente contraditórias. Por um lado, a preservação do mercado interno, por outro, a expansão dos negócios para além das fronteiras brasileiras, lançando-se à concorrência internacional, no âmbito do processo de internacionalização. É o confronto do Estado, materializado pela norma positivada, ou seja, a Lei Antitruste, com a exigência de sobrevivência do empresariado. Em última análise é o conflito entre Estado e capital.<br />2.Estruturas de mercado.<br />O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. A ciência econômica classifica os mercados em 6 (seis) formas, quais sejam:<br />1.Concorrência Perfeita;<br />2.Monopólio;<br />3.Oligopólio;<br />4.Monopsônio;<br />5.Oligopsônio;<br />6.Concorrência Monopolística.<br />A primeira delas, o mercado de concorrência perfeita é estudado somente com o intuito de funcionar como paradigma para a análise de outros tipos de mercado. Trata-se de um mercado ideal, um referencial. É caracterizado pela existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores (mercado atomizado), de maneira que, individualmente, pouco representam no total do mercado. Além disso, pressupõe-se que é transacionado um produto homogêneo, todas as firmas produzem bens idênticos, sem nenhuma diferenciação e há livre entrada e saída de empresas do mercado. Isto significa que qualquer empresa pode entrar ou sair do mercado quando quiser, sem sofrer restrições das demais concorrentes, tais como práticas desleais de preços e associações de produtores visando impedir a entrada de empresas novas. Existe perfeito conhecimento pelos compradores e vendedores de tudo o que ocorre no mercado, havendo total transparência quanto a inovações tecnológicas.<br />A procura e a oferta desempenham papel fundamental para a determinação dos preços e a quantidade dos produtos e serviços que serão oferecidos, que, por sua vez, fornecem informação para que os consumidores façam suas escolhas. Contudo, ao contrário do pensamento neoclássico, já ficou demonstrado o desconhecimento das condições de demanda, pela ignorância das "preferências dos consumidores" e – mais importante – pela impossibilidade de prever com um mínimo de exatidão, quais serão as reações dos concorrentes a uma alteração no preço. Este resultado aponta de maneira eloqüente o papel secundário das condições da demanda na formação de preços em condições aproximadas ao oligopólio. A demanda terá influência sobre o nível de produção escolhido da empresa, mas este não pode reagir instantaneamente, porque as modificações na programação do volume de produção tomam tempo e despesa; assim, as variações nos estoques de produtos e<br />pedidos acumulados atuam ao mesmo tempo como "amortecedores" dos efeitos dos desajustes da produção à demanda sem afetar a estrutura de preços, e como mecanismo de feedback para orientar o planejamento da produção por intermédio da previsão do comportamento futuro da demanda.<br />Finalizando, há perfeita mobilidade dos fatores de produção – mão-de-obra, insumos utilizados na produção – que podem ser facilmente deslocados da fabricação de uma mercadoria para outra.<br />O monopólio, por sua vez, é aquele mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. Será um monopólio legal quando a primazia no mercado lhe é assegurada por lei. Ocorre o monopólio técnico quando a produção através de única empresa é a forma mais barata de fabricação do produto.<br />Quando existir um pequeno número de vendedores onde uma parcela restrita destes domina a maior parte do mercado estará configurado um oligopólio, a exemplo da indústria automobilística e a indústria de bebidas. O poder exercido pelas grandes firmas dominantes inibe a entrada de novas empresas no oligopólio.<br />Uma estrutura de mercado com apenas um comprador caracteriza o monopsônio. É o caso de uma região onde há um número expressivo de pequenos produtores de leite e apenas uma grande usina na qual este leite pode ser pasteurizado. A usina poderá impor preços para a compra do leite.<br />O oligopsônio será observado sempre que uma pequena parte do número de compradores (não importando o tamanho do grupo) é responsável por uma parcela bastante significativa das compras ocorridas no mercado. A indústria automobilística, constituída por um pequeno número de empresas, exerce um poder oligopsonista em relação à indústria de autopeças.<br />Finalmente, a concorrência monopolística refere-se a um mercado com grande número de produtores - portanto é um mercado concorrencial -, cada um deles agindo como um monopolista de seu produto, pois há diferenciação. Assim, características tais como qualidade, marca, padrão de acabamento são importantes.<br />3.Conceito de mercado relevante na Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994.<br />Definir um conceito em Direito é um problema de natureza teórica, mas também prática. A proposta de um conceito envolve o seu conhecimento, mas este conhecimento tem sempre uma repercussão na própria vida jurídica.<br />Analisando a Lei 8884/94 constata-se que um dos conceitos mais trabalhados pelo legislador é o de mercado relevante. Todavia, a Lei não traz em seu corpo normativo a definição deste. Trata-se, portanto, de um conceito em aberto que caberá ao aplicador da lei construir. O legislador inaugura um dilema e deixa a pergunta sobre o real sentido de mercado relevante. Caberá aos estudiosos do Direito Econômico esta perquirição para que venham a aplicar a norma. É importante ver todo o texto legal referente à matéria, para que se tenha uma percepção contextual sobre o assunto. Em várias dispositivos a norma faz menção ao conceito, senão vejamos:<br />Art. 14. Compete à SDE:<br />Omissis<br />II - acompanhar, permanentemente, as atividades e práticas comerciais de pessoas físicas ou jurídicas que detiverem posição dominante em mercado relevante;<br />Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados:<br />Omissis<br />II - dominar mercado relevante de bens ou serviços;<br />Omissis<br />§ 2º. Ocorre posição dominante quando uma empresa ou grupo de empresas controla parcela substancial de mercado relevante como fornecedor, intermediário, adquirente ou financiador de um produto, serviço ou tecnologia a ele relativa.<br />§ 3º. A posição dominante a que se refere o parágrafo anterior é presumida quando a empresa ou grupo de empresas controla 20% (vinte por cento) de mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo CADE para setores específicos da economia.<br />Art. 54 - Os atos, sob qualquer forma manifestados, que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou serviços, deverão ser submetidos à apreciação do CADE.<br />§ 1º - O CADE poderá autorizar os atos a que se refere o caput, desde que atenda as seguintes condições:<br />Omissis<br />III-não impliquem eliminação da concorrência de parte substancial de mercado relevante de bens e serviços.<br />O conceito de mercado relevante é uma das peças centrais da moderna teoria de defesa da concorrência. Constitui o ponto de partida da análise das autoridades antitruste no que tange à avaliação do escopo dos problemas concorrenciais no âmbito tanto de atos de concentração como de processos envolvendo abuso de posição dominante.<br />Como primeira aproximação, descrever o mercado relevante implica responder à seguinte questão: quem são e onde estão localizados os concorrentes que determinado empresário considera quando fixa seus preços. Ou seja, quem são os agentes que determinado empresário observa como seus concorrentes, influenciando ou constrangendo, portanto, sua política de preços [03]. No caso de um ato de concentração, o mercado relevante é próprio apenas àquelas empresas que estão se juntando. No caso de abuso de posição dominante, o mercado relevante é específico àquela empresa na qual recaem as acusações.<br />Contudo, a Lei nº 8.884/94 não nos explica de maneira clara o que vem a ser "mercado relevante", deixando para o seu aplicador a tarefa de buscar e concretizar o sentido ali contido. Depende, pois, sua exeqüibilidade do complemento de outras normas jurídicas, procedentes de outra instância legislativa. Neste caso, inexiste outro diploma a regular as concentrações que melhor explicite o conceito de "mercado relevante".<br />No atual estado de direito o paradigma positivista de sujeição à literalidade da lei já não prevalece mais. Existem pluralidade de situações fáticas inseridas em circunstâncias altamente dinâmicas e que precisam ser regulamentadas, a função normativa da lei tem que determinar-se e adequar-se a elas. Assim, a função normativa do direito é regular os comportamentos dos cidadãos, sendo fundamental a compreensão interpretativa da norma.<br />A teoria hermenêutica jurídica de Gadamer explicita este fenômeno, desenvolvendo a idéia de um processo interpretativo e aplicativo na criação da lei.<br />Contrapondo-se veementemente à Dogmática Jurídica, Gadamer propõe uma hermenêutica universal, onde a compreensão, a interpretação e a aplicação são indivisíveis. Primeiramente, o operador jurídico irá interpretar a lei para só então aplicar o direito, pois deve em primeiro lugar compreender a norma. Tal compreensão, contudo, precisa ser exercitada em um caso concreto, pois é neste momento que se entende o sentido da norma e se conhece o fundamento de sua validade. Dessa forma, cada situação que se apresenta, está inserida em um determinado contexto histórico, econômico e social, donde se conclui que a aplicação da norma dependerá de uma interpretação à luz de sua historicidade e dos conceitos prevalentes na sociedade deste tempo.<br />Em sentido contrário, no século XIX, a Escola Dogmática, principalmente a da jurisprudência dos conceitos, trabalhava buscando na norma o seu real significado.<br />Constata-se, portanto, que a discussão sobre a importância dos conceitos para a aplicação da norma é uma questão presente ao longo da história da Ciência do Direito.<br />Tércio Sampaio faz alusão a uma exemplo histórico. "Sócrates estava sentado à porta de sua casa. Neste momento, passa um homem correndo e atrás dele vem um grupo de soldados. Um dos soldados então grita: agarre esse sujeito, ele é um ladrão! Ao que responde Sócrates: que você entende por "ladrão"?<br />Observa-se que há dois enfoques em questão: a "solução" dada e o "questionamento prévio". As duas abordagens estão relacionadas, entretanto as conseqüências são diferentes. No primeiro caso temos um enfoque dogmático, no segundo, uma abordagem zetética. Ambos os prismas não se excluem, mas sua diferença é importante.<br />O enfoque dogmático tem o escopo de opinar. Já o prisma zetético decompõe as opiniões colocando-as em dúvida. Por isso, o enfoque zetético visa a saber o que é uma coisa, ou seja, o ser. Por outro lado, a dogmática se preocupa em direcionar uma decisão e nortear uma conduta, ou seja, o dever-ser. A investigação zetética é "aberta", porque suas premissas são mais flexíveis. Já a dogmática é "fechada", pois está presa a conceitos fixados, obrigando-se a interpretação capaz de conformar os problemas às premissas. O aplicador do Direito, ao utilizar a zetética jurídica, o faz também com auxílio de outras ciências, por exemplo, a economia. Enquanto dogmaticamente, ater-se-ia somente às disciplinas dogmáticas do Direito, por exemplo, o Direito Econômico.<br />A perfeita aplicação da norma e dos conceitos nela contidos depende de uma integração das investigações zetéticas e dogmáticas.<br />Conclui-se, portanto, que a solução para deslindar a questão do conceitualismo de "mercado relevante" está no estudo de estruturas conhecidas da Ciência Econômica, especialmente quando se vale da noção do estático contraposto ao dinâmico, como veremos adiante. Isto ocorre porque a legislação antitruste recebe valores econômicos e disciplina relações complexas que englobam a produção, distribuição e circulação de mercadorias – a razão de ser da Economia -, sujeitando-as às suas próprias estruturas e fins, tornando relações dinâmicas e em constante mutação em relações jurídicas, na medida e enquanto os integra em seu ordenamento jurídico.<br />Se, por exemplo, tomarmos a relação preço/custo direto unitário no curto prazo, observaremos certos comportamentos no mercado e na produção. Esta é fixa, a princípio, pois não se pode alterar o nível de produção em curto espaço de tempo. Os fatores de produção como a mão-de-obra, matérias-primas, tamanho da fábrica são fixos. Por outro lado, no longo prazo isso será possível porque o empresário poderá planejar o volume de produção que almeja nos próximos anos e seguir alterando suas metas de acordo com a resposta do mercado e com o comportamento de seus concorrentes. Poderá, então, reduzir a planta de sua fábrica e diminuir o contingente de trabalhadores, caso a taxa de lucro não esteja satisfatória ou se o concorrente estiver praticando um preço menor e conquistando parcelas de seu mercado. Algumas vezes poderão surgir estruturas de mercado conhecidas como oligopólios. Eles aparecem quando um pequeno grupo de fortes firmas resolve se unir, fazer "acordos" ou conluios e negociar suas posições a fim de permitir a coexistência pacífica de todas, concordando, talvez, em abrir mão de parte do lucro. Nem sempre estes acordos poderão ser prejudiciais ao consumidor. O CADE poderá autorizar estes atos econômicos desde que tenham por objetivo aumentar a produtividade, melhorar a qualidade de bens ou serviços ou propiciar eficiência e o desenvolvimento tecnológico ou econômico, distribuindo eqüitativamente os benefícios aos consumidores e não promovendo a eliminação da concorrência (Lei n.º 8.884/94, art. 54 1º -I ).<br />A autorização do CADE para a realização de atos e contratos que acarretem ou possam acarretar limitação ou prejuízo à concorrência, ou que deles resulte ou possa resultar dominação de mercado relevante de bens ou serviços, poderá ficar condicionada à assinatura de Compromisso de Desempenho como forma de assegurar o cumprimento de eficiências econômicas, aí compreendidas não só as alegadas pelas empresas requerentes, como também aquelas julgadas necessárias pelo órgão público, notadamente no que se refere à sua partilha com a sociedade.<br />Nesse sentido bem considerou Neide Malard, no seguinte voto: "Ainda que a lei tenha fixado os pressupostos fáticos, não se trata de poder vinculado, posto que o Colegiado não se limita à constatação daqueles para aplicar-lhes a hipótese legal. A atuação do CADE não se dá de forma automática, de vez que o conteúdo dos pressupostos fáticos foi delineado por conceitos imprecisos. Cabe, pois, ao CADE fixar-lhes o sentido no caso concreto: qual o grau de eficiência ou de melhoramento da qualidade de um produto ou de um serviço a justificar a formação de um monopólio; as condições econômicas em que uma certa transação pode ser considerada necessária, por motivos preponderantes para a economia nacional; a parte substancial de cada mercado relevante geográfico ou de produto em que a concorrência não poderia ser eliminada; os limites que seriam estritamente necessários para se atingir os objetivos visados na transação; o que poderia ser considerado beneficio para o consumidor e em que proporções seria ele considerado eqüitativo para o fabricante e para o consumidor."<br />Por outro lado, o próprio estágio incipiente no qual se encontra a harmonização dessas políticas isoladamente sugere que ainda é prematuro pensar em uma harmonização conjunta das mesmas no âmbito da OMC. De qualquer forma, há um sentimento geral de que o progressivo processo de integração regional, dentro do qual se harmonizam políticas de concorrência e defesa comercial, deve ser complementado também por uma maior sintonia entre as duas, que deverá ocorrer em paralelo. Isso envolve harmonização burocrática e também conceitual, dado que os instrumentos de análise entre os dois tipos de ação de Estado, a despeito das semelhanças, apresentam significativas diferenças, sintetizadas a seguir:<br />As autoridades de defesa comercial não utilizam o conceito de mercado relevante. A tendência é serem as regras utilizadas na defesa comercial mais restritivas na caracterização de substituibilidade entre bens, tornando os mercados considerados mais estreitos;<br />O que implica que, mesmo um aumento de preço "pequeno, mas significativo e não transitório" tal como descrito na definição de mercado relevante das Merger Guidelines americanas (1992) não será suficiente para atrair concorrentes de outros países ou do próprio país que constitui o mercado de exportação americano.<br />A absorção do mercado relevante impõe o exame da existência, em determinada área geográfica, de determinados produtos ou serviços que possam ser substituídos por outros, de sorte a que se atenda integralmente às necessidades a que se dirigem (MALARD, Neide Teresinha. Integração de empresas: concentração, eficiência e controle. Arquivos do Ministério da Justiça. Brasília, v. 48, n. 185, p. 220, jan/ jun 1995).<br />De acordo com Neide Malard, tais circunstâncias se comprovam tendo em vista os seguintes elementos fáticos: estrutura e desempenho do mercado. A estrutura diria respeito à existência de barreiras à entrada de novos competidores oriundas de vantagens que permitam à empresa dominante fruir de custos de produção ou distribuição menores que os dos demais contendores, facilidades de acesso de capital, vantagens resultantes da diferenciação de produtos, integração vertical da empresa e seu avanço tecnológico. Já o desempenho toca às relações custo/preço, respostas da demanda, introdução de tecnologia, investimentos de indústria. Tais elementos são antecedentes lógicos da verificação da absorção do mercado relevante (Op. cit. p. 216).<br />Entretanto, a caracterização de uma prática infrativa à legislação supra referida não se dá isoladamente, sendo imprescindível a definição de mercado relevante. Só a partir de sua delimitação, embora virtual, podem ser identificados o objeto e/ou os efeitos dos atos ou fatos e a aptidão dos agentes em produzi-los, o que se constitui em peça-chave não só do controle das estruturas de mercado, como, também, da configuração da (ir)razoabilidade da conduta.<br />Tem-se, como mercado relevante, o espaço efetivo da concorrência, nas clássicas dimensões geográfica e de produto. [04]<br />A legislação da Comissão Européia define mercado relevante, nos seus dois aspectos, produto e geográfico, considerando mercado relevante de produto, aquele que abrange todos os produtos tidos como intercambiáveis ou substituíveis pelo consumidor, por suas características próprias, seus preços e o uso pretendido; e, considera mercado relevante geográfico aquela área na qual as empresas interessadas estão atuando na oferta e demanda dos produtos ou serviços, em condições de concorrência suficientemente homogêneas e claramente distinguíveis em suas diferenças das áreas vizinhas.<br />4.Método da análise econômica do direito.<br />As questões envolvidas nas relações de mercado, e mais particularmente as questões relativas à concentração, ao poder econômico e ao abuso deste poder, não podem ser resolvidas somente com base na legislação, através de critérios meramente jurídicos. Para a viabilização dessa escolha não bastam os instrumentos jurídicos; deve intervir também a economia como ciência da escolha racional. Nas relações de mercado, e principalmente no momento de decidir se vale a pena permitir atos de concentração, deverá o órgão julgador adotar o método da análise econômica do direito, para verificar se os ganhos obtidos com a concentração superam os benefícios obtidos com a adoção de rígidos controles antitruste.<br />Ao analisar as relações de mercado e sua disposição para estabelecer os preços, a análise econômica deve levar em conta alguns elementos importantes:<br />1.o número de vendedores no mercado.<br />2.a homogeneidade do produto.<br />3.a elasticidade da demanda relativamente ao preço [05].<br />4.a possibilidade de entrar no mercado.<br />5.situação do mercado: em crescimento, em declínio ou em estabilidade.<br />5.Mercado Relevante: Análises Estática contraposta à Análise Dinâmica.<br />O exercício de definição do mercado relevante consiste em responder a duas questões: 1) Quem são os concorrentes, o que significa definir todos os produtores (ou fornecedores de serviços) de bens substitutos próximos que ameacem aquele empresário, configurando o chamado mercado relevante de produto. 2) Onde estão os concorrentes, o que envolve definir a abrangência da localização física desses concorrentes, o que define o chamado mercado relevante geográfico.<br />Um dos principais indicadores que têm sido utilizados pelas autoridades antitrustes para construir o mercado relevante tanto nos Estados Unidos da América como no Brasil, e que tende a ser considerado próprio a uma análise estática, são os preços relativos de dois produtos. Um elevado diferencial sinalizaria menor probabilidade de um pertencer ao mesmo mercado relevante de outro [06]. Em outras palavras, se a firma 1 vende seu produto por um preço bem mais baixo que a firma 2, em uma mesma área geográfica, significaria dizer que há fraca probabilidade de participarem de um idêntico mercado relevante.<br />Os potenciais efeitos de atos de concentração, onde uma análise dinâmica parece ser mais pertinente ou os impactos de condutas anticompetitivas, onde uma abordagem estática pode ser a mais apropriada. Isso ocorre porque há motivações diferentes em cada tipo de análise. No caso de atos de concentração, examina-se quais as implicações potenciais do aumento de poder de mercado da nova empresa. No caso de condutas anticompetitivas examinam-se quais as implicações efetivas de um determinado poder de mercado de uma empresa.<br />Como uma análise dinâmica é mais apropriada para o estudo de atos de concentração que uma estática, conclui-se que quanto maiores os preços absolutos e relativos das firmas candidatas a integrar o mercado relevante de uma determinada firma, maior o mercado relevante e, por conseguinte, mais rigorosa a análise dos possíveis efeitos anticoncorrenciais daquela operação de fusão.<br />Como já explicitado, os resultados obtidos implicam uma definição estática de mercado relevante. Em uma análise mais dinâmica, o importante será analisar as elasticidades preço e elasticidade preço-cruzada [07] da demanda. Ou seja, cabe avaliar a sensibilidade da demanda da firma 1 em relação aos preços da firma 2 e vice-versa e em relação ao próprio preço em um mercado com a presença da firma 2. Além disso, a autoridade antitruste pode exigir que a presença da firma 2 constranja de forma suficientemente grande a variação de preços da firma 1 para que aquela possa ser considerada no mercado relevante dessa. Ou seja, pode exigir que a diferença entre as elasticidades-preço da firma 1 com e sem a presença de 2 seja suficientemente grande.<br />É necessário buscar um conceito que melhor esclareça a idéia do sentido "estático" e "dinâmico" no estudo das estruturas de mercado. Para tanto, o aplicador da lei deverá socorrer-se de definições oriundas da ciência econômica.<br />A Federal Trade Commission (FTC), órgão responsável pela política antitruste norte-americana nos moldes do CADE brasileiro elaborou um documento no qual traz definições conceituais sobre os mercados relevantes de produto e geográfico, na acepção estática e dinâmica:<br />Mercado Relevante de Produto(Estático)<br />"Um mercado relevante de produto compreende todos aqueles produtos e/ou serviços que são considerados como intercambiáveis ou substituíveis pelo consumidor, por causa das suas características, de seus preços e de seus possíveis usos."<br />Mercado Relevante Geográfico(Estático)<br />"O mercado relevante geográfico compreende a área na qual os empreendimentos/empresas interessadas estão envolvidos na oferta e demanda de produtos ou serviços, área na qual as condições de competição são suficientemente homogêneas e a qual possa ser distinguida de outras áreas circunvizinhas justamente porque as condições de competição são apreciavelmente diferentes nessas áreas."<br />Mercado Relevante de Produto(Dinâmica)<br />"O grupo econômico começará experimentando um produto (limitadamente definido) elaborado ou vendido por cada uma das empresas que se fundem, imaginando uma hipótese onde um monopolista daquele produto imponha um pequeno, mas significante aumento no preço de forma consistente. O volume das vendas de todos os outros produtos permanecem constante. Se, como resposta ao aumento do preço, a redução nas vendas do produto for tão grande a ponto do monopolista não considerar mais lucrativo impor tal acréscimo, então o conglomerado econômico irá adicionar ao grupo do produto aquele que é o melhor substituto para o produto da nova firma que se funde."<br />Mercado Relevante Geográfico (Dinâmica)<br />O conceito de mercado relevante com base na limitação geográfica também parte de um modelo hipotético. O grupo econômico será considerado no seu todo e, ainda, em partes, ou seja, suas empresas individualmente. Senão vejamos.<br />As pretensas empresas que irão se fundir lançarão mão de um modelo hipotético com base na limitação geográfica. Imaginar-se-á uma única empresa que exerça o monopólio em uma dada localidade. Este monopolista irá elevar o preço de apenas um único produto-chave, enquanto nas outras localidades este preço permanece constante, e observará o resultado gerado no consumo deste bem. Se ocorrer uma drástica redução na demanda deste produto-chave nesta localidade, o hipotético monopolista irá desistir de praticar tais preços por não ser mais lucrativo para ele. Então, neste caso, o conglomerado irá deslocar a produção da localidade que tenha o melhor substituto para a produção da localidade da firma fundente.<br />Os potenciais efeitos de atos de concentração, onde uma análise dinâmica parece ser mais pertinente ou os impactos de condutas anticompetitivas, onde uma abordagem estática pode ser a mais apropriada.<br />É interessante observar que a definição de mercado relevante será sempre ligada a um agente econômico ou grupo de agentes em particular.<br />Por outro lado, a perda de consumidores da firma 1 para 2 deve ser suficientemente grande, para que as duas estejam no mesmo mercado relevante. Quanto maior o número de firmas integrantes do mercado relevante de duas firmas que se concentram [08], menor será, em média, o dano presumível para a concorrência daquela fusão.<br />6.Conclusões.<br />As principais conclusões desse trabalho, inclusive no que tange às necessárias reflexões para a aplicação adequada do conceito de mercado relevante no caso do Brasil são as seguintes:</p><p><br />1.Apesar da Lei Antitruste propugnar uma maior distribuição do bem-estar do consumidor, estendendo a todos os ganhos de escala e os benefícios da inovação tecnológica, os empresários estão realmente preocupados com o "grau de monopólio", com a relação preço/custo direto unitário que é o mesmo que margem de lucro. Eles não estão preocupados com a socialização dos benefícios. Colocam em seu planejamento esta roupagem para obterem o aval da lei, para cumprirem uma disposição legal, sem a qual, a concentração será vetada;</p><p><br />2.Quando se está utilizando uma análise estática, quanto maiores os preços absolutos, menor o mercado relevante. Como uma análise estática pode ser a mais apropriada para o estudo de condutas abusivas que uma dinâmica, conclui-se que quanto maiores os preços correntes da firma suspeita, menor o mercado relevante e, por conseguinte, mais rigorosa a análise antitruste no sentido de definir a capacidade daquela em empreender comportamentos anticoncorrenciais;</p><p><br />3.Quando se está utilizando uma análise dinâmica, quanto maiores os preços absolutos e relativos das firmas candidatas a integrarem o mercado relevante de uma determinada firma no modelo de cidade linear, maior o mercado relevante. Como uma análise dinâmica é mais apropriada para o estudo de atos de concentração que uma estática, conclui-se que quanto maiores os preços absolutos e relativos das firmas candidatas a integrar o mercado relevante de uma determinada firma, maior o mercado relevante e, por conseguinte, mais rigorosa a análise dos presumíveis efeitos anticoncorrenciais daquela operação de fusão;</p><p><br />4.O mercado relevante também depende dos parâmetros fixados, explícita ou implicitamente, pela autoridade antitruste.</p><p><br />5.É necessário ao aplicador da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994 ( Lei Antitruste brasileira) o conhecimento e manejo de conceitos da ciência econômica para se interpretar a acepção do termo "mercado relevante", sob pena de não se atender ao espírito da lei. O Direito recebe valores econômicos que representam o conteúdo dos atos humanos e os transpõe para a lei, sujeitando-os às suas próprias estruturas e fins, tornando-os, assim, jurídicos na medida e enquanto os integra em seu ordenamento (REALE, Miguel). Converte a realidade econômica em estruturas jurídicas para lhe dar condições de realizabilidade garantida, em harmonia com os demais valores sociais. Para que a legislação antitruste atenda a seus objetivos e por ser a decisão do CADE – Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência, eminentemente técnica, o estudioso do Direito Econômico precisará socorrer-se de outras ciências como a Economia, para complementar aqueles conceitos "abertos" mencionados en passant na lei e que são atinentes a este campo do conhecimento humano.</p><p><br />Notas<br />01 SILVA, Roberto Luiz. Direito Internacional Público. Ed. Inédita. Belo Horizonte – 1999. Pg.: 208 e Seg.<br />02 Custos variáveis: são os custos atribuíveis diretamente aos produtos e que são supostos variar proporcionalmente ao nível de produção num intervalo relevante. São, por exemplo, os gastos com as matérias-primas e com a mão-de-obra empregada diretamente na produção.<br />03 A análise de mercado relevante recai, com grande frequência, na concorrência via preços. No entanto, a análise pode ser estendida também para outros tipos de concorrência como a procedida via qualidade.</p><p>04 Alguns autores identificam uma dimensão temporal. Entre eles, DEL CHIARO, José. Mercado Relevante e concorrência. Revista de Direito Econômico. Brasília, n.º 21, out./dez. 1995.<br />05 Na teoria econômica, o termo elasticidade significa sensibilidade. Assim, em economia, quando se afirma que a demanda do bem X é elástica em relação a seu preço, o que se pretende dizer é que os consumidores do bem X são sensíveis a alterações de seu preço; caso este aumente, por exemplo, os consumidores diminuirão de forma significativa a quantidade procurada do bem X.<br />06 Recente documento da FTC – Federal Trade Comission - constata a importância dos preços relativos na delimitação de mercado relevante: "The Commission has sometimes looked into price differences when analysing substitutability, in the sense that the existence of large price differences between two products for a large period of time would not be consistent with the notion of demand substitutability".<br />07 A elasticidade-cruzada da demanda mede a sensibilidade da demanda do bem X a variações nos preços de outros bens (Preço de Z).Se o valor absoluto da elasticidade-cruzada é maior que um, logo, a demanda de X é elástica em relação ao preço de Z.<br />Assim: Elasticidade-cruzada = variação % da quantidade procurada do bem X variação % do preço do bem Z<br />08 Em nosso exercício ambas se tornam uma firma só, denominada de firma 1.<br />Bibliografia<br />FERRAZ Jr., Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Editora Atlas, 2ª edição 1996.<br />FONSECA, João Bosco Leopoldino da. Direito Econômico. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1995.<br />___________. Admissibilidade de atos que limitam a concorrência. Fórum Permanente da Concorrência- FPC.<br />___________. Mercosul: Defesa da Concorrência e Proteção do Consumidor. Caderno de Debates PLURAL: Globalização e Pós-modernidade. Volume 12/Outubro/99, páginas 51 a 63. Belo Horizonte: FUMEC.<br />GADAMER, Hans-Georg. Verdad y Método: fundamentos de una hermenéutica filosófica. Tradução de Ana Agud Aparicio e Rafael de Agapito. 4ta. Ed. Salamanca: Síquene, 1991.<br />JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. 1º Volume – Parte Geral. São Paulo: Editora Saraiva.21ª edição. 1998.<br />LEAL, Rosemiro Pereira. A Casualidade Ilusória da Globalização. Caderno de Debates PLURAL: Globalização e Pós-modernidade. Volume 12/Outubro/99, páginas 82 a 88. Belo Horizonte: FUMEC.<br />MATTOS, César. Mercado Relevante na Análise Antitruste: uma aplicação do Modelo da Cidade Linear – CADE: Texto para discussão nº 09 – Fórum Permanente da Concorrência- FPC.<br />NASCIMENTO, Cynthia e KLAJMIC, Magali. Compromisso de Desempenho: uma Abordagem Introdutória.<br />POSSAS, Mário Luiz. Estruturas de Mercado em Oligopólio. São Paulo: Editora Hucitec. 1985.<br />REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. São Paulo: Ed. Saraiva. 22ª edição 1995.<br />SILVA, Roberto Luiz. Direito Internacional Público Resumido. Belo Horizonte: Ed. Inédita. 1999.<br />VICECONTI, Paulo E. Vilchez e NEVES, Silvério das. Introdução à Economia. São Paulo: Frase Editora. 2ª edição. 1997.</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-68402187605729618812008-04-26T13:30:00.000-03:002008-04-26T13:34:08.249-03:00MonopsônioEm economia, monopsônio é uma forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um vendedor e vários compradores. O termo foi introduzido por Joan Robinson.Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus ganhos dependem da elasticidade da oferta. Esta condição também pode ser encontrada em mercados com mais de um comprador. Nesse caso, chamamos o mercado de oligopsônio.Em microeconomia, monopsonistas e oligopsonistas são assumidos como empresas maximizadoras de lucros e levam a falhas de mercado, devido a restrição de quantidade adquirida, que é uma situação pior do que o ótimo de Pareto que existiria em competição perfeita.Tradicionalmente, a microeconomia assumia que tal problema era pouco relevante, ignorando-o então em seus modelos. Porém, uma exceção importante foi observada no século XIX. Nesta época, haviam muitas pequenas cidades com centros de mineração, onde havia apenas um empregador (comprador de força de trabalho, ou seja, a mineradora) para quase toda a população (vendedor). Cada vez mais exemplos são encontrados hoje em dia, principalmente no mercado de trabalho.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-44833105937885794612008-04-26T13:20:00.000-03:002008-04-26T13:27:16.598-03:00Monopólio.Oligopólio,concorrencia perfeita e imperfeita ,etc...<span style="color:#ff0000;">Introdução</span><br /><br />No âmbito da disciplina de Economia A, na realização do meu trabalho individual de pesquisa, optei por escolher o tema “A Concorrência”, visto tratar-se de uma tema que não foi muito intensamente abordado nas aulas da disciplina, mas que, no entanto, me despertou bastante curiosidade em saber um pouco mais sobre este fenómeno que, na economia moderna, é a base dos mecanismos de mercado.<br />Ao longo deste trabalho, vou começar por fazer uma alusão à natureza do conceito, bem como ao seu significado, tanto em termos económicos como em termos quotidianos. De seguida, aprofundarei um pouco mais o tema, falando dos vários tipos de estrutura de mercado, como por exemplo a concorrência perfeita e a concorrência imperfeita, de onde se destaca a concorrência monopolística, o monopólio e o oligopólio.<br />Para finalizar, farei um breve referência a algumas formas de concentração de empresas que visam reduzir a concorrência e em consequência destas situações, o desenvolvimento de políticas antitrust. Para além disso, falarei sobre a política de concorrência e os incentivos necessários para a modernização empresarial.<br />Na minha opinião, acho que se trata de um trabalho não muito extenso e com bastante interesse para qualquer leitor.<br />Como última nota, gostava de referir que me abstive de enumerar as características da concorrência perfeita e da concorrência imperfeita, uma vez que as mesmas já foram abordadas e explicadas nas aulas, fazendo apenas algumas alusões dentro do contexto e optando, portanto, por dar mais realce a outros aspectos.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Concorrência<br /></span><br />“A concorrência”, escreveu Samuel Johnson, “é o esforço para conquistar aquilo que, ao mesmo tempo, outro também se esforça para conquistar.” Todos nós conhecemos a concorrência – dos jogos infantis, das competições desportivas, dos esforços para se progredir na carreira. Mas essa familiaridade não nos diz a que ponto a concorrência é vital para o estudo da vida económica. A concorrência por recursos escassos constitui o núcleo do conceito em torno do qual se constrói toda a economia moderna.<br />Adam Smith conclui que a concorrência não conduziria ao caos, mas a uma ordem social espontânea e produtiva. As suas intuições deram origem à economia enquanto ciência. Os economistas passaram dois séculos a tentar vislumbrar as infinitas formas por meio das quais a concorrência exerce a sua influência. A afirmação de John Stuart Mill em 1848 continua a ser válida nos nossos dias: “ Só por meio do princípio da concorrência é que a economia política poderá as pirar ao carácter de ciência.”<br />A vida económica está impregnada de efeitos da concorrência. Os preços, os salários, os métodos de produção, os produtos que são produzidos e as respectivas quantidades, a dimensão e organização das empresas, a distribuição dos recursos e dos rendimentos dos indivíduos resultam todos dos processos de concorrência.<br />Consideremos os preços de mercado dos bens de consumo. O padeiro tem à sua disposição um stock de pão, um bem valioso pelo qual os consumidores estão dispostos a concorrer propondo um preço ao padeiro. Este deseja conseguir o preço mais elevado possível, mas as suas aspirações são limitadas por certas aspirações são limitadas por certas condições. Se estabelecer um preço demasiado alto, os clientes não compraram tudo aquilo que tem para vender. Comprarão o pão de outro padeiro concorrente ou então optaram por bens sucedâneos, como por exemplo as batatas ou a pizza. Assim, o padeiro estabelece um preço que, na sua opinião, possa “equilibrar o mercado”. Esse preço é determinado pela vontade que os compradores têm de concorrer pelo seu produto, bem como pela disposição que os seus rivais têm de concorrer pelos seus clientes. Deste modo, a concorrência determina os preços das casas e dos cortes de cabelo, das cadeiras de praia e das bíblias, e dos mil e um outros bens e serviços que nós, consumidores, desejamos.<br />Um processo idêntico ocorre com os bens do produtor. A empresa X tem disponível determinada quantidade de aço, pela qual os fabricantes de automóveis, de electrodomésticos e de equipamentos estão dispostos a concorrer. A empresa pretende alcançar o máximo de receitas possíveis, tomando em linha de conta a disposição dos seus clientes para pagarem e a ameaça de uma oferta mais baixa por parte de outras empresas rivais. Os clientes querem pagar o menos possível, tendo em conta que os clientes rivais poderão pagar mais. Esta concorrência dos dois lados estabelece, uma vez mais, o preço de equilíbrio de mercado.<br />Esse preço representa o preço mais baixo que os compradores de aço têm de pagar e o preço mais alto que os vendedores de aço podem receber, sem que nenhum deles seja ultrapassado pela concorrência. Este processo concorrencial estabelece o preço de todos os recursos produtivos – desde os preços do aço e dos semicondutores aos salários dos condutores de autocarros e dos neurocirurgiões.<br />Ao mesmo tempo que fixa os preços do mercado, esta concorrência determina também os rendimentos e a distribuição dos bens. O baixo salário auferido por um condutor de autocarro proporciona-lhe um rendimento relativamente baixo para ir ao mercado comprar bens de consumo. O elevado salário ganho por um neurocirurgião dá-lhe um rendimento relativamente elevado para adquirir bens. Naturalmente, um neurocirurgião poderá comprar uma maior quantidade de bens do que um padre ou um condutor de autocarros.<br />As compras dos consumidores funciona como espécie de leilão silencioso, no qual aqueles que compram as mercadorias as arrematam em detrimento daqueles que não conseguem comprá-las.<br />A concorrência funciona como o engodo da vida económica. Se um trabalhador não cumpre a função que lhe compete, o seu empregador substitui-o. Se o empregador não trata o empregado como tratariam outros empregadores, o empregado despede-se e vai procurar trabalho noutro lado. Se um industrial não gere o seu negócio de modo eficiente, os clientes procurarão outro sítio onde possam encontrar melhor serviço ao mesmo preço, ou serviço igual a preço mais baixo.<br />Por outro lado, se fizermos o nosso trabalho como deve ser, será mais provável que sejamos recompensados. O produtor mais sucedido atrai mais clientes e aumenta as suas receitas. O trabalhador mais produtivo evolui para salários mais elevados e postos de maior responsabilidade. Os incentivos criados pela concorrência ou não criados pela sua ausência, revelam-se nas atitudes e actividades dos produtores. Compara-se a má execução dos bens da antiga Europa de Leste com os seus equivalentes da Europa ocidental. Agora que as empresas das duas Alemanhas podem concorrer livremente, a Wartburg e a Trabant forma derrotadas pela Opel e pela Volkswagen. Como os produtores têm maior liberdade para concorrer por meio da oferta de melhores produtos, e os empregadores maior liberdade para concorrerem por meio de um melhor desempenho profissional, o trabalho competente é melhor recompensado nas economias de mercado do que nas economias planificadas ou burocráticas.<br />O “engodo” da concorrência de mercado bem sucedida assume a forma de lucro. Por meio da introdução de novos bens, de novas tecnologias ou de novas formas de organização, ou através de descobertas de novos mercados ou de novas fontes de matérias-primas, os empresários poderão obter lucros. O engodo do lucro gera atenção, criatividade, capacidade de análise e assumpção de riscos. De forma semelhante, os trabalhadores com melhor desempenho profissional, se tudo o resto se manter igual se mantiver igual, conquistarão maiores aumentos e mais promoções.<br />Muitos críticos do capitalismo e das economias de mercado defendem que a concorrência é um dos males centrais do sistema e que a procura de maiores lucros e salários dá origem à guerra entre os indivíduos, conduz à redução da cooperação no interior da sociedade e torna algumas pessoas mais ricas á custa de outras, que ficam por isso em pior situação. Contudo, a concorrência não é uma criação, nem sequer um produto secundário, de um sistema de mercado ou capitalista. A concorrência existe em todo o lado na natureza e em todos os sistemas económicos.<br />A diferença que separa os sistemas sociais não reside na presença ou não da concorrência. Uma das diferenças é sim, o tipo de concorrência que os diferentes sistemas põem em marcha.<br />Não obstante a sua importância para a vida económica moderna, a concorrência não é tudo parta a actividade económica. A moderna economia de mercado é tanto um sistema de concorrência como de cooperação. No interior da família e no interior da empresa, entre o cliente e o fornecedor, temos de cooperar de modo a alcançar os nossos fins. E esta cooperação é tão vital como a concorrência para economia produtiva.<br />Para um ordem social atenta aos valores humanos, a qualidade da concorrência é bem mais importante que a sua quantidade. A concorrência que assume as formas de violência e de pilhagem destrói a riqueza; a concorrência que assume formas produtivas cria riqueza. À medida que a ideia de propriedade tem vindo a ser desenvolvida por filósofos e juristas ocidentais ao longo dos três últimos séculos, uma das suas consequências tem sido a de reduzir a pilhagem e aumentar a produtividade. O resultado, se bem que longe da perfeição, tem sido uma economia mais criativa e mais humana do que qualquer outro sistema concebido até ao momento.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Concorrência Perfeita</span><br /><br />A concorrência perfeita verifica-se sempre que nenhum produtor pode influenciar o preço de mercado. Cada produtor comporta-se como um “tomador do preço”, no sentido de que deve vender ao nível de preço que se regista no mercado. Portanto, um concorrente não tem justificação para cortar no preço de mercado. Além disso, não aumentará o seu preço acima do preço e mercado, pois então a empresa não venderia nada – os consumidores prefeririam comprar mais barato aos seus concorrentes.<br />A concorrência perfeita verifica-se sempre que existe um número significativo de pequenas empresas, cada uma delas oferecendo um produto idêntico e sem dimensão suficientemente grande de forma a ter capacidade de influenciar o preço de mercado. E concorrência perfeita, cada produtor defronta-se com uma curva da procura perfeitamente horizontal.<br />Define-se uma empresa em concorrência perfeita como podendo vender tudo quanto quiser ao preço estabelecido no mercado. A fim de maximizar o seu lucro, a empresa deslocar-se-á ao longo da sua curva da procura (horizontal) até atingir a sua curva crescente dos custos marginais. No ponto de intersecção, onde o custo marginal é igual ao preço, a empresa maximiza os seus lucros (ou minimiza os seus prejuízos de curto prazo).<br />Na determinação do seu limiar de encerramento a curto prazo de uma empresa perfeitamente concorrencial, devem tomar-se em consideração os custos variáveis. Abaixo de um certo preço crítico, a empresa não conseguirá sequer recuperar, através das suas receitas, os custos variáveis que se podiam poupar, se ela encerrasse. Deste modo, para evitar perder mais que os custos fixos, mais vale encerrar e nada produzir quando os preços descem abaixo do referido limiar de encerramento.<br />A curva da oferta concorrencial de longo prazo de uma actividade, deve tomar em consideração a entrada de novas empresas e a saída de antigas. A longo prazo, todas as obrigações de uma empresa expiram. Ela só permanecerá nessa actividade se o prelo cobrir pelo menos todos os seus custos de longo prazo. Tais custos podem consistir em pagamentos explícitos à mão-de-obra, aos financiadores, aos fornecedores de matérias-primas ou aos senhorios; ou podem consistir em custos de oportunidade implícitos dos activos que a empresa possui (e cujos custos de oportunidade são medidos pelo seu rendimento em outras utilizações de igual risco).<br />Se as empresas puderem aceder livremente a determinada actividade, onde nenhuma empresa tem especial vantagem do ponto de vista de localização geográfica, aptidões técnicas ou de recursos específicos a essa actividade, pode prognosticar-se, a longo prazo, que a entrada e novas empresas concorrentes fará desaparecer quaisquer lucros excessivos realizados pelas empresas já existentes nessa actividade. Quando uma actividade se pode expandir pelo aumento de números de empresas, sem provocar a subida dos preços de quaisquer factores que lhe sejam peculiares ou utilizados por ela em quantidades particularmente grandes, a curva da oferta a longo prazo resultante será horizontal. Ou, mais provavelmente, todas as actividades, salvo as mais pequenas, empregam geralmente alguns factores de produção em quantidades suficientemente grandes para provocarem uma ligeira subida dos seus preços. E, em consequência disso, a sua curva da oferta a longo prazo inclinar-se-á para cima, pelo menos ligeiramente.<br />A análise dos mercados concorrenciais permite projectar alguma luz sobra a forma de organização eficiente da sociedade. A eficiência na afectação de recursos verifica-se quando não existe nenhuma forma de reorganizar a produção e a distribuição de modo que o conjunto de todas as satisfações individuais sofra alguma melhoria. Uma outra forma e definir a eficiência na afectação dos recursos pode ser indicada do modo seguinte: não se pode melhorar a situação de nenhum indivíduo sem que se piore a situação de outro.<br />Mercados concorrências perfeitos devem satisfazer três condições antes de serem considerados socialmente óptimos. Primeiro, não deverá registar-se qualquer forma de concorrência imperfeita – não deverá existir nenhum produtor com capacidade de influenciar o preço de produção. Segundo, não deverá verificar-se qualquer tipo de externalidades – processos em que uma empresa impõe custos ou benefícios sociais, sem que a parte afectada seja compensada ou pague por esses benefícios. Por fim, é necessário que a distribuição de votos monetários corresponda ao conceito de justiça da sociedade. A determinação dos preços pela via comercial não é suficiente para assegurar que a repartição dos rendimentos e dos consumos seja eticamente apropriada. Para que tal aconteça, são necessários impostos e transferências. Depois disso, a determinação concorrencial dos preços poderá preencher a sua função d afectar eficientemente os rendimentos repartidos de forma justa.<br /><br />(a) A empresa perfeitamente concorrencial pode vender tudo o que pretende ao longo da sua curva horizontal dd sem reduzir o preço de mercado;<br />(b) Mas o concorrente imperfeito concluirá que a sua curva da procura tem inclinação negativa quando um maior volume de vendas forçar uma descida do seu preço. E, a não ser que se trate de um monopolista protegido, uma descida no preço dos seus rivais deslocará nitidamente a sua curva da procura para a esquerda, para d’d’.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Concorrência Imperfeita</span><br /><br />A concorrência perfeita é o ideal da economia dos nossos dias: muito procurada, raramente encontrada. Quando o consumidor compra um automóvel Ford ou Toyota, hambúrgueres da McDonald’s ou da Burger King, computadores da IBM ou da Apple, está a lidar com empresas suficientemente grandes para influenciarem o preço de mercado. De facto, na economia, a maioria dos mercados é dominada por uma mão cheia de grandes empresas.<br />Bem-vindo ao mundo em que vivemos, o mundo da concorrência imperfeita.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Definição de Concorrência Imperfeita</span><br />Se uma empresa pode influenciar significativamente o preço de mercado dos bens que produz, então a empresa é classificada com um “concorrente imperfeito”.<br />A concorrência imperfeita verifica-se num sector de actividade sempre que existam vendedores individuais que detenham alguma parcela do controlo sobre o preço da produção desse sector.<br />A concorrência imperfeita não implica que uma empresa tenha o controlo absoluto sobre o preço dos seus produtos. Considere o mercado das bebidas com cola, em que a Coca-Cola e a Pepsi em conjunto detêm grande parte da quota de mercado e onde se verifica claramente a existência de concorrência imperfeita. Se o preço médio das gasosas dos outros produtores do mercado for de 60 cêntimos, para a Pepsi é possível fixar o preço em 55 ou 65 cêntimos e continuar a ser uma empresa viável. A empresa dificilmente poderá fixar o preço a 30 euros ou a 5 cêntimos a lata, pois com esses preços seria eliminada do sector. Vemos então que um concorrente imperfeito tem algum poder discricionário sobre os seus preços, embora não se trate de um poder total.<br />Mais, o grau do poder discricionário sobre os preços varia de indústria para indústria. Em alguns sectores de actividade imperfeitamente concorrenciais, o grau de poder de monopólio é muito pequeno. No comércio a retalho de computadores, por exemplo, uma ligeira percentagem de diferença no preço terá geralmente um efeito significativo sobre as vendas da empresa. Na distribuição monopolística de electricidade, uma variação de 10% ou mais no preço da electricidade apenas terá um pequeno efeito nas vendas da empresa no curto prazo.<br />É importante reconhecer que a concorrência imperfeita não elimina uma rivalidade intensa no mercado. Os concorrentes imperfeitos lutam com frequência vigorosamente para aumentarem as suas quotas de mercado. A rivalidade engloba uma ampla variedade de comportamentos, desde a publicidade, que tenta deslocar a curva da procura, até ao desenvolvimento da qualidade dos produtos.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Monopólio<br /></span>Até que nível de imperfeição pode a concorrência imperfeita chegar? O caso extremo é o monopólio: um único vendedor com o controlo total sobre um ramo de actividade (que é designado por “monopolista”, a partir do grego, mono “um” e polist, “vendedor”). É ele o único produtor na sua indústria, não existindo qualquer indústria que produza um bem sucedâneo aproximado do seu produto. <br />Hoje em dia, os verdadeiros monopólios são raros e apenas surgem porque existem barreiras de acesso ao mercado. De facto, existem apenas devido alguma de forma de protecção governamental, que resulta na formação de um monopólio artificial ou monopólio legal; ou devido ao aproveitamento de economias de escala, que resultam na formação de um monopólio natural.<br />Para explicar a primeira situação podemos fazer referência ao exemplo de uma companhia farmacêutica que, eventualmente, descubra um novo medicamento maravilhoso, a qual seria quase que automaticamente protegida por uma patente que lhe daria o controlo monopolístico sobre esse medicamento durante um certo número de anos.<br />A segunda situação acontece quando se verificam economias de escala associadas à grande dimensão das empresas, que podem, simplesmente, produzir com custos inferiores e, consequentemente, vender mais barato que os seus concorrentes, de modo a que estes fiquem sem possibilidade de sobrevivência. Assim, sempre que se verificam economias de escala significativas, tem-se necessariamente poucos ou um único produtor, que detém ou detêm um monopólio natural.<br />Além das barreiras à entrada impostas legalmente ou naturalmente, também existem barreiras económicas. Em algumas indústrias os custos de entrada no mercado podem simplesmente ser muito elevados. Considere-se por exemplo o caso das companhias distribuidoras de electricidade, água ou telecomunicações em Portugal. O custo de conceber uma nova linha de distribuição de água, electricidade ou de telecomunicações é elevado e não há garantias de sucesso, uma vez que os actuais circuitos de distribuição destes serviços têm capacidade e qualidade suficiente para abastecer correcta e convenientemente todo o território nacional.<br />Nestes casos existe, de facto, um único vendedor de um serviço sem substitutos próximos. Mas na economia actual, altamente concorrencial, mesmo os monopolistas têm de se confrontar com a concorrência. A companhia farmacêutica descobrirá que uma rival produz um medicamento semelhante; as companhias de telefones que eram monopolistas há uma década defrontam-se com os telemóveis. No longo prazo, nenhum monopolista se encontra completamente livre de ser atacado por concorrentes.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Oligopólio<br /></span><br />O termo oligopólio significa “pouco vendedores”. Poucos, neste contexto, podem ser 2, 5 ou 10 empresas. O aspecto importante do oligopólio é o de que cada empresa, individualmente, pode influenciar o preço de mercado. Os oligopolistas pertencem a duas categorias.<br />Em primeiro lugar, um oligopolista pode ser um dos pouco produtores que produzem um bem idêntico (ou quase). Assim, se o aço de A, que abastece a área de Nova Iorque, é muito semelhante ao de B, então, a redução dos preços de B fará com que os consumidores abandonem A e passem a comprar B. Nem A nem B poderão chamar-se monopolistas. Contudo, se o número de vendedores for pequeno, cada um deles pode ter um efeito considerável sobre o preço de mercado.<br />Pensa-se que este primeiro tipo de oligopólio é vulgar num certo número de actividades básicas no Estados Unidos, em actividades em que o produto é relativamente homogéneo e em que a dimensão das empresas é grande. Outro exemplo poderia ser a propósito dos voos entre Nova Iorque e Chicago, feitos por qualquer uma das poucas companhias aéreas que asseguram esta ligação. Actualmente, depois de terem sido liberalizadas as tarifas aéreas, verificam-se guerras periódicas de preços, em que cada companhia propõe preços mais baixos que os concorrentes, na tentativa de ampliar a sua quota de mercado.<br />A segunda espécie de oligopólio é caracterizada pela existência de poucos vendedores que vendem produtos diferenciados. A indústria automóvel dos Estados Unidos constitui um exemplo: ela é dominada por três ou quatros produtores. Mas os Fords, os Chevrolets, os Toyotas e os Hondas são produtos de certo modo diferenciados, devendo ainda suportar a concorrência de outras empresas mais pequenas, como a Fiat, a Chrysler e a Volvo. A Kodak e a Palaroid também lutam pela partilha do mercado de máquinas fotográficas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Oligopólio com conluio</span><br />O caso mais simples de oligopólio acontece quando todos os concorrentes vendem produtos similares e reconhecem que estão todos no mesmo mercado. Neste caso, os oligopolistas reconhecerão facilmente a sua “mútua interdependência” – acabando por concluir que têm de fixar os mesmos preços e que a vantagem inicial que obtém ao reduzir os preços será perdida quando o outro é obrigado, por sua vez, a reduzir os seus preços.<br />Nesse caso as empresas podem procurar uma solução cooperativa, ou seja, um oligopólio de conluio. Assim, quando os oligopolistas podem estar em conluio completo ou quando têm em linha de conta a respectiva interdependência, o preço e a quantidade produzida podem ser próximos dos de um monopólio. Na realidade, há numerosos obstáculos ao conluio efectivo. Primeiro, o conluio é ilegal. Segundo, as empresas podem «fazer batota» com os outros membros do conluio, reduzindo os seus preços a clientes seleccionados e aumentando deste modo a sua quota de mercado. Este resultado verifica-se particularmente em mercados em que os preços não conhecidos publicamente, ou em que as mercadorias são diferenciadas, ou em que o número de empresas é superior em algumas unidades, ou em que a tecnologia está a transformar-se rapidamente. Além do mais, quando a confiança entre os concorrentes se quebra é extraordinariamente difícil restabelecê-la, sendo possível que permaneça um comportamento de não conluio.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Oligopólio de empresa dominante</span><br />Em mercados onde a maior empresa controla 60 a 80 por cento do mercado, ela dispões de diferentes estratégias. A mais provável consiste simplesmente em ceder parte do mercado à franja concorrencial e então comportar-se como um monopolista relativamente aos 60 ou 80 por cento do mercado que controla. Tal mercado é conhecido como “oligopólio de empresa dominante”.<br />O oligopólio de empresa dominante parece uma boa descrição da acção corrente da OPEP. A Arábia Saudita e os seus vizinhos (o Kuwait e os pequenos países do golfo) controlam aproximadamente 60 por cento da capacidade produtiva da organização. O grupo saudita foi incapaz de persuadir um pequeno grupo rebelde de membros da OPEP a limitarem a produção, como um modo de preservação do controlo da OPEP nos mercados do petróleo. Em 1982, a OPEP decidiu formalmente que a Arábia Saudita seria o país de «oscilação», isto é, a Arábia Saudita permitiria aos outros países produzirem uma dada quantidade, enquanto a produção saudita seria controlada de maneira a manter o preço oficial do cartel a 29 dólares por barril.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Concorrência Monopolística<br /></span><br />No outro extremo do espectro dos oligopólios de conluio está a concorrência monopolística. A concorrência monopolística assemelha-se concorrência perfeita em três aspectos: há muitos compradores e vendedores; são fáceis a saída e a entrada no mercado, e as empresas consideram garantidos os preços das outras empresas. A distinção é que em concorrência perfeita os produtos são iguais, enquanto que na concorrência monopolística os produtos são diferenciados.<br />A concorrência monopolística é muito comum – pesquise nas prateleiras dos supermercados, e verá uma estonteante variedade de diferentes marcas de cereais para pequeno-almoço, champô e alimentos congelados.<br />Para a nossa análise o ponto importante é que a diferenciação do produto significa que cada vendedor tem alguma liberdade para aumentar ou baixar os preços, mais do que num mercado perfeitamente concorrencial. A diferenciação do produto leva a uma inclinação negativa na curva da procura de cada vendedor.<br />O modelo de concorrência monopolística proporciona um importante esclarecimento: nos ramos de actividade de concorrência imperfeita, a taxa de lucro será nula, no longo prazo, à medida que as empresas entrarem com novos produtos diferenciados.<br />Esta análise tem um bom exemplo na indústria de computadores pessoais. A princípio, alguns fabricantes de computadores, como a Apple e a Compaq, realizaram lucros elevados. Mas verificou-se que a indústria de computadores pessoais tinha fracas barreiras à entrada e numerosas pequenas empresas entraram no mercado. Actualmente, há dezenas de empresas, cada uma com uma pequena quota de mercado de computadores, mas sem lucros que recompensem o seu esforço.<br />Alguns críticos pensam que a concorrência monopolística é, por natureza, ineficiente, ainda que os lucros tendam para zero no longo prazo. Argumentam que a concorrência monopolística faz surgir um número excessivo de novos produtos e que a eliminação de produtos desnecessários poderia reduzir os custos e baixar os preços.<br />A redução do número de concorrentes monopolísticos, ainda que fazendo diminuir os custos, poderia muito bem reduzir o bem-estar do consumidor por diminuir a diversidade dos bens e serviços disponíveis. Os países socialistas com planeamento central tentam uniformizar a produção num pequeno número de variedades, e isso deixou os consumidores bastante insatisfeitos. As pessoas estão disposta a pagar uma boa quantia para terem liberdade de escolha.<br /><br /><br />Na prática verifica-se uma sobreposição de todas estas diversas categorias de estruturas de mercado. Dispõem-se escalonadamente desde a concorrência perfeita, passando, em seguida, pelo caso de um grande número de vendedores diferenciados e pelas duas espécies de oligopólio, até se chegar, finalmente, ao caso limite do monopólio.<br /><br />A relação entre inovação e o poder de mercado é complexa. O contributo substancial de muitas grandes empresas para a investigação e para a inovação certamente dá que pensar aqueles que gostariam de acabar com grandes empresas, ou que pretendem que a grande dimensão é uma imperfeição sem solução. Ao mesmo tempo, as pequenas empresas e os indivíduos isolados fizeram algumas das descobertas mais revolucionárias. Para promover a inovação rápida, uma nação deve conseguir adoptar uma grande variedade de abordagens e de organizações. É necessário deixar florescer as ideias às centenas.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Política antitrust</span><br /><br />A política antitrust é o primeiro meio empregue pelos poderes públicos para limitar os possíveis abusos das grandes empresas. Esta política surgiu inicialmente através de legislação como a Lei Shaman (1890) e a Lei Clayton (1914). As leis antitrust têm dois tipos de objectivos principais. Em primeiro lugar, visam proibir as práticas que levantam obstáculos ao funcionamento da concorrência, nomeadamente os acordos para a fixação de preços ou para divisão de territórios, discriminação de preços, e os acordos vinculativos. Em segundo lugar, visam quebrar as estruturas monopolísticas. Estas estruturas são, na moderna teoria legal, as que apresentam em simultâneo um excessivo poder de mercado com uma grande quota de mercado e em que se verificam acções anticoncorrenciais, como seja a exclusão dos concorrentes.<br />Além de limitar o comportamento das empresas existentes, as leis antitrust evitam fusões que possam reduzir a concorrência. Actualmente, as fusões horizontais (entre empresas da mesma actividade), constituem a principal fonte de preocupação, enquanto as fusões verticais e as que se processam para constituir aglomerados são consideradas menos preocupantes.<br />A política antitrust foi substancialmente influenciada pelo pensamento económico das últimas duas décadas. Como resultado, a política antitrust durante os anos 80 concentrou-se quase exclusivamente em melhorar a eficiência, ao mesmo tempo que ignorava as preocupações populistas que contestavam a grande dimensão. Além disso, na economia de hoje – com intensa concorrência de produtores estrangeiros e com actividades recentemente desregulamentadas – muitos pensam que a política antitrust se deve concentrar principalmente na prevenção de acordos em que se verifiquem práticas de conluio para a fixação de preços.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Política de concorrência</span><br /><br />Apesar da maior abertura ao exterior proporcionada pela integração europeia e da intensificação da concorrência interna terem reduzido o poder discricionário das empresas na determinação dos preços, ainda há empresas que ocupam posições dominantes no mercado, que celebram acordos que limitam a competição entre elas, que obrigam os distribuidores dos eus produtos a praticar preços impostos, ou que concedem a venda dos seus produtos para certas zonas a revendedores exclusivos, etc. As autoridades têm conhecimento destas e de outras práticas limitativas da concorrência, e das sua eventuais repercussões negativas no funcionamento dos mercados e na correcta afectação dos recursos, limitada por duas ordens de dificuldades. A primeira resulta de, em muitos domínios, a eficiência económica requerer uma certa dimensão mínima das empresas, o que normalmente leva à concentração económica e a estruturas oligopolísticas, onde o poder de mercado é maior. A segunda resulta da falta de critérios objectivos, rigorosos e operacionais para julgar se uma dada prática restritiva da concorrência é ou não prejudicial ao interesse económico geral e, portanto, condenável ou não. De facto, não sendo fácil definir a priori, de uma forma geral, o poder de mercado prejudicial, ou os atentados à concorrência, na prática só os abusos mais manifestos acabam por ser punidos, razão pela qual a correspondente legislação económica deve ser abrangente e exigente, designadamente para as empresas menos expostas à concorrência, as técnicas publicitárias, e de promoção de vendas devem respeitar certos princípios e regras mínimas, e os consumidores devem organizar-se e defenderem os seus interesses.<br />A política e a legislação de defesa da concorrência, nomeadamente no que respeita ao controlo de operações de excessiva concentração empresarial e de abuso de posição dominante por parte de algumas empresas, é uma importante componente da política microeconómica necessária para assegurar a correcto funcionamento do mercado de bens e serviços, No entanto, de uma forma geral, pode-se dizer-se que há uma certa tendência para negligenciar esta política, quer por empresas inverterem a situação e argumentarem que a mesma prejudica o livre funcionamento dos mecanismos de mercado, quando é precisamente o contrário que se procura assegurar, quer por se considerar que a defesa da concorrência está praticamente garantida pela abertura da economia e a consequente acção da concorrência internacional.<br />A este propósito, convém ter presente que a intensificação da concorrência externa, nomeadamente por efeito da mercado único europeu e da moeda única europeia, pode dar um contributo positivo, mas não é um substituto para a política da defesa da concorrência. Curiosamente, e por paradoxal que pareça, esta política até se pode tornar mais necessária por causa do referido reforça da concorrência, na medida em que pode suscitar comportamentos das empresas visando precisamente evitar, ou reduzir, a concorrência. De facto, algumas fusões e aquisições que têm verificado ultimamente, em antecipação ou na sequência da criação do euro, aprecem ser de natureza defensiva e têm também como objectivo, obviamente não declarado, o aumento da concentração e do poder de mercado e, consequentemente, a diminuição da concorrência no sector. Outras vezes, a mesma finalidade é conseguida através de acordos verticais de reestruturação sectorial, que podem dificultar o acesso de concorrentes ao mercado, que assim fica mais protegido, ou através de acordos tácitos de preços entre empresas, para evitar guerras de preços e assim conseguirem manter preços mais altos, e resultados mais elevados, do que teriam num mercado concorrencial.<br />O que se disse é suficiente para mostrar que uma política “fora de mãos”, ou de grande permissividade, por parte das autoridades, regra geral, não é a melhor forma de assegurar o correcto funcionamento dos mecanismos de mercado e os benefícios de uma sã concorrência. O Estado tem um papel regulador dos mercados e não deve prescindir de o desempenhar bem, o que por vezes, também pode significar que é preferível não fazer nada a fazer mal. Por exemplo num ambiente fortemente concorrencial, é possível e provável que as empresas insuficientemente competitivas sintam dificuldades e reclamem do Estado subsídios e outras forma de protecção sempre justificadas para as empresas em causa, mas que podem não ter justificação válida, designadamente porque distorcem as regras da concorrência. Nestes casos, o Estado deve saber resistir à pressão dos interessados e ter presente, por um lado, que ao ajudar empresas ineficientes está indirectamente a prejudicar as mais eficientes e, por outro lado, que a manutenção artificial de empresas de difícil viabilidade pelos seus méritos é contraditório com o normal funcionamento da economia de mercado e com o progresso económico que, naturalmente, requer a renovação da estrutura produtiva, com a criação de novas empresas e o desaparecimento, ou a transformação, das que não conseguem adaptar-se à nova realidade. De facto, a política de defesa da concorrência tanto pode requerer que o Estado faça aquilo que deve fazer, como se abstenha de fazer aquilo que não deve fazer, o que é importante é assegurar a concorrencialidade dos mercados, uma competição justa e leal entre as empresas que neles participam.<br /> Legislação nacional relativa à concorrência não é antiga, data de 1993, mas pode vir a ser necessário proceder à revisão de alguns aspectos das sua principais vertentes – comportamentos abusivos, alteração estrutural do mercado e função reguladora do Estado – de modo a conferir-lhe maior flexibilidade e eficácia para melhor poder responder a uma realidade m rápida mudança.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Incentivos à modernização empresarial</span><br /><br />As forças de mercado, ainda que protegidas e reforçadas pela politica de defesa da concorrência, podem não ser suficientes para, por si sós, assegurar a melhor utilização dos recursos disponíveis, razão por que também pode haver lugar para uma política de apoio à modernização empresarial. Para o efeito, os responsáveis pela política económica podem e devem apoiar e estimular a capacidade de inovação tecnológica e organizacional das empresas, por um lado, promovendo e apoiando a qualificação dos eus dirigentes e quadros técnicos e por outro lado, financiando a investigação fundamental e subsidiando (fiscal e financeiramente) a investigação aplicada da base empresarial e das inovações tecnológicas, com base em critérios de selectividade, apoiados numa correcta comparação de custos e benefícios, dado que os dinheiros públicos dos contribuintes são caros e escassos. A competitividade das nossas empresas depende muito da eficácia tecnológica dos factores de produção mas também da qualidade do capital humano. Para o desenvolvimento desta política deve incentivar-se e recorrer, tanto quanto possível, a parcerias de cooperação entre o Estado e o sector produtivo, designadamente através de universidades, institutos politécnicos escolas profissionais, ou seja, centros de saber que disponham conhecimento empresarialmente aplicáveis.<br />Quando as empresas – por efeito da concorrência ou ausência dela, ou por alteração da estrutura da procura – não se modernizam e não acompanham a evolução da procura arriscam-se a enfrentar dificuldades de adaptação, que podem ter sérias consequências nos planos económicos (redução da utilidade de certos investimentos públicos, assimetrias regionais) e sócias (proletarização de pequenos produtores, criação e desemprego). Consequentemente, os responsáveis pela política económica não devem assistir passivamente a este estado de coisas, mas antes devem procurar preverá situação e intervir, adequada e atempadamente, para organizar e escalonar no tempo o processo de adaptação, até porque as políticas sectoriais que não prejudiquem a concorrencialidade dos mercados são compatíveis com uma moderna política de concorrência.<br />Infelizmente a experiência mostra que os Governos, por inércia ou miopia, tendem a manter sistemas de protecção que perpetuam situações inviáveis, em vez de suscitarem as transformações necessárias, de modo ordenado e socialmente satisfatório. É mais inteligente e racional empregar fundos disponíveis para financiar medidas de reconversão empresarial que permitam, simultaneamente, aumentara produção nacional e reintegrar de forma útil no sistema produtivo os trabalhadores desempregados do que os manter assistidos pelo subsidio de desemprego, ou outras formas de assistência. Nesta perspectiva, por exemplo, pode ser interessante tomar medidas que apoiem e facilitem a constituição de microempresas e a criação de auto-empregos, designadamente para aumenta a flexibilidade dos mercados para criar postos de trabalho. De facto, assiste-se presentemente à tendência para as empresas e também as famílias “externalizarem” serviços que antes eram produzidos por elas próprias, recorrendo cada vez mais a serviços externos, o chamado outsourcing, serviços esses que têm grande potencial de criação de empregos, pois trata-se geralmente de actividades intensivas em trabalho de carácter local e, por isso mesmo, abrigadas da concorrência internacional de países com baixos salários. A simplificação e a redução do tempo necessário para o cumprimento de todas as formalidades exigidas para a constituição e início de actividade das empresas, particularmente das pequenas e médias, seria, sem dúvida, um importante contributo para a renovação/ampliação do nosso tecido empresarial.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Conclusão</span><br /><br />No terminus deste trabalho mostro-me claramente satisfeito com o modo como este foi executado e, por isso, considero-me plenamente recompensado pelo meu esforço, empenho e dedicação empregues na sua realização, o que aconteceu, em grande parte, por se tratar de um tema do meu agrado.<br />Assim, gostaria de referir que me agradou bastante a pesquisa efectuada, pois encontrei bastante dados que me permitiram fazer um trabalho muito completo mas, no entanto, resumido, tendo em conta a dimensão da informação encontrada. Para além disso, este trabalho foi de significativa importância para mim, uma vez que me permitiu aumentar consideravelmente o meu grau de conhecimentos acerca deste actual sistema de mercados, a concorrência.<br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Bibliografia</span><br /><br />PINTO, António Mendonça. “Política Económica”, 1.ª edição, Novembro de 1999 – Principia, Publicações Universitárias e Científicas.<br />WONNACOTT, Paul e Ronald. “Economia”, 2ª edição – Makron Books do Brasil Editora Ltda.<br />NEVES, João César e HENDERSON, David R. “Enciclopédia da Economia”, 1ª edição, Junho de 2000 – Principia, Publicações Universitárias e Científicas.<br />SAMUELSON, Paul A. e NORDHAUS, William D. “Economia”, 12ª edição, Agosto de 1990 – McGraw Hill de Portugal Lda.<br />SAMUELSON, Paul A. e NORDHAUS, William D. “Economia”, 16.ª edição, Julho de 1999 – McGraw Hill de Portugal Lda.<br /><br />Miguel Almeida Rechtern<br /><br /><a href="http://www.google.com/"></a><br /><br /><a id="idSiteMeterHREF" href="http://www.sitemeter.com/stats.asp?site=sm7notapositiva" target="_top"></a><br /><br /><a href="http://sm7.sitemeter.com/stats.asp?site=sm7notapositiva" target="_top"><br /></a>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-25376703665186284112008-04-26T13:17:00.000-03:002008-04-26T13:18:42.392-03:00Capitalismo ou Socialismo ?Existem pelo menos dois tipos de capitalismos e dois tipos de socialismos sendo utilizados em todo o mundo. Os dois tipos de capitalismos mais utilizados são o Capitalismo Pagão e o Capitalismo Protestante. Os dois tipos de socialismos mais utilizados são o Socialismo ateu (mais conhecido como “científico”) e o Socialismo Católico (mais conhecido como “utópico”). Estas divisões não são muito comentadas no meio acadêmico por razões mais ou menos diplomáticas e anti-religiosas. Mas, na prática, tais divisões existem e fazem muita diferença.<br />Em termos práticos, o Capitalismo Pagão é utilizado há muito tempo pelos povos que não têm muito compromisso com o princípio de justiça e respeito ao próximo. Já o Capitalismo Protestante, utilizado principalmente pelos países do Primeiro Mundo, nasceu logo após a Reforma Cristã Protestante e, segundo Max Weber, do livro A ética protestante e o “espírito” do Capitalismo, teria surgido com a doutrina calvinista. O Brasil, que não adotou o modelo protestante, continua praticando o Capitalismo Pagão (selvagem): juros altos, salários baixos e preços abusivos. <br />Nos países de maioria cristã protestante o capitalismo utilizado é o de juros baixos, salários altos e preços justos. Lá, (Estados Unidos, Suécia, Escócia, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra etc.) o modelo de capitalismo protestante é chamado apenas de Capitalismo. Na verdade, praticamente tudo o que fazem é, em geral, nos moldes protestantes. Talvez, por isso, o povo brasileiro tenha dificuldades para entender a diferença entre o nosso Capitalismo e o Capitalismo do Primeiro Mundo (o protestante).<br />O Socialismo ateu (“científico”, na linguagem dos marxistas), ficou famoso ao ser adotado pela antiga União Soviética, Cuba, Vietnam, Albânia, Coréia do norte tornando-se, no entanto, mais conhecido como Comunismo. Já o Socialismo Católico (“utópico” na linguagem dos marxistas), é parcialmente utilizado por países europeus de maioria católica (França, Itália, Espanha etc.).<br />O Capitalismo e o Socialismo, ou a Direita e a Esquerda, ou ainda o Liberalismo e o Comunismo referem-se a conceitos opostos. Mas, numa análise mais detalhada constatamos que podemos, também, considerá-los complementares. Apesar das grandes diferenças os dois lados são representativos e têm suas respectivas finalidades dentro de uma organização social. O Capitalismo1 (associado à direita e ao liberalismo) é inspirado na justiça rígida e na razão enfatizando a recompensa segundo o merecimento individual. Já o Socialismo (associado à esquerda e ao comunismo) é inspirado nas necessidades comuns e no sentimentalismo enfatizando a igualdade independentemente do merecimento individual. Por isso, é natural que existam defensores do conceito socialista e defensores do conceito capitalista numa mesma sociedade.<br />Sabendo-se que o Capitalismo baseia-se no desejo de liberdade e de justiça (de forma rigorosa e racional), e o Socialismo baseia-se no desejo de igualdade e fraternidade (de forma mais ou menos inclusiva), então não é difícil entender o porquê, de tanto o Capitalismo quanto o Socialismo terem o seu devido lugar numa mesma organização social. O fato de um ser Direita e o outro Esquerda em nada atrapalha desde que fiquem nos seus respectivos lugares. O ideal, na verdade, é dosar o efeito de justiça que está contido no Capitalismo Protestante com o efeito de amor ao próximo que está contido no Socialismo Católico.<br />A maioria dos brasileiros ainda não sabe, mas o principal motivo que levou o mundo cristão (“mundo ocidental”) a repudiar as nações comunistas foi o fato de proibirem o cristianismo e imporem o ateísmo. As escolas públicas brasileiras, influenciadas pela crendice marxista, não esclarecem esses assuntos aos seus alunos. A própria imprensa nunca teve coragem de dizer ao povo em geral que a guerra fria, entre Estados Unidos e União Soviética era, na verdade, uma guerra fria entre os princípios cristãos e os princípios ateus de origem marxistas. Hoje, já existe liberdade pessoal, social e religiosa na antiga Rússia. O Cristianismo já retornou à nação (principalmente o ortodoxo)2 apesar de parte do povo ainda ser ateísta, (conseqüência da rígida imposição praticada no regime passado).<br />Se nós, brasileiros, tomarmos como referência os ensinamentos bíblicos, tal como fizeram os principais países desenvolvidos, concluiremos que o princípio de justiça deve vir em primeiro lugar e só depois deve vir o amor envolvendo e preservando a justiça. Portanto, o Capitalismo Protestante, que é baseado na “justiça rígida",3 deve ser a parte estrutural de uma sociedade; deve ser o sustentáculo principal tal qual o esqueleto humano que é propositadamente rígido para dar firmeza e sustentação ao nosso corpo. Já o Socialismo deve ser parte externa, o acabamento "sensível",4 a parte social que envolve a estrutura tal qual a carne, no corpo humano, que é bem mais maleável e igualmente importante na composição do conjunto.<br />Analise o exemplo a seguir para entender a interação, necessária, entre capitalismo e socialismo: Imagine um prédio em construção, a estrutura de concreto é a parte mais rígida. De fato, ela não é muito simpática, mas é a parte que sustenta o prédio de pé por longos e longos anos. É a estrutura que garante a solidez e a firmeza para que o prédio não caia e nem se desmonte. Já o reboco, com azulejos, mármores, vidros, janelas, ornamentos etc., que envolvem a estrutura (equivalendo ao socialismo), são igualmente importantes porque dão o adequado acabamento tornando o prédio simpático, confortável e acolhedor.<br />Portanto, se queremos paz e prosperidade, precisamos considerar o Capitalismo Protestante como estrutura econômica e o Socialismo Católico como acabamento social na hora de formular soluções para o Brasil.<br />NOTAS: 1 Capitalismo - O Capitalismo Protestante se firmou por volta do século XVII e XVIII visando estabelecer liberdade e justiça nas relações trabalhistas, produtivas e comerciais, (um sistema contrário ao trabalho-escravo até então utilizado por todo o Mundo). Nessa ocasião consolidou-se a adoção do livre trabalho assalariado, do sistema de preços e da produção em larga escala pela iniciativa privada.2 Cristianismo Ortodoxo - Quatro anos depois da queda do Comunismo (1995), 17,5% da população Russa já havia retornado ao cristianismo. Hoje, esse número é bem maior.3 Justiça rígida - Quem trabalha, ganha. Quem não trabalha, não ganha. - Quem usa, paga. Quem não usa, não paga. - Quem merece, recebe. Quem não merece, não recebe.4 Sensível - Quem necessita, também recebe. - Quem não pode pagar, também pode usar. - Mesmo quem não merece, não será esquecido.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-87186310173109282542008-04-26T13:14:00.000-03:002008-04-26T13:17:46.100-03:00O que é Concorrência, Monopólio e Oligopólio<p>A tendência natural de todo comerciante é maximizar seu lucro; e a de todo comprador é buscar o menor preço possível. Dessa relação, e das diversas situações que ela enseja, provêm os diversos tipos de mercado que podem ser agrupados em três categorias principais: concorrência, monopólio e oligopólio. </p><p><br /><span style="color:#ff0000;">Concorrência:</span> É a disputa entre produtores de um mesmo bem ou serviço com vistas a angariar a maior parcela do mercado possível. As principais variáveis que orientam o jogo mercadológico da concorrência são o preço, a qualidade do produto, a disponibilidade nos pontos de venda e a imagem de que o produto goza junto aos consumidores. Assim, as atividades que dizem respeito diretamente à imagem do produto, como a publicidade e a programação visual, são tão estratégicas quanto a distribuição e o preço.<br />A noção de concorrência pressupõe a existência de grande número de produtores atuando livremente no mercado de um mesmo bem ou serviço, de modo que tanto a oferta quanto a procura se originem em condições de razoável eqüidade, sem influência ilegítima principalmente sobre o preço do produto. <br /> Quando se processa dentro do respeito às regras jurídicas e aos direitos do consumidor, a concorrência é positiva porque promove a qualidade do produto e às vezes influi na baixa dos preços.<br />A concorrência entre produtores de bens ou prestadores de serviços tanto pode estimular o aperfeiçoamento tecnológico e a produtividade, quanto influir positivamente sobre o custo de vida da sociedade. </p><p><br /><span style="color:#ff0000;">Monopólio:</span> Em linhas gerais, monopólio significa ausência de concorrência e existência de um único fornecedor. No monopólio, o fornecedor de produtos pode impor qualquer preço a suas mercadorias ficando, entretanto, sujeito ao nível de vendas dele decorrente. Como geralmente o mercado compra tanto menos quanto maior for o preço, o monopolista fixa o preço que lhe dá maior lucro tendo em vista a relação entre custo e produção. Ao reduzir a produção, o monopolista pode aumentar o preço já que é o único fornecedor. Além disso, se o monopolista não teme a entrada de nenhum concorrente, optará pelo preço que maximize o lucro puxando-o para cima. Se a entrada de um novo concorrente for difícil mas não impossível, o monopolista, por ser o “dono” do mercado, pode optar por fixar um preço suficientemente baixo para desestimular a entrada de qualquer concorrente. Por essa e outras razões, os monopólios não são muito bem vistos por grande parte dos consumidores. </p><p><br /><span style="color:#ff0000;">Oligopólios:</span> Combina as características do monopólio e da concorrência. Nos oligopólios há poucos fornecedores e cada um detém uma parcela grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir. Por exemplo, se um fornecedor reduzir o preço abaixo do nível geral do mercado, ele atrai os clientes dos concorrentes. Se os poucos concorrentes baixarem seus preços na mesma proporção, de modo que nenhum deles fique em vantagem em relação aos demais, provavelmente o nível geral de lucro se reduzirá. Por isso, numa oligarquia às vezes acontece dos fornecedores fazerem "acordos de cavalheiros" (cartel) e fixarem os mesmos preços como se fosse um monopólio.<br />Intervenção estatal: No Brasil, houve uma época em que o estado passou a disciplinar a produção e a comercialização de produtos considerados fundamentais à economia por meio de autarquias econômicas e sociedades de economia mista. O governo se fez presente por meio de organismos que, pelo menos em teoria, disciplinavam o funcionamento do mercado, como a Carteira do Comércio Exterior do Banco do Brasil (Cacex) com poderes de intervenção no comércio exterior do país, e a Superintendência Nacional de Abastecimento (Sunab), destinada a orientar e fiscalizar a distribuição dos gêneros de primeira necessidade.<br />Resumo Extraído de EnciclopédiasProjeto Renasce Brasil</p>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-60562297237857657352008-04-11T13:58:00.000-03:002008-04-11T14:02:10.258-03:00http://rosacruzrealfraternidade.blogspot.com/Este é o blog da fraternidade que eu participo!!!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5616858132383116179.post-54197286194656129212008-04-10T09:33:00.000-03:002008-04-10T09:34:09.764-03:00Você S/A:falar em públicoNão fuja da raia<br />Por Amanda Salim<br />Falar em público não é a tarefa mais fácil do mundo. Suadouro, mãos frias, palpitações, taquicardia...fácil mesmo é travar, gaguejar e dar vexame. Para evitar situações constrangedoras, o professor da Universidade de São Paulo e professor adjunto da FGV/SP, Izidoro Blikstein, responde à algumas dúvidas e dá dicas para encarar de frente e sem tremedeiras qualquer platéia.<br />1. Basta saber se comunicar para falar bem em público? Para falar bem em público, é preciso saber comunicar-se, isto é, é necessário conhecer os pontos de honra da comunicação (ficha mental, persuasão, fala, expressão corporal, recursos audiovisuais, estilo e domínio de ouvinte, cenário). Mas é preciso algo mais: conhecimento do repertório do público-alvo, planejamento e ensaio. Essas três condições são fundamentais para poder falar bem em público.2. Como aprimorar a comunicação? O que podemos fazer? A comunicação exige uma prática constante e ela será tanto mais eficaz se o comunicador for filmado e avaliado por um especialista em media training. A possibilidade de rever o próprio desempenho no vídeo conduz o comunicador a um auto-conhecimento e a uma auto-crítica que o preparam para o desafio de falar em público. 3. Falar em público envolve um certo grau de improviso e criatividade. Mas e quem não é criativo ou não consegue improvisar? Essa pessoa sempre terá problemas para falar para uma sala cheia ou uma multidão? Vale lembrar que o improviso é o grande pecado mortal da comunicação. A comunicação eficaz exige sempre planejamento e ensaio. À essas condições deve-se somar a criatividade que nos ajuda a enfrentar situações difíceis e inesperadas. A criatividade está ao alcance de todos: é uma qualidade que depende do enriquecimento e aprimoramento de nosso repertório (leituras, cinema, teatro, artes, viagens etc.) e de nossa percepção. É claro que quem não lê, não pesquisa e não se interessa em perceber as pessoas, os cenários, as experiências e a realidade não será capaz de ser criativo e terá, evidentemente, dificuldades em comunicar-se.4. O que fazer se alguém fizer uma pergunta cuja resposta eu não sei? Primeiramente, o palestrante deve fazer um contorno estratégico, isto é, um comentário sobre a pergunta, usando sempre o nome da pessoa que perguntou. Esse contorno é importante, pois um palestrante deve manter-se sereno, não perder a pose e ganhar tempo para montar uma ficha mental, a fim de tentar responder à pergunta. Caso ele não saiba a resposta, nada melhor do que ser transparente e dizer: Não sei, vou pesquisar e lhe responderei oportunamente (por e-mail).5. E se eu perceber que não estou agradando, que há pessoas bocejando...o que faço? Nada melhor do que usar ganchos, estratégias para animar a platéia, que podem ser comentários, perguntas, dramatização, exemplos, casos, recursos audiovisuais (filmes), dinâmica de grupo.<br />pg(1)<br />wrFerRod(0,1,1)<br />[<a href="javascript:print()">imprimir</a>] [<a href="javascript:envAmigo()">enviar para um amigo</a>]Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00913811759557919031noreply@blogger.com0